No artigo semanal no Blog do Nêumanne, O Ovo da Serpente, chamei a atenção para o fato de que o “ovo da serpente” do poder adquirido pela PF e pelo MP, que resultou no combate à corrupção de operações como a Lava Jato, agora contestadas com a revelação de contatos por aplicativo Telegram entre Moro, Dallagnol e outros procuradores, foi gestado no primeiro governo Lula, sob a égide de seu ministro da Justiça.
O criminalista Márcio Thomaz Bastos, escolado nos júris criminais, fortaleceu as duas instituições para manter sob ameaça judicial adversários do governo e do PT ou livrar de culpa parceiros em falcatruas, como a Camargo Corrêa na Operação Castelo de Areia. Morto Bastos, Lula, para quem ele advogou na Justiça Militar, está vendo agora o feitiço se virar contra o feiticeiro e tentando virar o jogo.
José Nêumanne, O Estado de São Paulo