segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Depois de calar o presidente dos EUA, Twitter ataca a soberania brasileira

 


Depois de censurar o presidente dos EUA, Donald Trump, o Twitter emitiu alerta sobre postagem do Ministério da Saúde do Brasil, que apenas recomendava o tratamento precoce para Covid-19. O governo pediu explicações ao Twitter ao que está sendo visto como um atentado à soberania nacional.

Segundo o Twitter, “a publicação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais” relacionadas à doença.

O assessor internacional da Presidência, Filipe G. Martins, escreveu no seu twitter que irá recorrer e fazer “tudo o que estiver ao meu alcance para que o Brasil reaja ao atentado do Twitter contra nossa democracia”. Ele considerou o ato uma ofensa à soberania nacional e disse que fará o possível para que isso seja respondido à altura.

“Se uma nação é impedida de formular sua própria política de saúde ou de comunicá-la à sua população, é evidente que o exercício de sua soberania nacional foi prejudicado e que ela deve reagir contra o ator responsável pelo prejuízo ou, então, amargar a mais humilhante submissão”, escreveu o assessor também em seu canal do Telegram.

“Estou fazendo tudo o que está ao meu alcance para que o Brasil reaja ao atentado do Twitter contra nossa democracia, mas esse é um esforço que certamente demandará um trabalho conjunto dos três poderes”, disse.

“Ao colocar-se acima das autoridades instituídas e tentar determinar, arbitrariamente, a política de saúde a ser adotada em nosso país, sabotando a comunicação do Ministério da Saúde com a população brasileira, o Twitter violou nossa soberania e atentou contra a autonomia de nossas instituições. Infelizmente, há opiniões distintas dentro do Governo Federal, mas no que depender de mim o Twitter será tratado como um agressor à soberania nacional até que cessem os ataque à autonomia de nossas instituições”.

Na última semana houve uma intensificação dos ataques das big techs às soberanias nacionais, como a dos EUA, ao censurar o presidente Donald Trump. Durante o processo judicial movido por Trump nas eleições, o Twitter claramente assumiu um lado, restringindo abertamente manifestações contrárias.

Cristian Derosa, estudosnacionais.com