domingo, 9 de maio de 2021

"Não se enfrenta bandidos com pétalas de rosas", a frase de Lula em 2007, sobre ação policial no Complexo do Alemão

 

O circo está armado, mas não é somente na CPI da Covid-19 que, por sinal, tem recebido muitas críticas de parlamentares. O palco também está montado aqui fora, como dizem, na vida real.

O ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou tem amnésia ou esqueceu que no Brasil existe internet pra pesquisar. Seja qual for a resposta, o fato é que uma característica do petista não podemos negar: é muito cínico.

O "ex-criminoso” foi no Twitter criticar a operação da polícia do Rio de Janeiro, que levou à morte 25 bandidos da favela do Jacarezinho, Zona Norte do Estado. Pensando nos “holofotes” para a disputa presidencial de 2022 (já que o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações dele na força-tarefa anticorrupção), Lula atribuiu à suposta ausência do Estado o trágico incidente. E foi além! Lançou um slogan nada criativo: “vidas brasileiras importam”.

“É grave uma operação policial terminar na morte de 25 pessoas. Isso não é segurança pública. É a ausência do Estado oferecendo educação e emprego a causa de boa parte da violência. Os brasileiros estão morrendo sem vacina, de fome e pela violência. Vidas brasileiras importam”, escreveu, omitindo que o Brasil é o quinto país que mais vacina no mundo.

Como se não bastassem as asneiras ditas pelo ex-presidiário, a postura dele é, totalmente, diferente do que ele afirmou, em julho de 2007, quando, ao lado do amigo, parceiro, comparsa e então governador do Rio, Sergio Cabral, ironizou quem ousava censurar a ação policial no complexo do Alemão que havia acabado em 19 mortos.

“Nessa ação de vocês (governo do Estado do Rio), no complexo do Alemão, tem gente que acha que é possível enfrentar a bandidagem com pétalas de rosa ou jogando pó-de-arroz. A gente tem que enfrentá-los sabendo que, muitas vezes, eles estão mais preparados do que a polícia, com armas mais sofisticadas. A gente tem que enfrentá-los sabendo que a maioria do povo, que trabalha lá, é de gente trabalhadora, de bem, que não pode ficar refém de uma minoria”, declarou, na época, o democrata bondoso, e amigo dos pobres e oprimidos.

O hipócrita, que hoje critica a polícia, elogiou o posicionamento dos agentes comandados por Sérgio Cabral que, inclusive, está preso sob a acusação de receber propina para fechar contratos públicos no Estado.

Jornal da Cidade