sexta-feira, 22 de junho de 2018

‘Não há vergonha na aplicação da lei’, diz Moro à CNN sobre Lava Jato. Assista


Sérgio Moro. Foto: Reprodução
Em entrevista à rede de TV americana CNN, o juiz federal Sérgio Moro afirmou que a Operação Lava Jato ‘é uma grande conquista para a democracia brasileira’. A emissora publicou uma matéria de mais de cinco minutos de duração sobre a maior ação contra corrupção já deflagrada no Brasil.
“Por um lado, você pode dizer que todos esses casos de corrupção são vergonhosos, mas não há vergonha na aplicação da lei. Então o Brasil está fazendo o que é necessário para ser feito. É uma grande conquista para a democracia brasileira”, afirmou o juiz.
Na reportagem, a rede cita a condenação do ex-presidente Lula, preso desde 7 de abril para cumprir uma pena de 12 anos e um mês de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso triplex do Guarujá. Também é citada a investigação sobre o presidente Temer. A CNN afirma que ‘Moro se tornou um herói’ brasileiro após o início da Lava Jato.
Durante a entrevista, o juiz federal afirma que a investigação ‘começou muito pequena’.
“Foi uma investigação sobre lavadores de dinheiro profissionais. Mas, seguindo o dinheiro a investigação cresceu, e para todos nós, policiais, promotores, juízes, não só eu, mas os outros juízes envolvidos no caso, foi uma grande surpresa”, disse.
O magistrado citou à CNN o caso de dois delatores da Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
“Esses dois criminosos decidem cooperar com os promotores”, afirmou.
Sérgio Moro declarou ainda que o apoio da opinião pública foi ‘muito importante’.
“O que foi muito importante no Brasil é que temos muito apoio e ainda temos muito apoio da opinião pública brasileira”, disse.
Na entrevista, Moro afirmou que o País tem ‘políticos muito poderosos, empresários muito poderosos que infelizmente cometeram crimes de suborno e lavagem de dinheiro’. “Não há desculpa para isso e eles têm que pagar o preço por irregularidades”, declarou.
Julia Affonso, O Estado de São Paulo