Se o julgamento de Dilma Rousseff começar no Senado só no dia 29, é certo que não será concluído no mês de agosto. Estima-se que serão necessárias pelo menos cinco sessões. Aí cabe perguntar e responder, como fez o poeta Ascenso Ferreira: “Pra quê?” E a resposta é uma só: “Pra nada”.
Que diferença faz pra Dilma, o cadáver politico adiado? Nenhuma. Mas atrapalha o Brasil.
O presidente Michel Temer, por exemplo, estará impedido de participar da reunião do G20, que ocorre nos dias 4 e 5 de setembro, na China.
Esse troço já foi longe demais.
Membros da base do governo tentam convencer Renan a fazer sessões aos sábados e domingos para liquidar a fatura em agosto.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), informa a Folha, saiu-se com uma imagem engraçada nesta segunda:
“Alguns oradores, aqui, hoje, falaram em golpe. Mas como é golpe? Golpe no Brasil? Golpe à prestação? Nós estamos fazendo o golpe há meses? Então, teremos o golpe parcelado: é o golpe Casas Bahia; é o golpe Ricardo Eletro; é o golpe Magazine Luiza. Você compra à prestação e pega um golpe em 12 meses, em 12 parcelas mensais. É uma brincadeira isto aqui! Não dá para levar o Brasil desse jeito”.
“Alguns oradores, aqui, hoje, falaram em golpe. Mas como é golpe? Golpe no Brasil? Golpe à prestação? Nós estamos fazendo o golpe há meses? Então, teremos o golpe parcelado: é o golpe Casas Bahia; é o golpe Ricardo Eletro; é o golpe Magazine Luiza. Você compra à prestação e pega um golpe em 12 meses, em 12 parcelas mensais. É uma brincadeira isto aqui! Não dá para levar o Brasil desse jeito”.
A ironia faz sentido.
É preciso acelerar essa agonia. Embora negue em nota oficial, até o PT já desistiu de Dilma Rousseff e mexe os pauzinhos para que ela fique longe da campanha eleitoral do partido na TV.
Se nem os petistas querem mais saber dela, por que há de ficar por aí, rodopiando como um tronco de enchente. É preciso abreviar essa agonia.