Veja
Principais jornais e sites do mundo destacaram o confronto entre índios e policiais durante manifestação contra a Copa do Mundo em Brasília
Índios apontam flechas para a polícia durante protesto próximo ao estádio Mané Garrincha, em Brasília - Lunae Parracho/Reuters
A tragicômica cena de faroeste registrada nesta terça-feira, num confronto entre índios empunhando arcos e flechas e policiais militares a cavalo, ganhou destaque nos principais jornais e sites do mundo.
A confusão começou quando um grupo de índios que realizavam um ato no Congresso Nacional pela demarcação de terras protegidas se juntaram a manifestantes que marchavam contra a Copa do Mundo no Brasil.
Para proteger o Estádio Nacional de Brasília, que abriga a exposição da taça oficial da Copa, a PM bloqueou vias e foi atacada – um policial foi atingido por uma flechada.
“Arcos e flechas contra gás lacrimogêneo”, destacou o espanhol El País, que ressaltouo calendário de protestos esperados nas sedes do mundial de futebol em junho.
O inglês Daily Mail usou título similar – “arcos e flechas versus gás lacrimogêneo” – e publicou em seu site dezessete fotos da batalha campal. Também foi a mesma linha do argentino Clarín: "Com arcos e flechas, índios entram em confronto com a polícia no Brasil".
A rede Al-Jazeera também relatou surpresa com “indígenas vestidos com trajes típicos contra policiais a cavalo na capital do país”. O italiano La Repubblica estampou 29 fotos do embate nas ruas de Brasília em seu site.
Nos Estados Unidos, o New York Times divulgou um vídeo com imagens de índios investindo contra a Cavalaria da PM. "Um protesto reunindo ativistas indígenas e manifestantes contra a Copa do Mundo na capital do Brasil termina em confrontos próximo ao novo estádio de futebol."
A rede alemã Deutsche Welle frisou: "O Brasil tem visto protestos regulares nas semanas que antecedem a Copa do Mundo. Muitos brasileiros estão irritados com os 11 bilhões de dólares que o governo gastou para sediar o torneio".
O francês Le Monde citou outras paralisações que se espalharam pelo país nas últimas semanas. “Grevistas e manifestantes se beneficiam da visibilidade dada pela Copa do Mundo, prevista para começar em 12 de junho, para realçar as suas exigências."