
O colegiado alegou que o no Decreto nº 7.203, de 2010, que regulamenta nepotismo na administração federal, não veda a nomeação para a ocupação de cargo em comissão ou função de confiança, de familiares do presidente e do vice-presidente, que sejam servidores efetivos ou empregados federais permanentes.
Em nota divulga à imprensa nesta quarta-feira, a Comissão observou que Antônio Rossell Mourão se enquadra nesta norma, uma vez que é empregado permanente do Banco do Brasil há cerca de 18 anos. Nos últimos 11 anos, ele fazia parte da diretoria de Agronegócios. Ele deve assessorar o presidente nesta área.
Questionado se ficou satisfeito com o posicionamento da Comissão de Ética, Mourão, presidente em exercício, disse que o colegiado apenas seguiu o previsto em lei.
— A Comissão de Ética seguiu a legislação prevista. Então não compete a mim ficar satisfeito ou não — disse Mourão
Quando a promoção foi divulgada, Mourão afirmou que seu filho prestou "excelentes serviços" e tem uma "conduta irrepreensível". O vice-presidente ainda disse que nos governos anteriores "honestidade e competência" não eram valorizadas.
Jussara Soares e Karla Gamba, O Globo