Para o MRE e Mapa, o Brasil já mostrou que é capaz de aumentar sua produção de carne, soja e milho ao passo em que dimunui o desmatamento.
Nesta terça-feira (22 de setembro), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiram uma nota conjunta sobre o relatório do governo francês a respeito do Acordo Mercosul-União Europeia. O documento faz uma série de críticas aos aspectos ambientais, relacionados à atividade agropecuária, sobretudo à produção de carne bovina e ao desmatamento.
Para o MRE e Mapa, o Brasil já mostrou que é capaz de aumentar sua produção de carne, soja e milho ao passo em que dimunui o desmatamento. Informa que, de 2004 a 2012, o desmatamento da região chamada de Amazônia Legal caiu 83%, enquanto que a produção agrícola subiu 61%. Nesse mesmo período, o rebanho bovino cresceu em mais de 8 milhões de cabeças, chegando a 212 milhões em 2012.
“Esses dados inserem-se em tendência histórica de intensificação da agropecuária brasileira e dos decorrentes ganhos de produtividade, em sintonia com a preservação ambiental”, diz a longa nota dos dois Ministérios.
Na visão do governo do Brasil, a não entrada em vigor do Acordo Mercosul-UE passaria mensagem negativa e estabeleceria claro desincentivo aos esforços do país para fortalecer ainda mais sua legislação ambiental. Além disso, teria implicações sociais e econômicas negativas, que poderiam agravar ainda mais os problemas ambientais da região.
“Não ratificá-lo implicará lacuna importante no fortalecimento da relação entre as partes e na reiteração de um livre comércio sustentável e responsável, que proporcionará prosperidade com preservação da natureza, resultante da melhoria das condições econômicas”, diz a nota dos Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura.
Enquanto a nação brasileira e outras nações produtivas do mundo esforçam-se para alimentar a humanidade ao mesmo tempo em que lutam pela preservação do meio ambiente em seus territórios, outras nações do outro lado do continente (as quais nem mesmo possuem mais florestas ou sequer uma fauna para preservar, visto que já utilizaram todos os meios naturais possiveis em usinas de energia movidas a carvão e outros compostos, o que praticamente destrói o ecossistema em pouco tempo), que jamais se importaram com a população brasileira ou o com o que está ocorrendo além mar, aparecem como uma espécie de “patrulha” de combate a degradação ambiental. Indivíduos os quais jamais se preocuparam com uma árvore em suas vidas, de repente mostram-se extremamente motivados a interferirem em um território de biodiversidade externa, mas que, em seu subsolo, abriga uma das maiores jazidas de metais e pedras preciosas do mundo. Uma estranha coincidência, não acham?
Jornal Vera Cruz