sexta-feira, 20 de abril de 2018

Alunos de Parkland e #MeToo: os cem mais influentes de 2018 para a 'Time'


Os alunos de Parkland que se tornaram referência dos protestos foram capa da 'Time' - Reprodução

Com O Globo

A revista americana "Time" divulgou sua lista das cem pessoas mais influentes no mundo em 2018. Em um ano marcado por movimentos contra assédio sexual em Hollywood e por controle de armas nos Estados Unidos, grupos ligados a essas bandeiras ganharam espaço na relação. Os alunos da escola de ensino médio em Parkland que se uniram contra a indústria das armas no país após um assassino matar 17 pessoas na unidade de ensino ganharam destaque, assim como o movimento #MeToo, que ampliou a onda de denúncias contra assédio sexual nos bastidores do cinema.

Os alunos de Parkland não foram os únicos jovens a entrar para a célebre seleção da revista. Há 45 pessoas com idade inferior a 40 anos entre os 100 mais influentes. A mais nova é a atriz Millie Bobby Brown, de 14 anos, famosa por interpretar a personagem Eleven na série da Netflix "Stranger Things". Ainda no campo da arte, a diretora Greta Gerwig, que recebeu uma indicação ao Oscar por seu trabalho em "Lady Birdy", também foi agraciada com um posto na lista. O texto sobre ela foi escrito pelo cineasta Steven Spielberg.

Outras mulheres que movimentaram o meio artístico foram reconhecidas por suas ações e trabalhos na lista da "Time". Entre elas, está a ativista Tarana Burke, que fundou o movimento Me Too contra o abuso sexual. Em 2006, ela começou a dizer a frase que significa "eu também" para gerar conscientização a respeito do tema. No ano passado, a hashtag #MeToo repercutiu mundialmente após serem divulgadas as denúncias de assédio sexual e estupro contra o produtor de cinema Harvey Weinstein.


Revista americana "Time" divulgou sua lista das cem pessoas 
mais influentes no mundo em 2018 - Reprodução / Time


Segundo a "Time", as artistas Jennifer Lopez, Issa Rae, Nicole Kidman e Lena Waithe entraram para lista porque "assumiram o controle de suas narrativas, tanto dentro quanto fora da tela".

O Brasil ficou de fora da lista neste ano. Em 2017, estavam dois brasileiros: a pesquisadora Celina Turchi, que liderou estudo comprovando a ligação entre o vírus da zika e casos de microcefalia no país e também recebedora do Prêmio Faz Diferença concedido pelo GLOBO; e o atacante Neymar, que estava até então no Barcelona. Mas há latinos entre os selecionados, como o diretor de cinema mexicano Guillermo del Toro e o presidente argentino Mauricio Macri.