Reviravolta na disputa eleitoral em São Paulo: o PSD, de Gilberto Kassab, vai apoiar a candidatura de Paulo Skaf ao governo de São Paulo. É a reviravolta nas reviravoltas — a última. Inicialmente, Kassab estava determinado a disputar o governo — até então, o PSB era cotado para ter o lugar de vice na chapa. Entrou Marina Silva no jogo e perturbou a aliança. Os tucanos começaram, então, a negociar com o PSD, e o ex-prefeito chegou muito perto de compor a chapa com Alckmin.
Os “marineiros” perderam a parada, e o PSB decidiu fechar mesmo com os tucanos. O deputado federal Márcio França será o vice de Alckmin. E sobrou a Kassab a vaga de senador na chapa. Ocorre que parte expressiva do PSDB quer José Serra como candidato ao Senado — aparece em primeiro lugar nas pesquisas. Kassab não gostou do rumo da coisa e achou que a situação acabaria por intrigá-lo com Serra.
De qualquer modo, o ex-governador já havia dito ao ex-prefeito que abriria mão de sua eventual candidatura ao Senado em nome da composição com o PSD. Ocorre que há outros pré-candidatos tucanos, como José Aníbal e Mendes Thame. Kassab julgou que a solução não seria exatamente pacífica no PSDB e preferiu fechar a aliança com Skaf.
Bem, o resultado final, então, é este: Skaf, que é o segundo colocado nas pesquisas de opinião, ganha um reforço importante, sobretudo no horário eleitoral gratuito: tempo.