| Emmanuel Dunand - 18.set.2012/AFP | |
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ANDRÉ CABETTE FÁBIO - UOL
A agência de classificação de riscos Standard & Poor's reafirmou a nota, mas deixou a um ponto do grau especulativo Braskem, Cesp, Comgás, Duke, Samarco Mineração, Taesa, Itaipu Binacional e Eletrobras —essa última alvo mais recente da Operação Lava Jato.
Todas as empresas já tinham a classificação BBB- na escala global da S&P, apenas um nível acima do grau especulativo, o que lhes garante o "selo de bons pagadores". Isso facilita a atração de novos investidores e a obtenção de crédito sob condições mais vantajosas.
Com as notas em perspectiva negativa, essas companhias ficam mais próximas de perderem o selo de bom pagador segundo a escala global da agência (veja tabela abaixo).
O relatório da S&P analisa 32 companhias brasileiras (veja lista completa abaixo), das quais 21 no total tiveram a perspectiva alterada para negativa.
A análise leva em consideração a mudança da perspectiva da nota de risco do Brasil, que também tem nota BBB-, para negativa.
Uma das principais justificativas da agência para a alteração é a de que, atingido pelo escândalo da Operação Lava Jato, o Congresso vem travando propostas do governo que em tese ajudariam a tirar o país do atoleiro.
A perda do grau de investimento do Brasil impediria grandes investidores internacionais, como fundos de pensão, de manter aplicações no país.
As alterações na classificação de risco de cada uma das empresas refletem a forma como elas seriam afetadas pela mudança.
A revisão da Braskem e da Comgás de estável para uma perspectiva negativa, por exemplo, é justificada no relatório da agência pela "probabilidade de que elas dariam calote no caso de o mesmo acontecer com a dívida soberana".
No documento, a S&P afirma que empresas como Odebrecht e Petrobras não são afetadas pela mudança na classificação de risco do país, mas não esclarece o motivo. Ambas também estão a um passo do grau especulativo.
A S&P informa que vai traçar o mesmo cenário de mudança da classificação de risco brasileira e revisar a perspectiva de Gerdau S.A., Localiza Renta a Car S.A., Santos Brasil Participações S.A. e Telefonica Brasil S.A. nas próximas semanas.
A agência de classificação de riscos Standard & Poor's reafirmou a nota, mas deixou a um ponto do grau especulativo Braskem, Cesp, Comgás, Duke, Samarco Mineração, Taesa, Itaipu Binacional e Eletrobras —essa última alvo mais recente da Operação Lava Jato.
Todas as empresas já tinham a classificação BBB- na escala global da S&P, apenas um nível acima do grau especulativo, o que lhes garante o "selo de bons pagadores". Isso facilita a atração de novos investidores e a obtenção de crédito sob condições mais vantajosas.
Com as notas em perspectiva negativa, essas companhias ficam mais próximas de perderem o selo de bom pagador segundo a escala global da agência (veja tabela abaixo).
O relatório da S&P analisa 32 companhias brasileiras (veja lista completa abaixo), das quais 21 no total tiveram a perspectiva alterada para negativa.
A análise leva em consideração a mudança da perspectiva da nota de risco do Brasil, que também tem nota BBB-, para negativa.
Uma das principais justificativas da agência para a alteração é a de que, atingido pelo escândalo da Operação Lava Jato, o Congresso vem travando propostas do governo que em tese ajudariam a tirar o país do atoleiro.
A perda do grau de investimento do Brasil impediria grandes investidores internacionais, como fundos de pensão, de manter aplicações no país.
As alterações na classificação de risco de cada uma das empresas refletem a forma como elas seriam afetadas pela mudança.
A revisão da Braskem e da Comgás de estável para uma perspectiva negativa, por exemplo, é justificada no relatório da agência pela "probabilidade de que elas dariam calote no caso de o mesmo acontecer com a dívida soberana".
No documento, a S&P afirma que empresas como Odebrecht e Petrobras não são afetadas pela mudança na classificação de risco do país, mas não esclarece o motivo. Ambas também estão a um passo do grau especulativo.
A S&P informa que vai traçar o mesmo cenário de mudança da classificação de risco brasileira e revisar a perspectiva de Gerdau S.A., Localiza Renta a Car S.A., Santos Brasil Participações S.A. e Telefonica Brasil S.A. nas próximas semanas.
Classificação de risco
Veja abaixo a lista completa:Empresas com perspectiva alterada de estável para negativa
- AmBev - Companhia de Bebidas das Americas (AmBev) — nota A com perspectiva negativa
- Atlantia Bertin Concessoes S.A. (AB Concessões) e suas subsidiárias: Rodovia das Colinas S.A. e Triângulo do Sol Auto-Estradas S.A. — não tem classificação global
- Arteris S.A. e sua subsidiária: Autopista Planalto Sul S/A. — não tem classificação global
- Braskem S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa
- CCR S.A. e suas subsidiárias: Autoban - Concessionaria do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A./Concessionaria da Rodovia Presidente Dutra S.A./Rodonorte Concessionaria de Rodovias Integradas S.A. — não tem classificação global
- Cesp - Companhia Energética de São Paulo — BBB- com perspectiva negativa
- Companhia de Gás de Sao Paulo - Comgás — nota BBB- com perspectiva negativa
- Companhia Energética do Ceará - Coelce — não tem classificação global
- Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. (Duke) — notaBBB- com perspectiva negativa
- Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. e Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A. — não tem classificação global
- Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro) — não tem classificação global
- Eletrobras-Centrais Eletricas Brasileiras S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa
- Globo Comunicação e Participações S.A. (Globo) — nota BBB+ com perspectiva negativa
- Itaipu Binacional — nota BBB- com perspectiva negativa
- Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. (Multiplan) — nota BBB com perspectiva negativa
- Net Serviços de Comunicacao S.A. (Net) — nota BBB+ com perspectiva negativa
- Samarco Mineração S.A. — nota BBB- com perspetiva negativa
- Tractebel Energia S.A. — não tem classificação global
- Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.) — nota BBB- com perspectiva negativa
- Ultrapar Participações S.A. (Ultrapar) — nota BBB com perspetiva negativa
- Votorantim Participações S.A. e suas subsidiárias: Votorantim Industrial S.A. e Votorantim Cimentos S.A. — nota BBB com perspectiva negativa
Empresas com perspectiva mantida negativa
- Natura Cosméticos S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa*
- Vale S.A. e sua subsidiária: Vale Canada Ltd. — nota BBB com perspectiva negativa
Empresas com perspectiva mantida estável
- Ache Laboratórios Farmacêuticos S.A. — nota BBB- com perspectiva estável
- BRF S.A. — nota BBB com perspectiva estável
- Embraer S.A. — nota BBB com perspectiva estável
- Fibria Celulose S.A. — nota BBB- com perspectiva estável
- Raízen (combinação de Raizen Energia S.A. and Raizen Combustíveis S.A.) — nota BBB com perspectiva estável
Empresas cujas notas não foram afetadas pela mudança do viés da nota de crédito brasileira
- Klabin S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa
- Neoenergia S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa
- Odebrecht Engenharia e Construcao S.A. — nota BBB- com perspectiva negativa
- Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras. — nota BBB- com perspectiva negativa
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