Numa reportagem no início deste mês, a "Folha de S. Paulo" informou que quatro candidatas do PSL de Minas teriam sido usadas como laranjas, numa estrutura patrocinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio . O ministro era presidente do PSL no estado no período das supostas fraudes. Segundo o jornal, as quatro candidatas receberam R$ 279 mil durante a campanha e, mesmo assim, receberam pouco mais de dois mil votos. Bebianno está na berlinda por conta de denúncias sobre repasse de verbas do PSL, dinheiro público, a uma candidata suspeita de ser laranja em Pernambuco, o que ele nega. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência disse neste sábado que a tendência é a sua exoneração . Bebianno confirmou que recebeu convite para ocupar um cargo na Itaipu Binacional para deixar o ministério, mas disse que não aceitou.
"Bom dia, Amados! Já se iniciou a guerra de narrativas acerca do que está ocorrendo no governo. Uns tentam divinizar Bebbiano, outros Carlos Bolsonaro. Mas a verdade é uma só: ninguém sabe por qual razão o Ministro está sendo afastado. Vejam, o Presidente tem prerrogativa para admitir e para demitir. Ele sequer precisa dar satisfações, a retirada de uma pessoa do governo pode decorrer até mesmo de incompatibilidade de personalidades. No entanto, é necessário que um Presidente decida", escreveu Janaína nas mensagens.
Em seguida, a deputada estadual cobra critérios de Bolsonaro para as demissões e chama atenção para a mudança de postura que deve haver entre o período de campanha e o mandato no governo:
"Durante a campanha até era possível fomentar a guerra de todos contra todos e deixar que a situação se acomodasse naturalmente, sem que ninguém ficasse ressentido com o candidato, que era de todos. Mas, no governo, tal postura será insustentável. Não tem cabimento um Presidente da República dizer que demitirá uma pessoa passados três dias. As admissões e demissões devem ser decididas e simplesmente comunicadas. Ademais, um líder precisa adotar critérios minimamente claros".
Por fim, a parlamentar afirmou que Bolsonaro "saiu de uma cirurgia delicada" e "ainda está se recuperando".
"Mas é preciso entender que não é possível conduzir o governo como a campanha. No governo, a caneta está na mão do Presidente, ele terá que assumir os ônus das decisões", concluiu.