segunda-feira, 17 de junho de 2019

"Por que Levy caiu", por José Nêumanne

Economista fingiu que não 

entendeu importância para o 

País da abertura da caixa preta

do BNDES e, por isso, perdeu 

apoio de Guedes e foi levado 

por Bolsonaro a pedir demissão




Guedes, que lutou para Bolsonaro nomear Levy no BNDES, 
desistiu de defendê-lo depois de perceber como ele se opunha
ao quanto dele se pretendia. Foto: Dida Sampaio/Estado

O economista tido como neoliberal Joaquim Levy não caiu da presidência do BNDES por causa de suas ligações profissionais com Sérgio Cabral ou Dilma Rousseff, do PT, pois tanto quem o indicou, Paulo Guedes, como quem o nomeou, Jair Bolsonaro, sabiam delas havia muito tempo e, se erraram ao nomeá-lo, maior erro seria mantê-lo depois de cinco meses e meio de gestão. 
A demissão de Marcos Pinto, o advogado acusado de ser petista que provocou a renúncia do ex-presidente, foi apenas um pretexto para o fato óbvio de que este, e não o outro, se recusava terminantemente a entregar a documentação necessária para provar o que o País todo sabe: o desvio de R$ 400 bilhões de dinheiro do contribuinte para enriquecer empresários amigos do regime petista e tiranos que os antigos donos do regime admiram tanto.

O Estado de São Paulo