Dados fornecidos pelo empresário poderão ser utilizados em futuros inquéritos

Empresário é investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro | Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Na terça-feira 3, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidiu homologar o acordo de delação premiada que o empresário Eike Batista firmou com a Procuradoria-Geral da República.
Com 32 cláusulas e 18 anexos, a papelada inclui depoimentos, imagens e demais evidências apresentados por Eike, como provas.
Além disso, ele se comprometeu a pagar mais de R$ 800 milhões em multa por irregularidades que cometeu.
Entre outros pontos, ficou acertado que o empresário vai cumprir um ano de pena em regime fechado, um ano em prisão domiciliar e dois anos em regime semiaberto.
O empresário é investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro.
Eike fez pagamentos indevidos no valor de US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, em 2011, e ocultou a propina através de um esquema de lavagem de dinheiro.
Em 2017, Eike foi preso, mas saiu da cadeia por decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
O caso está no STF porque o empresário garante que gente graúda, ou seja, com foro privilegiado, está atolada em corrupção.
A partir de agora, os dados fornecidos na delação de Eike Batista poderão ser utilizados em futuros inquéritos.
Cristyan Costa, Revista Oeste