quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Colégio de Manaus com drogas, violência e reprovações muda drasticamente após gestão militar

Afinal, o que são as Escolas Cívico-Militares, que vêm causando tanta polêmica?
São uma parceria do MEC com o Ministério da Defesa, para espalhar pelo Brasil um modelo de estabelecimentos de ensino público com sucesso já comprovado.
Por ano, apenas 54 colégios serão escolhidos para receber o modelo. A intenção é, até 2023, instalar 213 unidades, em todo o país.
O projeto é inspirado em histórias como a do Colégio Estadual Professor Waldocke Fricke de Lyra, no bairro de Tarumã, em Manaus, onde drogas e armas brancas eram coisas do dia a dia e o índice de reprovação era superior a 15%.
Com a gestão militar, o estabelecimento não só tornou-se um lugar seguro, como duplicou suas médias no Ideb, zerou o índice de reprovações e começou a ganhar títulos em disputas escolares, como a Olimpíada Brasileira de Matemática.
Hoje, o colégio Manauara é uma referência nacional.
A intenção do projeto não é substituir professores, muito menos militarizar toda a rede pública. Serão poucas unidades, que terão o privilégio de abrigar um modelo de gestão eficiente, com foco total no aprendizado e com resultados inquestionáveis.
Nenhum aluno será obrigado a estudar na unidade. Todos os outros estabelecimentos continuarão funcionando, prontos para abrigar qualquer um que não se adeque ao modelo.
O que acontece, porém, nas unidades já instaladas, é que faltam vagas para tantos interessados. Afinal, a tendência é que os pais busquem o melhor para seus filhos e as unidades cívico-militares já se consolidaram como um modelo muito superior ao atual.
É compreensível que os profissionais da educação, por desconhecimento do projeto, fiquem apreensivos. É uma mudança e mudanças geram insegurança.
Porém, desconheço um professor, com amor à profissão, que não gostaria de trabalhar em um colégio bem estruturado, seguro, com ordem, disciplina e, principalmente, com o reconhecimento dos alunos, que terão melhores condições de aprendizado.
O apoio popular, ao projeto, é fundamental. Serão pouquíssimas cidades beneficiadas com a instalação de uma unidade. Estas, sem dúvidas, tornar-se-ão referências regionais na qualidade e democracia de ensino, graças à pluralidade educacional, proporcionada por um destes colégios.
Um privilégio para poucos!
"A disciplina é a mãe do êxito." (ÉSQUILO)

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

Jornal da Cidade