terça-feira, 27 de novembro de 2018

Luciano Flores assume comando da PF no berço da Lava Jato

Delegado Luciano Flores Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4
O delegado Luciano Flores vai assumir a superintendência da PF no Paraná no lugar de Maurício Valeixo, escolhido pelo juiz Sérgio Moro para diretor-geral. Atual superintendente da instituição em Mato Grosso do Sul, Flores atuou em Curitiba na Lava Jato e é considerado pelos colegas um dos responsáveis pelo sucesso de importantes fases da operação. Foi ele, por exemplo, quem conduziu a prisão do ex-ministro petista José Dirceu. Como superintendente no Paraná, Flores também terá entre suas funções administrar a custódia de presos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele assume o posto em janeiro.
Dança das cadeiras. O atual superintendente da PF em São Paulo, Disney Rosseti, vai para a equipe de Valeixo em Brasília. Deve ocupar a diretoria executiva, segundo posto na hierarquia da instituição.
Dream team. O delegado Igor de Paula também vai trabalhar com Valeixo. É grande a chance de ocupar a diretoria de investigação e combate ao crime organizado, responsável por tocar as operações. Moro deu liberdade total para o futuro diretor-geral escolher os seus subordinados.
Janelas. O atual diretor-geral da PF, Rogério Galloro, recebeu convite para ocupar uma secretaria no Ministério da Justiça, entre outros. Ainda não decidiu qual caminho seguir.
Da cartola. Uma das alternativas do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), é tirar a Comunicação Social do guarda-chuva da Secretaria-Geral da Presidência e passá-la para a Vice-Presidência, aos cuidados do general Hamilton Mourão.
Tour. Nas últimas semanas, Mourão visitou as agências TV1 e Isobar, responsáveis pela publicidade da Presidência. Mapeou atividades, gastos e contratos. Os coronéis Alexandre Lara e Hélio Rosa, ex-assessores do GSI, acompanharam.
Megafone. Nessa configuração, a senadora Ana Amélia (PP) assumiria a função de porta-voz do governo e seria subordinada a Mourão.
Barreira. O futuro ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, terá sob sua responsabilidade, inclusive, as indicações de políticos para cargos públicos e em agências reguladoras. A expectativa é que o general barre o apetite da base aliada de Bolsonaro por cargos.


O Estado de São Paulo