quinta-feira, 30 de abril de 2020
STF dá 5 dias para PF ouvir denúncias de Moro contra Bolsonaro
Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira (30), que a Polícia Federal (PF) ouça o ex-ministro Sergio Moro num prazo de cinco dias.
Moro deverá prestar depoimento sobre as acusações de que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tentou interferir no trabalho da PF.
Horas atrás, em entrevista exclusiva à revista Veja, Moro disse que não poderia admitir que Bolsonaro o chamasse de “mentiroso publicamente”.
Na última terça (28), Celso de Mello tinha determinado que o depoimento fosse colhido em até 60 dias. O prazo foi reduzido a pedido de parlamentares.
Em nova decisão, o magistrado do STF declarou:
“Determino, não obstante os autos estejam na douta Procuradoria-Geral da República, seja intimado, desde logo, para inquirição, o Senhor Sérgio Fernando Moro, em ordem a que possa apresentar ‘(…) manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão’.”
E acrescentou:
“A diligência ora determinada deverá ser efetuada pela Polícia Federal, no prazo de 05 (cinco) dias, consideradas as razões invocadas pelos Senhores parlamentares que subscrevem, juntamente com seus ilustres Advogados, a petição a que anteriormente me referi.”
Tarciso Morais, Renova Mídia
PF prende duas pessoas com 108 cartões do Bolsa Família sacando auxílio emergencial
Bandidos foram surpreendidos
nesta quinta após sacar
R$ 96 mil indevidamente
A Polícia Federal realizou a prisão em flagrante de duas pessoas na madrugada desta quinta-feira (30/4), após o saque indevido da quantia de mais R$ 96 mil, valor corresponde ao Auxílio Emergencial do Governo Federal pago por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19).
Os indivíduos foram conduzidos à Superintendência Regional da Polícia Federal no Maranhão por policiais militares, quando foram surpreendidos na posse de 108 cartões do Bolsa Família, em nome de diversas pessoas e vários extratos bancários, que confirmaram os saques na Agência da Caixa Econômica Federal, localizada na Praça João Lisboa, no Centro de São Luís.
Os indivíduos foram indiciados pelo crime de estelionato previsto no art. 171, § 3º, do Código Penal Brasileiro. (DPF).
Moro afirma que apresentará ao STF provas das acusações a Bolsonaro
“É importante deixar muito claro: nunca foi minha intenção ser algoz do presidente ou prejudicar o governo”
O ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro, que na última sexta-feira (2404) pediu demissão do governo Bolsonaro alegando “interferência política” do presidente sobre a Polícia Federal, afirmou, nesta sexta-feira (2004), que irá apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) provas das acusões que fez ao agora ex-chefe. Em entrevista à revista Veja, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública sentenciou: “O combate à corrupção não é prioridade do governo”.
Carlos Estênio Brasilino, Metrópoles
O ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro, que na última sexta-feira (2404) pediu demissão do governo Bolsonaro alegando “interferência política” do presidente sobre a Polícia Federal, afirmou, nesta sexta-feira (2004), que irá apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) provas das acusões que fez ao agora ex-chefe. Em entrevista à revista Veja, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública sentenciou: “O combate à corrupção não é prioridade do governo”.
Ao anunciar a saída do governo, motivada pela exoneração de Maurício Valeixo, seu homem de confiança, da direção-geral da Polícia Federal, Moro avisou: “O presidente queria alguém para ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência. Isso não é papel da Polícia Federal”.
O presidente reagiu e, na mesma sexta, disse que seu então ministro da Justiça teria condicionado a troca de Valeixo por Alexandre Ramagem por uma cadeira no STF.
O episódio rendeu um inquérito pedido pela Procuradoria-Geral da República e aberto pelo STF. Nas investigações, tanto Moro quanto Bolsonaro terão que apresentar – e provar – suas versões. (Equívoco: é Moro quem tem que provar o que disse)
Segundo a Veja, Moro revelou que não vai admitir ser chamado de mentiroso e que apresentará à Justiça, assim que for instado a fazê-lo, as provas que mostram que o presidente tentou, sim, interferir indevidamente na Polícia Federal.
Momento oportuno
“Reitero tudo o que disse no meu pronunciamento. Esclarecimentos adicionais farei apenas quando for instado pela Justiça. As provas serão apresentadas no momento oportuno, quando a Justiça solicitar”, ressaltou o ex-juiz.
Sobre a divulgação de mensagens trocadas com a deputada federal Carla Zambelli, de quem foi padrinho de casamento, Moro disse à revista que não gostou de tomar tal atitude, mas o fez para se defender
“As apresentei única e exclusivamente porque no pronunciamento do presidente ele afirmou falsamente que eu estava mentindo. Embora eu tenha um grande respeito pelo presidente, não posso admitir que ele me chame de mentiroso publicamente. Ele sabe quem está falando a verdade. Não só ele. Existem ministros dentro do governo que conhecem toda essa situação e sabem quem está falando a verdade”, disse.
“Por esse motivo, apresentei aquela mensagem, que era um indicativo de que eu dizia a verdade, e também apresentei a outra mensagem, que lamento muito, da deputada Carla Zambelli. O presidente havia dito uma inverdade de que meu objetivo era trocar a substituição do diretor da PF por uma vaga no Supremo. Eu jamais faria isso. Infelizmente, tive de revelar aquela mensagem para provar que estava dizendo a verdade, que não era eu que estava mentindo”, completou.
Ataques à esposa
Moro ainda revelou que vem sofrendo tentativas de intimidação. Segundo ele, sua esposa foi atacada e estão confeccionando e divulgando dossiês contra ela com informações absolutamente falsas.
“Ela nunca fez nada de errado. Nem eu nem ela fizemos nada de errado. Esses mesmos métodos de intimidação foram usados lá trás, durante a Lava- Jato, quando o investigado e processado era o ex-presidente Lula”, observou.
O ex-ministro acredita que a abertura do inquérito em que ele pode ser acusado de denunciação caluniosa foi “intimidatória”. “Quero afirmar que estou à disposição das autoridades. Os ataques mais virulentos vieram principalmente por redes virtuais. Não tenho medo de ofensa na internet, não. Me desagrada e tal, mas se alguém acha que vai me intimidar contando inverdades a meu respeito no WhatsApp ou na internet, está muito enganado sobre minha natureza”.
À revista, Moro falou que a opinião pública compreendeu o que eu disse e os motivos da minha fala. Mas adimtiu lamentar ter adotado tal posição. “É importante deixar muito claro: nunca foi minha intenção ser algoz do presidente ou prejudicar o governo”.
Carlos Estênio Brasilino, Metrópoles
Novo relatório da Polícia Federal vai mostrar que Adélio Bispo agiu sozinho na tentativa de assassinar Bolsonaro. Talvez esteja aí a explicação para o fato de Alexandre de Moraes ter barrado um novo chefe para a PF. O 'mecanismo' segue operando
Ramagem para chefiar a Polícia Federal.
Num contexto mais amplo, registre-se que há um movimento de velhos políticos para tentar desestabilizar o governo Bolsonaro, à frente, tipos como FHC, Rodrigo Maia e até criminosos condenados, como Luiz Inácio Lula da Silva, e ministros do STF, da espécie de Gilmar Mendes.
Leia a matéria de O Globo
A Polícia Federal apresentará nas próximas semanas um relatório com resultado de tudo que já investigou sobre o atentado sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2018, quando levou uma facada de Adélio Bispo de Olivera durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O relatório parcial mostrará que as provas colhidas não mostram a participação de terceiros, nem a existência de um mandante para o crime.
Essa é a segunda investigação da PF sobre o episódio. Na primeira, finalizada em setembro de 2018, a PF concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho no dia e no momento em que esfaqueou Jair Bolsonaro.
Até agora, 192 pessoas foram ouvidas entre testemunhas e suspeitos, sendo 103 formalmente e 89 entrevistadas em campo. A investigação também conta com 23 laudos periciais que trazem dados extraídos de celulares e computadores de investigados e resultados de exames feitos a partir de notícias postadas em redes sociais, que apontavam, supostamente, a participação de terceiros no atentado, o que foi descartado até o momento.
Após a apresentação desse relatório, a investigação seguirá em andamento. A PF aguarda o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se a perícia do celular e de dados bancários e fiscais de Zanone Manuel de Oliveira, o advogado de Adélio, podem ser feitas pela PF no âmbito dessa investigação. O objetivo dos investigadores com a análise do material é saber se o advogado foi pago para atender Adélio e por quem.
Mesmo depois de o juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), concluir que Adélio tem transtorno delirante persistente e que não pode ser punido criminalmente, a PF também trabalhou com a hipótese de um terceiro ter se “aproveitado” da doença para incitá-lo a cometer o crime. No entanto, nenhuma diligência ou testemunha conseguiu comprovar isso até agora.
O prazo para apresentar o resultado das investigações terminaria na próxima semana, mas está suspenso devido à pandemia do coronavírus. Mesmo assim, o relatório parcial será concluído.
Entenda o socorro do governo aos estados e saiba quanto cada um vai receber
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apresentou nesta quinta-feira o projeto de socorro a estados e municípios elaborado em conjunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O pacote prevê repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios.
O valor chega a R$ 120 bilhões, quando consideradas a suspensão do pagamento de dívidas e renegociações de empréstimos com bancos, inclusive internacionais. Veja abaixo, quanto cada estado receberá.
Como fica a divisão dos recursos
- Dos R$ 60 bilhões anunciados, R$ 10 bilhões serão exclusivos para aplicação em saúde. O restante será livre para aplicação: R$ 25 bilhões para estados e R$ 25 bilhões para municípios. O critério de divisão levará em conta fatores como queda do ICMS, população e cota de participação no Fundo de Participação de Estados e Municíipios.
Veja como fica a partilha entre os estados:
- São Paulo - R$ 5,513 bilhões
- Minas Gerais - R$ 2,495 bilhões
- Rio de Janeiro - R$ 1,673 bilhão
- Rio Grande do Sul - R$ 1,621 bilhão
- Paraná - R$ 1,430 bilhão
- Bahia - R$ 1,390 bilhão
- Mato Grosso - R$ 1,121 bilhão
- Santa Catarina - R$ 959 milhões
- Goiás - R$ 952 milhões
- Pará - R$ 913 milhões
- Pernambuco - R$ 898 milhões
- Ceará - R$ 766 milhões
- Maranhão - R$ 610 milhões
- Espírito Santo - R$ 594 milhões
- Amazonas - R$ 522 milhões
- Mato Grosso do Sul - R$ 518 milhões
- Distrito Federal - R$ 389 milhões
- Paraíba - R$ 373 milhões
- Rio Grande do Norte - R$ 368 milhões
- Alagoas - R$ 344 milhões
- Piauí - R$ 334 milhões
- Rondônia - R$ 279 milhões
- Sergipe - R$ 261 milhões
- Tocantins - R$ 250 milhões
- Acre - R$ 165 milhões
- Amapá - R$ 134 milhões
- Roraima - R$ 123 milhões
Por que o governo chegou a falar em R$ 130 bi?
- Esse valor é a expectativa de economia com a suspensão de salários de servidores federais, estaduais e municipais. A medida foi apresentada como contrapartida para liberar a ajuda da União aos governos locais.
Ajuda total chega a R$ 120 bilhões
- Além dos repasses diretos, a ajuda inclui um alívio por meio da suspensão do pagamento da dívida. A maior parte desses débitos já estão suspensos por decisão judicial. Ainda assim, representam um alívio de cerca de R$ 40 bilhões. O projeto do Senado inclui ainda a possibilidade de renegociação de dívidas com bancos nacionais e do exterior, com impacto de R$ 20 bilhões.
- Com isso, são mais R$ 60 bilhões de impacto. Somados aos R$ 60 bilhões de transferências, o impacto total chega a R$ 120 bilhões.
Vídeo derruba falácia de que Bolsonaro perdeu popularidade (vídeo)
Logo após o anúncio da demissão do ministro Sérgio Moro, não foram poucos os que apontaram o fim do governo Bolsonaro.
De fato, a perda do ministro provocou um grande abalo nas hostes do governo e muitos apontaram que o caminho do impeachment estaria se delineando.
Entretanto, o que se vê no presidente da República, desde aquela “facada” desferida pelo criminoso Adélio Bispo de Oliveira, é uma indescritível capacidade de recuperação.
O impeachment, não obstante a Câmara dos Deputados já ter recebido 31 pedidos, não irá prosperar.
O presidente já se recompôs no aspecto político e, em termos de popularidade, sua estada nesta quinta-feira (30) em Porto Alegre (RS), dá clara demonstração de que ainda detém um forte e arrebatador apoio popular.
Veja o vídeo:
Jornal da Cidade
Lacombe desmascara atitudes do STF: “Toffoli era advogado da CUT e do PT” (vídeo)
Na tarde desta quinta-feira, 30, durante o programa ‘Aqui na Band’ da TV Bandeirantes, o jornalista e apresentador Luís Ernesto Lacombe, recebeu a deputada federal, Carla Zambelli e falou sobre as estranhas medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Lacombe mostrou um conhecimento muito amplo sobre o Supremo, criticou o Tribunal, e colocou em dúvida o ‘merecimento’ do cargo de Dias Toffoli, atual presidente da corte.
Enquanto Zambelli falava sobre sua sugestão de indicação do ex-ministro Sérgio Moro, para ser o próximo ministro do Supremo, durante uma conversa revelada por print, quando o jornalista relembrou o passado 'escondido' de Toffoli.
“Nós temos o exemplo do Dias Toffoli, que foi advogado da CUT, advogado do PT, foi reprovado duas vezes em concursos públicos para juiz e foi nomeado ao STF”, detonou Lacombe.
Falando sobre as decisões autoritárias do Supremo, como a do ministro Alexandre de Moraes, que interferiu na nomeação do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, na qual indicava Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF), Zambelli citou o caso do jornalista Allan dos Santos do ‘Terça Livre’, que também estava sofrendo com 'censuras' do Supremo.
Lacombe relembrou o famoso caso revelado pela operação Lava Jato, em que Marcelo Odebrecht afirmou que o “amigo do amigo do meu pai”, era, de fato, Dias Toffoli.
“A gente tem que lembrar que o STF, naquela história do ‘amigo do amigo do meu pai’, quando Marcelo Odebrecht soltou que seria o Dias Toffoli, o STF censurou a revista eletrônica Crusoé, por conta da matéria que contava essa história, era um fato, havia um depoimento do Marcelo Odebrecht”, disse o apresentador.
E finalizou:
“Então o STF tem tido algumas atitudes que nos fazem pensar.”
Confira:
Globo antecipa relatório da Polícia Federal sobre tentativa de assassinato de Bolsonaro por Adélio Bispo. Matéria é de Bela Megale, que adiantou o discurso de renúncia de Moro. Quer dizer, o 'mecanismo' segue a mil. Isso explica porque Moraes barrou nova chefia para PF?
Uma nota publicada hoje (30/04) no jornal O Globo, assinada pela jornalista Bela Megale, informa que o próximo relatório da Polícia Federal, a ser divulgado oficialmente dentro de algumas semanas, irá concluir mais uma vez que o criminoso Adélio Bispo de Oliveira, que tentou matar o então candidato Jair Bolsonaro em setembro de 2018, agiu sozinho e que não houve mandantes para o crime.
Bela Megale é a mesma jornalista que divulgou antecipadamente o conteúdo do que viria a ser a fala do ex-ministro Sérgio Moro no dia em que ele anunciou ao público sua saída do governo. O que indica obviamente que existe um canal privilegiado de acesso a informações por parte da Globo junto ao ex-juiz e junto à Polícia Federal.
A conclusão do relatório, de que o criminoso Adélio teria agido sozinho sem o envolvimento de terceiros, é inaceitável ante todas as evidências que envolvem o caso: treinamento em cursos de tiro de custo incompatível com a condição financeira de Adélio, disponibilidade de advogados caríssimos para sua sua defesa, além da logística na cidade de Juiz Fora (MG).
Além da inverossimilhança das conclusões, chama a atenção o fato de o conteúdo e um relatório de investigação criminal da Polícia Federal, ao qual nem o Presidente da República tem acesso, tenha vindo parar nas mãos da mesma jornalista que já sabia o que um ex-ministro de Estado iria dizer, literalmente, antes de anunciar sua saída do governo.
Entendemos que cabe ao Ministro da Justiça, André Mendonça, exigir do diretor interino da Polícia Federal, Disney Rosseti - que possui ligações sabidas com Alexandre de Morais, as explicações cabíveis sobre esse fato que é, de todo, tão inaceitável quanto as supostas conclusões do próprio relatório.
Paulo Eneas, Crítica Nacional
Bolsa sobe 10,25% em abril e recupera parte das perdas com a crise do vírus chinês. Saída de Mandetta e Moro teve impacto zero
Em abril, a Bolsa de Valores brasileira teve o primeiro mês de valorização no ano, acumulando alta de 10,25%, a maior desde janeiro de 2019, quando o Ibovespa subiu 10,8% com o otimismo de investidores com o início do governo de Jair Bolsonaro.
O desempenho positivo de abril mostrou que a saída do governo de Luiz Henrique Mandetta e de Sergio Moro tiveram impacto zero.
A alta no mês é um alívio após o pior trimestre da história, com queda de 36,85% do índice entre janeiro e março de 2020 devido à crise provocada pelo vírus chinês. Apesar da recuperação, o ano acumula queda de 30,4%, o pior desempenho desde 2008, ano da crise financeira, quando a Bolsa caiu 41,2%.
“Ainda não temos nenhum dado econômico a respeito da recuperação e o risco político continua sendo maior, mas se espera que a retomada da economia suavize os impactos da paralisação”, diz Ilan Arbetman, analista da corretora Ativa Investimentos.
Arbetman destaca que o otimismo que sustenta a Bolsa é do investidor doméstico. Os estrangeiros seguem retirando recursos do mercado acionário brasileiro. Até 27 de abril, saíram R$ 5 bilhões de investimento estrangeiro no mês, o melhor resultado desde setembro, quando entraram R$ 425 milhões. Em 2020, a saída é recorde: R$ 69,5 bilhões.
“Vimos uma nova leva de investidores nacionais entrando na Bolsa com os preços mais convidativos e com a iminência de um corte mais robusto na taxa de juros, fazendo com que menos pessoas busquem a renda fixa e procurem ativos de risco”, diz o analista.
A Selic a 3,75% e a perspectiva de que ela deve cair para 3% reduz o retorno de muitos investimentos, como a poupança, que rende 0,7% da Selic + TR (Taxa Referencial), hoje zerada.
Também contribuiu para a alta da Bolsa brasileira, a recuperação do preço do petróleo e das Bolsas no exterior.
Após cair abaixo de US$ 20 o barril no início da semana, o contrato do Brent, referência internacional do óleo, ganhou força nos últimos pregões e está a US$ 25.
Neste mês, as principais Bolsas globais com o otimismo na retomada das atividades na Europa e Estados Unidos conforme a flexibilização da quarentena.
Nesta quinta-feira (30), porém, o Ibovespa caiu 3,2%, a 80.505 pontos, com o aumento do desemprego no Brasil e nos Estados Unidos e queda recorde no PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro.
"O afrouxamento das medidas de restrição de isolamento social está em curso no velho continente, com diversos membros caminhando na direção da reabertura gradual da economia, resta saber se esta será sustentável e, se sim, quanto tempo levará para a demanda voltar a se aproximar dos patamares pré-crise", diz relatório da Guide Investimentos.
O índice Stoxx 600, que reúne as principais empresas da Europa, fechou em queda de 2,3% na sessão, mas acumulou alta de 6,2% no mês.
Nos Estados Unidos, Dow Jones caiu 1,2% nesta quinta. S&P 500 e Nasdaq tiveram recuos de 0,9% e 0,3%. No mês, Dow Jones saltou 11% e S&P 550, 12,7%, as maiores valorizações mensais desde janeiro de 1987. Já a Bolsa de tecnologia Nasdaq disparou15,4% em abril, seu melhor mês desde junho de 2000.
Dentre os destaques negativos do dia, as ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco caíram 7,2%, a R$ 19,15, e as ordinárias (com direito a voto) 6,44%, a R$ 17,56, após o lucro do banco despencar 40% no primeiro trimestre.
O cenário de juros baixo também contribuiu para a alta de 4,6% do dólar no mês devido ao carry trade. Nessa prática de investimento, o ganho está na diferença do câmbio e do juros. Nela, o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior. Com a Selic na mínima histórica, investir no Brasil fica menos vantajoso, o que contribui com uma fuga de dólares do país, elevando assim sua cotação.
Em abril, o dólar teve sucessivos recordes e atingiu o maior patamar nominal (sem contar a inflação) da história do Plano Real, a R$ 5,6680 na segunda (27) e, durante o pregão de sexta (24), a moeda chegou a R$ 5,7450 na máxima, após a saída de Moro do governo Bolsonaro.
No ano, o real tem o pior desempenho dentre todas as divisas globais, com desvalorização de de 35,4% ante o dólar, a maior desde 2015, quando a moeda americana disparou 49% no Brasil.
Nesta quinta, a moeda subiu 1,5%, a R$ 5,4370, após acumular queda de 5,5% nos últimos dois pregões. O dólar turismo está a R$ 5,73 na venda
Com informações de Júlia Moura, Folha de São Paulo
Serviços de inteligência dos EUA chegaram à conclusão de que o vírus chinês teve origem na China, mas "não foi criado pelo homem, nem modificado geneticamente". Entendeu?
WASHINGTON - Os serviços de inteligência dos Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira, 30, terem chegado à conclusão de que o vírus chinês teve origem na China, mas "não foi criado pelo homem, nem modificado geneticamente".
Quer dizer, o vírus foi criado na China, mas a culpa das mortes não é do PCC chinês? Dá para entender?
“A Comunidade de Inteligência (IC) também concorda com o consenso científico abrangente de que o vírus da covid-19 não foi feito pelo homem ou geneticamente modificado”, disse o Odni em comunicado.
A conclusão nega teorias conspiratórias veiculadas por ativistas anti-China, que insinuam que o novo coronavírus foi desenvolvido por cientistas chineses em um laboratório de armas biológicas, do qual acabou escapando.
“A IC continuará a examinar rigorosamente as informações que surgirem para determinar se o surto começou através do contato com animais infectados ou se foi o resultado de um acidente em um laboratório de Wuhan”, acrescenta o texto.
Segundo a imprensa americana, Trump pediu aos serviços de inteligência que determinassem a origem do vírus, atribuído a um mercado de Wuhan antes do surgimento de suspeitas de falha de segurança em um laboratório daquela cidade.
O comunicado público foi divulgado depois que Trump afirmou não descartar a possibilidade de pedir uma compensação a Pequim pela pandemia.
Segundo uma pesquisa recente da Pew Research, 29% dos americanos acreditam que o vírus foi criado em laboratório e, destes, 23% acham que intencionalmente.
Autoridades norte-americanas a par de relatórios e análises de inteligência estão dizendo há semanas que não acreditam nas teorias conspiratórias.
Trump, que culpa a China pela pandemia global, disse nesta quinta-feira que acredita que a maneira como a China está lidando com o coronavírus prova que esta “fará tudo que puder” para impedi-lo de se reeleger em novembro.
Mais de 3,21 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus no mundo, e 227.864 morreram, de acordo com uma contagem da Reuters nesta quinta-feira.
Em uma entrevista concedida à Reuters no Salão Oval, Trump falou da China com dureza e disse que está estudando diversas opções em termos de consequências para Pequim em relação ao vírus. “Posso fazer muita coisa”, afirmou, sem dar detalhes.
AFP e Reuters
Multidão aplaude Bolsonaro em Porto Alegre
Uma multidão se reuniu no centro histórico de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, para cumprimentar o presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (30).
Em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, Bolsonaro aparece acenando aos gauchos.
Assista ao vídeo:
Assista ao vídeo:
Mais cedo, Bolsonaro participou de solenidade de passagem do Comando Militar do Sul (CMS).
O vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e o do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, também acompanharam a cerimônia militar.
Tarciso Morais, Renova Mídia
"Por que o mundo entrou nesse pânico histérico?", por Stephen Kanitz
A taxa de mortalidade do Covid para pessoas abaixo de 50 acabou sendo de somente 1 por 1.000 nos países bem administrados, não muito distante de uma gripe anual.
Portanto, não era para essa faixa etária estar em pânico, com medo de sair de casa, sem trabalhar por 45 dias, paralisando a economia.
Mas o emocional tomou conta, e o pânico, sempre explorado por jornalistas, se alastrou a níveis imagináveis.
Por que toda esta histeria?
A melhor explicação que vi, de Victor Hanson, historiador, é porque as novas gerações pós 1960 estão mal acostumadas com a noção de morte.
Quem passou pela Segunda Guerra mundial já não existe mais.
Hoje não se lê os livros clássicos, onde a morte fazia parte do dia a dia.
Caveiras eram colocadas em cima das mesas para ninguém esquecer.
A expectativa de vida em 1800 era de 27 anos, em 1900 era de 42.
Defender seu país numa Guerra era até um ideal dos jovens na época, onde as chances de morrer eram bem maiores do que 1 em 1.000.
Essa é a razão dessa distonia entre Bolsonaro e a grande mídia, composta de jovens “revolucionários”.
Sendo um Militar, perder 20% da tropa numa batalha é para ele uma vitória.
Ele não entende esse pânico da imprensa brasileira com a taxa de 0,1% e por isso solta frases “E daí?”.
E os jovens milênios ficam chocados por nunca terem estudado História.
Sendo Militar, ele não endossa Doria e Covas ficarem em casa com medo, quando temos uma guerra a vencer.
Por isso ele sai às ruas, raramente usa máscaras, acha que não é em casa que faremos nossa economia funcionar e produzir o que o povo precisa.
Ele não entende esses jornalistas que o acusam de ser insensível, com um vírus que mata somente 1 em 1.000.
Risco que todo policial, médico, enfermeira, bombeiro e militar enfrentam todo dia.
Erro de framing do problema, e o tempo dirá quem estava certo.
Continuamos seguindo ordens autoritárias questionáveis?
Pensem nessa questão levantada pelo Prof. Hanson.
Será que não deveríamos voltar a contribuir e produzir os bens e produtos que precisamos, até os médicos debelarem esse inimigo?
Será que deveríamos ler os clássicos como Guerra e Paz, as peças de Shakespeare, Saramago e assim por diante?
Pensem se não é mais ético, mas menos científico, voltarmos a sermos úteis, enfrentarmos os riscos de viver, especialmente quando 220 milhões de brasileiros dependem, ou deveriam depender, de nós.
Stephen Kanitz. Consultor de empresas e conferencista brasileiro, mestre em Administração de Empresas da Harvard Business School e bacharel em Contabilidade pela Universidade de São Paulo.
Jornal da Cidade