segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Procuradores da Lava Jato explicam como obtiveram dados da Receita. Algo errado?

No mesmo dia em que foram divulgados supostos diálogos entre procuradores da Lava Jato e o então auditor fiscal da Receita Federal, Roberto Leonel - atual presidente Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) -, os procuradores Orlando Martello, Paulo Roberto Galvão e Roberson Pozzobon fizeram uma pergunta simples:

“O Estado funciona melhor na repressão de crimes de colarinho branco quando Ministério Público, Receita Federal, Polícia Federal, Coaf, Cade, CGU e outros órgãos cooperam entre si ou quando cada um se isola?”

Três situações em que procuradores da Lava Jato utilizaram informações da Receita
A resposta, eles mesmos, dizem: é óbvia. E em artigo eles explicam como a operação obteve dados financeiros. “O fornecimento de informações fiscais pela Receita ao MP na Lava Jato ocorreu em 3 situações”, escrevem os procuradores da Lava Jato. Leia o artigo, saiba quais situações são essas e confirme o que você já sabe: tudo está nos autos, com informações obtidas dentro das leis. E veja ainda:

As preocupações com o abuso de autoridade: Bolsonaro garante que terá vetos. Procuradores mostram que não temem a lei do abuso: temem o abuso da lei;

Na onda da desestatização, Carlos Coelho informa que o BNDES estuda vender as ações da estatal paranaense Copel;

Reforma da Previdência: de Brasília, Jéssica Sant’Ana explica as sete regras de transição para quem está no mercado de trabalho;

Reforma tributária: em entrevista à repórter Giulia Fontes, o economista idealizador do projeto que tramita na Câmara, Bernard Appy afirma que o projeto tributário do governo “deixa de fora o pior imposto do país”.

Opinião da Gazeta
Por falar no assunto, é tema de nosso editorial: As reformas tributárias estão na mesa. O grande problema é que nenhuma delas encara a justiça tributária. E outro problema é o fantasma da CPMF, até então adormecido. Leia um trecho e confira o texto completo:

A reforma do governo também terá unificação de impostos; redução do Imposto de Renda, compensada pelo fim de algumas isenções; e, por fim, a instituição de um tributo sobre movimentações financeiras para compensar a desoneração da folha de pagamento, especialmente a contribuição previdenciária patronal. Os defensores da ideia tentam desvinculá-la da antiga CPMF, mas um novo nome não muda a essência desse tipo de tributação, com todos os problemas que acarreta.

Aprofunde-se
Em tempos de escassez de verbas, o Ministério da Saúde escolhe bem o caminho do dinheiro. Leia na matéria de Fernanda Trisotto, direto de Brasília. E em tempos de escassez, todo desconto ou cashback é bem-vindo. Não sabe o que é isso? Saiba como funcionam os apps que devolvem dinheiro da compra. Os aplicativos, inclusive, estão levando shoppings a mudar o estilo, confira na reportagem do editor Vandré Kramer.

Lá fora
Isabella Mayer explica a crise no Paraguai que quase custou a cabeça do mandatário da república vizinha: 5 personagens para entender a crise de Itaipu. E ainda: a Estônia largou mão do socialismo para se tornar um livre mercado. Veja o resultado.

Recomendações de nossos jornalistas
Como a semana está começando, confira recomendações de nossos jornalistas para pegar no tranco:

Tiago Cordeiro explica por que é preciso mais das universidades e do próprio mercado para que a parceria funcione e desenvolva pessoas;

A crise na Argentina deixa as coisas melhores ou piores para turistas gastarem dinheiro em solo hermano? Katia Michele explica.

Raquel Derevecki descobriu a história de um casal de viúvos. Isso mesmo: amigos da adolescência que começaram a namorar, noivaram e agora casaram com um festão. Confira essa história.

Vinhos e espumantes do sertão nordestino. Já ouviu falar? Eu também não conhecia até o Guilherme Grandi dar a dica da bebida – e do passeio."


Gazeta do Povo