terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Ohashi, a ginasta universitária que abalou as redes com ’10 perfeito’

A americana Katelyn Ohashi não está na elite da ginástica artística mundial, mas no último fim de semana se tornou uma espécie de celebridade das redes sociais graças a uma apresentação impecável e cheia de vida. Sempre com um sorriso no rosto, a atleta de 21 anos da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) venceu o Collegiate Challenge no sábado 12, com uma trilha sonora inspirada em Michael Jackson e uma sequência incrível de acrobacias que lhe valeram um 10 perfeito, a nota máxima de todos os jurados.
“Um 10 não é suficiente para essa apresentação de Katelyn Ohashi”, cravou a UCLA no Twitter, em vídeo que já tem mais de 32 milhões de visualizações e 153.000 compartilhamentos. Seu último movimento, em que a atleta dá várias piruetas e depois “quica” antes de terminar de pé, foi o que mais impressionou os internautas, assim como sua alegria durante a apresentação.
“Toda a sua apresentação de solo é ridiculamente difícil. Tudo o que ela faz, incluindo a manobra após o salto. É insano ”, afirmou sua treinadora, Valorie Kondos Field, ao jornal da universidade, Daily Bruin. Foi justamente a “senhorita Val”, como é chamada por Katelyn, a responsável por recolocar um sorriso no rosto da ex-atleta prodígio, que cresceu sonhando com a glória olímpica, mas ficou pelo caminho por causa de lesões.

A redenção da ex-atleta prodígio

Nascida em Seattle, em 1997, Katelyn Ohashi começou a praticar ginástica com apenas três anos. Na adolescência fez parte da seleção juvenil dos Estados Unidos e em algumas oportunidades superou Simone Biles, atleta da mesma idade que se tornaria o maior fenômeno da ginástica, com quatro medalhas de ouro conquistadas na Rio-2016. Katelyn seguia o mesmo caminho de Simone até que uma sequência de lesões no ombro a fizeram interromper a carreira profissional por cerca de dois anos.
“Eu me sentia invencível, até não ser mais”, contou Katelyn, em um emocionante vídeo publicado no site The Players Tribune, intitulado “Eu estava quebrada”. Ela conta que sofreu críticas por ser uma atleta mais forte e pesada que as colegas – “diziam que eu era um pássaro que não podia voar” – e que não soube lidar com a pressão do esporte em seu mais alto nível competitivo.
Foi então que Katelyn conheceu a treinadora da UCLA e, ao abrir mão dos cabelos alisados e da cobrança por resultados, reencontrou sua alegria. “Não importa mais o resultado, subir no pódio com medalhas. Agora sou apenas eu pulando com um sorriso no rosto e verdadeiramente sendo feliz comigo mesma”, desabafou, meses atrás, ao The Players Tribune.

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