sexta-feira, 1 de julho de 2016

Os reis do empreguismo - Senadores Hélio José e Elmano Férrer empregam em seus gabinetes mais de 70 funcionários

Os reis do empreguismo
Suplentes de senadores que não receberam um voto sequer, mas se valeram da licença dos titulares para exercer seus mandatos, montaram supergabinetes com o dinheiro do contribuinte que chegam a abrigar mais de 70 servidores – numa clara violação ao regimento da Casa. É o caso dos senadores Hélio José (PMDB-DF) e Elmano Férrer (PTB-PI). A média é de 37 por parlamentar, a lei diz que cada gabinete pode ter até 55 cargos, mas as vossas excelências empregam juntos 167 funcionários.
O gabinete mais inchado é o do peemedebista brasiliense Hélio José, que herdou a vaga do atual governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB). Ao todo, possui 90 funcionários. Um grupo de 62 cargos vinculados a Hélio José está lotado no Senado. O restante, que também é ligado a ele, dá expediente em um escritório no Setor Comercial Sul, em Brasília. Os salários chegam a até R$ 18,9 mil. O investimento com pessoal não é justificado pela produção. Hélio é autor de 103 proposições. São 54 requerimentos e apenas 20 Projetos de Lei Suplementar. Entre os pedidos, está a convocação de uma sessão para homenagear e aplaudir o time do Gama (DF) pela conquista do Campeonato Brasiliense no ano passado.
Em segundo no ranking dos senadores que se excedem no empreguismo figura Elmano Férrer (PTB-PI). O senador possui um escritório de representação em seu estado com 53 servidores. Ao todo, estão em sua cota 77. A atuação do parlamentar também é pífia. Das sete proposições, tem apenas um projeto de lei apresentado, que ainda está em tramitação. O restante é requerimento. A atuação do parlamentar é focada em questões relacionadas ao idoso. Os velhinhos do País precisam mesmo de assistência. Bola dentro. Mas é muito pouco para quem emprega, contrariando o regimento do Senado, um número de assessores equivalentes a sete times de futebol.