sexta-feira, 15 de março de 2019

Como o PT quebrou os Correios. Estatal perdeu cerca de 90% de sua liquidez entre os anos de 2011 e 2017, sob Dilma

Crédito:  L.C. Leite/Folhapress
RUÍNA Durante a administração petista, os Correios sofreram grandes prejuízos anuais em seus balanços (Crédito: L.C. Leite/Folhapress)

É público e notório que o PT conseguiu o feito de destruir uma empresa do porte da Petrobras, não somente com a corrupção desenfreada e desvios bilionários de recursos, mas com a manutenção de um grande propinoduto. Agora, descobre-se que outra empresa pública também foi alvo de repetidos saques e erros da gestão petista. 
Relatórios da Controladoria Geral da União (CGU) apontam que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, estatal que detém o monopólio de serviços postais no Brasil, acumulou prejuízos brutais desde 2011, resultando em uma perda de patrimônio líquido de 90%. A empresa está em situação falimentar. 
Segundo o relatório de auditoria feito pela CGU ao qual ISTOÉ teve acesso, a má gestão do PT foi responsável por uma grande queda de sua receita entre os anos de 2016 e 2017, período em que o lucro da estatal foi reduzido em R$ 900 milhões. Ou seja, além da corrupção e dos desvios, o PT teve a proeza de quebrar os Correios com barbeiragens administrativas em série.
De acordo com o relatório, durante a administração do PT os Correios sofreram uma redução gradativa de suas aplicações financeiras, item que contribuiu para a falta de liquidez. Em 2011, no início da gestão de Dilma Rousseff, os Correios tinham aproximadamente R$ 2 bilhões em aplicações financeiras. Mas essa gordura foi sendo queimada ao longo do tempo e, em 2017, o volume de aplicações chegou a R$ 990 milhões. Para a CGU, esse dado revela “dificuldade na obtenção/reposição de recursos financeiros, gerando risco para a manutenção do giro operacional da estatal”. 
Um dos pontos citados pela CGU como problemáticos diz respeito ao aumento de 15,7% no passivo da empresa. Somente entre os anos de 2011 e 2016, os Correios elevaram os gastos com salários e consignações em R$ 180 milhões e as obrigações trabalhistas em mais R$ 124 milhões. O curioso é que isso aconteceu apesar da empresa ter desligado 6,1 mil empregados no ano de 2017 num plano de demissões voluntárias. A crise administrativa levou a empresa à bancarrota.
MÁ GESTÃO O ex-presidente dos Correios, Wagner Pinheiro Oliveira, é investigado por desvios na empresa (Crédito:ANDRE DUSEK) Privatização
Os Correios elevaram os gastos com salários em R$ 180 milhões, apesar da empresa ter desligado 6,1 mil empregados em 2017

Wilson Lima, IstoE