quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Dólar cai para R$ 4,11 após nova pesquisa, com chance de Bolsonaro ganhar no primeiro turno; e avanço menor no ritmo crescimento de Haddad


dólar abriu esta quinta-feira em firme queda, chegando a marcar 4,0948 reais na mínima do dia, mas desacelerou as perdas no avançar do dia. Às 11h59, a moeda americana era negociada a 4,1153 reais, uma queda de 0,216%. Assim como aconteceu na quarta-feira, a trajetória neste início de sessão deve-se a interpretações diferentes da última pesquisa eleitoral.
O Datafolha divulgou um novo levantamento nesta madrugada. Alguns agentes entendem como mais importante o fato de o crescimento nas intenções de voto do candidato Fernando Haddad (PT) ter sido muito menor do que o observado no último Ibope.
“O importante do Datafolha é que a pesquisa mostrou que não está consolidado o ritmo de crescimento do petista Fernando Haddad, observado no Ibope”, afirmou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto.
Por outro lado, chama atenção a vitória em segundo turno do candidato Ciro Gomes (PDT) em qualquer cenário. O mercado observa de forma reticente as propostas do presidenciável, visto que o economista da campanha Mauro Benevides Filho sinalizou que pretende rever a lei do Teto de Gastos.
De acordo com a pesquisa Datafolha, os candidatos do PT e do PDT à Presidência, Fernando Haddad e Ciro Gomes, disputam uma vaga para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL). Haddad cresceu três pontos porcentuais, de 13% para 16%, mas ainda está empatado na margem de erro com Ciro, que se manteve com 13%. Bolsonaro aparece em primeiro, com 28%, dois pontos a mais que na última pesquisa eleitoral.
O levantamento, encomendado pela TV Globo e pelo jornal Folha de S.Paulo, ouviu 8.596 eleitores entre os dias 18 e 19 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob a identificação BR-06919/2018.
No exterior, o dólar segue em queda ante a maioria das emergentes. De acordo com analistas, a moeda tem corrigido altas recentes, diante da menor preocupação com o risco de uma guerra comercial generalizada entre Estados Unidos e China.
(Com Estadão Conteúdo)