Governo Lula já torrou R$697 milhões em viagens

 

Foto: Ricardo Stuckert/PR


Os gastos com viagens de servidores, funcionários comissionados, terceirizados e “convidados eventuais” do governo Lula (PT) atingiram R$697 milhões até junho, aponta o Portal da Transparência. A maior parte dessa fortuna (R$427 milhões) representa apenas as diárias pagas aos funcionários. As passagens emitidas pelo governo até o momento em 2024 custaram aos pagadores de impostos outros R$266,5 milhões.

Comparação

Em todo o ano de 2021, o governo federal gastou R$211,5 milhões com passagens aéreas e R$430 milhões com diárias para servidores.

Exponencial

No fim de maio, a administração petista havia torrado mais de R$423 milhões com viagens, desde então foram R$274 milhões a mais.

Tem muito mais

Gastos de viagens de autoridades como Lula, Janja e ministros em jatinhos da Força Aérea são protegidos por sigilo e não entram na conta.

Ouro ao contrário

Em 2023, primeiro ano do Lula 3, as despesas do governo federal com viagens bateram recorde histórico: mais de R$2,3 bilhões.

Diário do Poder

‘Esquerda me odeia por ser negra, mulher, nordestina e livre’, diz secretária de Tarcísio

Secretária do governo discursa contra uso político de raças e gêneros



Sonaira Fernandes, vereadora e secretária da Mulher. (Foto: extração youtube).


A secretária da Mulher do Estado de São Paulo, Sonaira Fernandes, que é figura de destaque no governo Tarcísio, contou durante conferência conservadora que ocorre em Camboriú, Santa Catarina, com confirmação da presença de Javier Milei e Jair Bolsonaro, como é ser o alvo da oposição ao governo paulista sob o viés do identitarismo e de ataques incessantes que visam desgaste de imagem.

Por ser negra, mulher, nordestina, não rezar a cartilha do politicamente correto e ser livre a esquerda me ama. Só que não. A Câmara Municipal de São Paulo é total militante e tem os seus representantes que movimentam as raças. A esquerda sempre acha que se é mulher e se for negro, é propriedade exclusiva da esquerda. O nosso papel dentro das casas legislativas é expor essa hipocrisia”, declarou Sonayra, que também é vereadora.

Ao prosseguir com o uso da palavra, a secretária seguiu defendendo que “a esquerda não é dona da periferia, a esquerda não é dona dos negros e a esquerda não vai perverter os nossos filhos. Eles precisam de um marketeiro para falar sobre família para tentar enganar, sobretudo, o povo cristão. A vigilância precisa estar em nós”, cravou. 



Diário do Poder

'Por que parte da Faria Lima “fez o L”, sem enxergar o óbvio?, por Alan Ghani

 

Foto: André Borges/EFE


Ortega Y Gasset em seu antológico livro “Rebelião das Massas” chamou a atenção para o fenômeno do homem massa – aquele que, por ser muito bom em sua área de atuação, se sente habilitado e preparado para falar de qualquer assunto. Durante as eleições, surgiram vários “homens massa” na Faria Lima. Entendiam muito de preços de ativos e economia, e pouco de política.

Alguns badalados gestores de fundos, e competentes economistas, compraram a ideia de que Lula seria aquele homem pragmático do primeiro mandato, que manteve o tripé macroeconômico até 2006 (câmbio flutuante, responsabilidade fiscal e meta de inflação). Acreditaram que, uma vez eleito, manteria o ajuste fiscal iniciado no governo Temer.


É engraçado que essa crença ocorreu sem nenhum lastro na realidade. Durante a campanha, Lula não deu nenhum sinal de que seria liberal e pró-mercado


Pelo contrário, o próprio José Dirceu confirmava isso: “Lula não admitiu nem nomear ministro, nem admitiu assumir compromissos, seja sobre a manutenção do teto; pelo contrário, nas entrelinhas do discurso dele, ele deixa claro que investimentos em tecnologia, saúde e educação (...). Também deixa claro o papel da Petrobras e da Eletrobras”. 

Não só Dirceu, mas Guilherme Boulos também dizia com todas as letras que Lula iria retomar o investimento público, revogar o teto de gastos e a reforma trabalhista, ou seja, não traria ideias liberais em seu governo. 

Além das declarações de seus importantes aliados, Lula não teria nenhum incentivo para ser pragmático, como no primeiro mandato. Analisando sob a ótica da época, antes de ele ser eleito, já havia sido presidente duas vezes e ficou preso por 1 ano e 7 meses. 

Do ponto de vista psicológico, o ressentimento com a prisão, misturado com a volta ao poder, provavelmente não daria nenhum incentivo a ele agir de maneira diferente para conquistar o mercado, a classe média e a oposição. Pelo contrário, no seu terceiro mandato, dada essas circunstâncias, falaria o que bem entendesse, sem importar muito com as consequências no mundo real. Até porque, com idade avançada, talvez fosse a sua última presidência, e não teria mais nada a perder. Lula pode ser acusado de qualquer coisa, menos de estelionato eleitoral. Ele, seus colegas, e as próprias circunstâncias deixavam evidente que, caso eleito, Lula 3 não seria Lula 1, mas Dilma.

As premissas se confirmaram. Assim que eleito, os primeiros sinais, do que já era óbvio durante as eleições, começaram a se concretizar. A PEC da Transição não deixava dúvidas ao abrir um espaço no orçamento de quase R$170 bilhões. Depois veio o arcabouço fiscal, deixando mais claro a falta de compromisso com as contas públicas. 

A nova regra fiscal era convidativa ao gasto, por dois motivos. Primeiro, porque atrelava o aumento do gasto com a elevação da arrecadação, incentivando o ajuste pelo lado dos impostos, e não pelo corte de despesas. Segundo, que a regra traz um piso mínimo de gastos acima da inflação. (IPCA+0,6%). Enquanto o Teto de Gastos limitava o crescimento da despesa à inflação, o arcabouço fiscal possibilita sempre que o governo tenha gastos de pelo menos 0,6% superior à inflação. 

Como se não bastasse a PEC de Transição e o frágil arcabouço fiscal, o governo voltou com os mínimos constitucionais de gastos com saúde e educação, engessando o orçamento e atrelando essas despesas com a receita governamental, o que só torna o gasto crescente. Gastar com saúde e educação sempre tem um apelo positivo, pois são despesas nobres. No entanto, no mundo real, o dinheiro e o orçamento são limitados. Para deixar o cenário fiscal mais nebuloso, também vincularam as aposentadorias e os benefícios previdenciários com o salário mínimo, tornando essas contas insustentáveis no longo prazo.

Mas a piora não ocorre apenas do lado fiscal, mas também na gestão. Demissão do presidente da Petrobras, com a possível volta dos investimentos em refinarias e fertilizantes – políticas que mostraram desastrosas no passado -, tentativa de interferência na Vale, e a ideia de que os bancos estatais devem ser indutores do crescimento econômico, são exemplos de ações ineficientes do governo Lula.

Elevado gasto público, tentativa de interferência em estatais, protagonismo do BNDES e Estado como indutor do crescimento econômico, são as peças que compõem o quadro das políticas heterodoxas e desenvolvimentistas, tão queridas pelos economistas de esquerda. 

Para fechar o quebra cabeça, só faltava a ideia de que a taxa de juros tem que cair a qualquer preço para alavancar o crescimento econômico, mesmo com piora fiscal e desancoragem das expectativas inflacionárias. Essa ideia se concretizou.

Recentemente, o presidente Lula tem feito duras críticas ao Banco Central na condução da política monetária. O mercado entende que, em 2025, com uma maioria de diretores indicados por Lula, o Banco Central poderá reduzir a Selic, mesmo com piora na inflação. Há um temor que se repita o que aconteceu com o governo Dilma. Aliás, por ora, o roteiro é muito semelhante: alguns indicadores econômicos positivos no presente, piora do quadro fiscal, pressão para o Banco Central reduzir a taxa de juros e piora de variáveis do mercado financeiro, antecipando uma crise futura. 

Diante desse cenário, a pergunta é: por que economistas e gestores tão bem sucedidos em suas respectivas áreas não enxergaram o óbvio brotar na frente dos olhos? Por que a Faria Lima entrarou agora num processo de dissonância cognitiva, de discrepância entre o mundo idealizado por eles com o mundo real?

Talvez porque essas pessoas se informam apenas pela grande mídia que assumiu uma posição abertamente contra Bolsonaro. Compraram a ideia de que Lula seria um presidente democrático e pragmático, a fim de derrotar o “fascismo imaginário” de Bolsonaro. 

Enquanto, na primeira eleição de Lula, o slogan foi a “esperança venceu o medo”; nessa, a frase poderia ser “a narrativa venceu a realidade”. Agora é Lula, agora é tarde. 


Alan Ghani, Gazeta do Povo

J.R. Guzzo: 'Até Lula reconhece que tentativa de importar arroz não passou de “falcatrua”

 

Foto: André Borges/EFE


O “Arrozão”, falcatrua (palavra do próprio presidente Lula) montada para fazer propaganda do governo, arrumar negócios para o MST e tirar proveito da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, flopou. Mistura de safadeza, burrice e incompetência-raiz, a coisa toda foi a pique, justamente, por ser uma falcatrua muitíssimo mal armada – o “roubar e não poder carregar”, como se dizia antigamente.

Lula e os magos da “comunicação” que emprega em seu governo acharam uma boa ideia comprar arroz estrangeiro, sabe-se lá de onde e em que condições, e vender aqui a preço subsidiado com dinheiro público – naturalmente, com uma etiqueta em vermelho na embalagem para dizer que a oferta era obra do governo federal. Deu tudo errado.


É uma das marcas mais notáveis do Lula-3: o governo quer errar mas não consegue, porque não tem o mínimo da competência necessária para cometer o erro


Logo no primeiro leilão, já houve bandalheira na cara de todo mundo (a “falcatrua” de que Lula falou) e o plano travou. Tiveram de anular o leilão, anunciar outro e começar de novo. Continuou dando errado. A última notícia a respeito é que decidiram parar a coisa toda até segunda ordem, ou desistir logo de uma vez. O certo é que até agora, 40 dias após o anúncio triunfal das tais importações, o brasileiro não viu um único grão do arroz que o governo prometeu colocar na sua mesa. O que ficou foi mais uma grife na vitrine da corrupção neste país: o “Arrozão”.

É uma das marcas mais notáveis do Lula-3: o governo quer errar mas não consegue, porque não tem o mínimo da competência necessária para cometer o erro. “Decidi autorizar a importação de 1 milhão de toneladas de arroz”, proclamou Lula durante as enchentes, como se estivesse anunciando o desembarque aliado na Normandia. “Não é possível”, como ele sempre diz, o povo pagar preços “exorbitantes” pelo arroz; ele ia entrar em ação e acabar com o problema. Mais uma vez, Lula não decidiu coisa nenhuma.

A inundação no Rio Grande do Sul, que produz 70% do arroz brasileiro, não tinha afetado a safra em nada – na verdade, a maior parte da produção já havia sido colhida. Nunca faltou arroz para ninguém, em lugar nenhum. Os preços, depois de um nervosismo temporário, voltaram para onde estavam antes da enchente. O Brasil, na verdade, está exportando arroz. Os produtores brasileiros, enfim, levaram mais uma vez na cabeça e por conta da agressão que sofreram do governo pode haver problemas com a próxima safra.

Para coroar o bolo, verifica-se agora que não está mais em cogitação a importação que daria uma força na “imagem” do governo. O Ministério e o ministro da Agricultura foram, mais uma vez, desmoralizados em público: a operação, que deveria estar a seu cargo, foi expropriada sem cerimônia nenhuma para as capitanias do MST no governo Lula.

A desgraça da enchente foi devidamente explorada – não deu certo, mas isso são outros 500. O arroz continua onde sempre esteve. Lula, enfim, vai falar mais adiante que “foi preciso um operário” para “resolver” um problema que “o mercado não resolveu”. É um documentário fiel deste governo. Demagogia explícita em público e zero elevado à potência zero em matéria de resultado.



J.R. Guzzo, Gazeta do Povo

Rejeição do descondenado Lula à responsabilidade fiscal deixa perplexo Armínio Fraga ex-presidente do BC

 Para Fraga, que fez o 'L', os ataques de Lula ao Banco Central indicam "retrocesso" e "um país sem rumo"


Ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, no Jornal Gente. Foto: Captura/YouTube



“Estou perplexo”, afirmou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes/TV Bandnews, sobre os ataques do presidente Lula (PT) ao atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e sobre o que classificou de “rejeição à noção de responsabilidade fiscal” do atual governo petista.

Presidente do Banco Central no segundo governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2003, Fraga afirmou que a briga de Lula com o BC demonstra que o Brasil está “sem rumo” e ainda classificou as ideias da atual administração petista como “velhas”. (Veja abaixo o vídeo da íntegra da entrevista)

Retrocesso

“Essa briga com o Banco Central – que inclusive aumentou juros durante o final do governo anterior, foi um trabalho profissional, foi técnico – mostra um retrocesso”, afirmou Armínio Fraga. “A meu ver indica um país que está um pouco sem rumo. É preciso reconhecer que a política não é fácil, mas as ideias que vem surgindo sobre uma estratégia de desenvolvimento do Brasil são velhas”, afirmou ele aos jornalistas Cláudio Humberto, Pedro Campos e Sônia Blota, no Jornal Gente.

“Parece que muita coisa que deu certo no passado, hoje em dia foi deletado da memória”, criticou. “Essa atuação de crítica feroz ao Banco Central desde o início a assim como uma rejeição surpreendente a noção de responsabilidade fiscal… eu estou muito perplexo com essa história”.

Aumento de juros e problema ‘de cima’

Para o ex-chefe da instituição financeira federal, os ataques de Lula ao Banco Central são “desperdício de energia” e sairia muito mais barato para o Brasil e principalmente para os pobres, que são as principais vítimas de uma política fiscal e econômica desastrosa.

Apesar de concordar com a decisão do Banco Central de parar os cortes e manter a taxa de juros, Armínio Fraga disse ainda que acredita que a instituição atualmente precisa “começar a pensar em aumentar” os juros, e afirmou também que há espaço para melhorar [a atuação política em torno dessa decisão] por que “o problema, a meu ver, vem de cima”.

Diário do Poder

Livro de Tognozzi analisa manipulações e polarização na política

 Lançamento será quarta-feira (10) em São Paulo, na Livraria da Vila


O jornalista e escritor Marcelo Tognozzi e a capa do seu novo livro - Foto do autor: Sérgio Lima.




O jornalista Marcelo Tognozzi, um dos mais importantes analistas de política, em Brasília, fará o lançamento do seu novo livro “Ninguém Segura Este Monstro – Manipular, Mentir & Polarizar”, na próxima quarta-feira (10) em São Paulo, na Livraria da Vila. Em seu livro, Tognozzi reflete sobre os bastidores da política brasileira e os caminhos para a polarização que divide o País.

O livro reúne textos que tratam de cenários e fatos políticos marcantes no Brasil e no mundo, inclindo as eleições de Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no Brasil e de Javier Milei na Argentina, passando por análises sobre o governo de Donald Trump nos Estados Unidos, a invasão da Ucrânia, o conflito entre Israel e os terroristas do Hamas etc.

“Em um momento em que o ódio à imprensa e ao conhecimento prolifera, Tognozzi proporciona lucidez e razão,brindando o leitor com a verdade, com o conhecimento que traz as luzes necessárias para entendermos a fase tormentosa pela qual passa a humanidade”, diz o também escritor e jornalista Nei Lima Figueiredo, autor do prefácio do livro.

O livro “Ninguém Segura Este Monstro – Manipular, Mentir & Polarizar” será lançado também em Brasília, Recife e Rio de Janeiro.

Sobre o autor

Marcelo Tognozzi é jornalista com pós-graduação em Marketing Político e Gestão de Campanhas Eleitorais pela Graduate School of Political Management, da The George Washington University(EUA) e em Inteligência Econômica pela Universidade de Comillas na Espanha. Trabalhou em grandes veículos de imprensa do país e, atualmente, é colunista do jornal digital Poder360. É especialista em novas mídias e marketing político digital, com grande experiência como consultor na área de Relações Institucionais.

Foi Secretário Adjunto de Comunicação do governo do Distrito Federal, chefiou a Assessoria Parlamentar do Ministério de Minas e Energia durante o governo Fernando Henrique Cardoso, foiSecretário de Imprensa da Presidência do Senado Federal e coordenou o Departamento de Comunicação Social da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em 1996, planejou e implantou a Agência Brasília do governo do Distrito Federal, primeira agência de notícias governamental on-line do Brasil. Nos últimos 14 anos, executou outros dois projetos pioneiros de agências de notíciasvirtuais: para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e para a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Como especialista em novas mídias, desenvolveu diversos trabalhos na área de marketing viral e mobile marketing. Já participou de campanhas de partidos como PDT, PT, DEM, PMDB e de entidades de classe.

É autor de “Vote Certo – A Eleição sem Complicação” e do e-book “Manual daCampanha Digital”; além de coautor dos livros “Junho de 2013 – A Sociedade enfrenta o Estado”, “Marketing Político em Tempos Modernos” e “Políticos ao entardecer”. Professor do curso de pós-graduação em Marketing e Comunicação Digital do Centro Universitário Iesb, em Brasília, é sócio-diretor da A+B Comunicação e RP Digitais, com sedetambém na capital federal.

Serviço:
Evento: Lançamento do livro “NinguémSegura Este Monstro – Manipular, Mentir & Polarizar”, do jornalista Marcelo Tognozzi
Local: Livraria da Vila – Vila Madalena (SP)
Data:10 de julho
Horário: 18h

Diário do Poder

Ameaças de Lula de não pagar emendas ‘congela’ CPI do Arrozão na Câmara - Governo corrupto do descondenado segue 'obstruindo' o Brasil

 

Escândalo derrubou secretário do Ministério da Agricultura (Foto: Ag./Câmara)


Após ameaças do governo Lula na Câmara dos Deputados de não pagar as emendas de parlamentares que apoiassem a investigação do suspeitíssimo leilão de arroz proposto pelo presidente, o pedido de abertura da CPI do Arrozão congelou em 160 assinaturas. A comissão tem como objetivo investigar as denúncias de fraude que resultaram até na demissão de um secretário do Ministério da Agricultura de Lula.

Espada de Dâmocles

Deputado do União Brasil, partido com três ministérios na Esplanada, chegou a admitir que assinar o pedido de CPI “interfere” nas emendas.

Estagnado

Há duas semenas, o total de nomes registrados a favor da instalação da comissão era de 150 deputados federais.

Nem tão longe

A criação da comissão paralamentar de inquérito requer ao menos 171 assinaturas na Câmara, um terço do total de deputados federais.

Nada a ver

O governo, esta semana, decidiu liberar R$30 bilhões em emendas parlamentares antes das eleições, 60% do valor total para 2024.

Diário do Poder

segunda-feira, 1 de julho de 2024

TCU vê fraude em licitação de R$197 milhões da Secom para ‘redes sociais’

 

Foram observados indícios de violação do sigilo da autoria das propostas


A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) observou irregularidades na licitação da Secom (Secretaria de Comunicação) da Presidência da República para a contratação de empresas de assessoria em comunicação e gestão de redes sociais do governo Lula, além de avaliar pedir o seu cancelamento.

Em relatório finalizado no dia 5 de maio, a área técnica do TCU observou que a licitação pode ter violado o sigilo das propostas técnicas das empresas concorrentes, “uma vez que o resultado da licitação foi divulgado pela imprensa, de forma cifrada, um dia antes da data em que seriam abertos os envelopes contendo a identificação quanto à autoria de cada plano de comunicação digital”.

O caso deverá ainda ser julgado pelo plenário da Corte.

O edital da licitação estima o valor de R$ 197 milhões para a contratação de quatro agências.

Quatro empresas venceram a licitação, e foram elas: Moringa Digital, BR Mais Comunicação, Área Comunicação e Usina Digital.

Relembre o Caso:

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo Lula anunciou no dia 24 de abril quatro empresas vencedoras da licitação. Porém, um dia antes do anúncio o portal O Antagonista, divulgou, de forma cifrada, quais seriam as quatro empresas vencedoras do pregão.

“Se a subcomissão técnica conhecia antecipadamente a autoria de cada proposta técnica, como sugerem as evidências, o fato se constitui em irregularidade grave, conforme sustenta o representante, resultando em possível direcionamento do certame e maculando todo o procedimento da licitação”, diz, parte do relatório

A divulgação antecipada dos vencedores fez com que o Ministério Público, junto ao TCU, solicitassem que o caso fosse investigado, visto que o órgão teria “se deparado com informações publicadas na imprensa que demonstravam ter havido o descumprimento das normas editalícias que exigiam o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação”.

O MP em representação ainda afirmou, “que entendia que se podia estar diante de irregularidades na condução do procedimento licitatório para contratação dessas empresas, porque o sigilo quanto à autoria dos planos de comunicação é pilar fundamental definido em edital para que se garanta a lisura e o respeito ao princípio da impessoalidade”.

O que a Secom diz

Procurada pelo jornal O Globo, a Secom disse em nota, “que seguiu todos os procedimentos administrativos e as normativas aplicáveis que garantem a lisura e integridade da disputa”. “Informamos que a SECOM ainda não foi notificada, mas que irá colaborar com o Tribunal de Contas de União (TCU), fornecendo as informações necessárias que demonstram o cumprimento das melhores práticas adotadas ao longo do certame, todo ele pautado por critérios técnicos e objetivos, seguindo os princípios da impessoalidade, moralidade, legalidade, publicidade e eficiência”.


Diário do Poder