domingo, 16 de junho de 2019

Solange Vieira, Salim Mattar e Carlos da Costa são os mais cotados para comandar o BNDES

Solange Paiva Vieira é cotado para assumir o BNDES Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo
Solange Paiva Vieira é cotado para assumir o BNDES Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo


Integrantes da equipe econômica enfrentam dificuldades para encontrar um nome para assumir a presidência do BNDES no lugar de Joaquim Levy, que entregou sua carta de demissão na manhã deste domingo. Entre os nomes mais cotados estão o de Solange Vieira, atual superintendente da Susep, Salim Mattar, secretário de Privatizações, Carlos da Costa, secretário de Produtividade e Emprego, e Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho de Administração do BNDES.
O nome de Solange agradaria ao ministro da Economia, Paulo Guedes . Segundo interlocutores, porém, como funcionária de carreira do banco poderia ser difícil a tarefa de tocar os planos do governo de reduzir o papel do banco de fomento. Segundo interlocutores, porém, ela não deve aceitar.
No fim da manhã, integrantes da equipe sondaram Mattar, embora seu perfil seja visto, iniciamente como mais adequado para comandar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ligado diretamente à Presidência da República. Mattar tem indicado a interlocutores que o fato de o PPI ficar fora do projeto de privatizações que vem tocando é um entrave para a venda de ativos. Outro nome cotado para o cargo é de Carlos da Costa, secretário de Produtividade. O nome dele também é bem-visto por Guedes e ele já foi diretor do BNDES.
Salim Mattar, atual secretário de Privatizações, também é cotado para substituir Joaquim Levy à frente do BNDES Foto: Amanda Perobelli / Reuters
Salim Mattar, atual secretário de Privatizações, também é cotado para substituir Joaquim Levy à frente do BNDES Foto: Amanda Perobelli / Reuters
Ex-diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil ( Anac ) durante os governos Lula e Dilma, e funcionária de carreira do BNDES, Solange é próxima do ministro Paulo Guedes e voltou ao governo a pedido dele, em fevereiro. O nome dela era o mais cotado para os planos do ministro da Economia de criar uma superagência para regular os fundos de pensão e que reuniria todas as instituições que cuidam do setor, como a própria Susep e a Previc (Previdência Complementar).

Segundo escalão : Com a demissão de Levy, o governo de Jair Bolsonaro já conta com 19 baixas.

O nome de Solange ganhou força para substituir Levy  porque inicialmente o governo procura uma solução interna para o caso. A avaliação é que o banco virou um "posto de sacrifício”, em razão da imagem que a instituição tem para o presidente Jair Bolsonaro. Por isso, avaliam os integrantes, seria mais difícil conseguir trazer alguém de fora.

Geralda Doca, O Globo