quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Paulo Guedes cria conselho consultivo de notáveis para elaborar reforma da Previdência

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião na Granja do Torto, em Brasília, nesta quarta-feira (19) — Foto: Rafael Carvalho/Governo de transição
O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, em reunião na Granja do Torto, em Brasília, nesta quarta-feira (19)
 — Foto: Rafael Carvalho/Governo de transição

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, vai criar um conselho
 consultivo com especialistas para ajudar o governo Bolsonaro a
 elaborar suas propostas de reforma da Previdência. Os notáveis já 
foram convidados e aceitaram integrar o órgão, que ficará ligado à 
Secretaria de Previdência do Ministério da Economia e será 
comandada pelo atual deputado Rogério Marinho.
Farão parte Armínio Fraga e Paulo Tafner, que elaboraram uma
 proposta de reforma da Previdência que pode gerar uma economia
 de R$ 1,3 trilhão num prazo de dez anos, bem acima da que está
 em tramitação no Congresso e que gera uma economia próxima de 
R$ 500 bilhões em igual período. Armínio Fraga foi presidente do 
Banco Central e é próximo de Paulo Guedes.
Também vão integrar o conselho os economistas Solange Paiva, 
José Marcio Camargo, Fábio Giambiagi e Aloisio Araújo. Solange 
Paiva foi a criadora do Fator Previdenciário, durante o governo 
FHC, que permitiu reduzir os gastos com previdência na época. 
José Marcio foi o responsável pelo programa econômico do 
candidato do MDB nas últimas eleições presidenciais, Henrique 
Meirelles.
Giambiagi é especializado em finanças públicas, com vasto 
material publicado sobre Previdência Social. E Aloisio Araújo é
 economista da Fundação Getúlio Vargas. Paulo Guedes já 
definiu com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, que a reforma 
da Previdência é uma das prioridades do futuro governo. Ele 
deseja aprová-la no próximo ano, de preferência no primeiro 
semestre.
Bolsonaro defendeu uma reforma da Previdência fatiada. Na 
equipe de Paulo Guedes, o tema segue em análise. Se for fatiada, 
a ideia é que, na primeira etapa, sejam incluídos temas como 
idade mínima, regra de transição, fim de privilégios de servidores 
públicos e unificação dos sistemas de Previdência do setor público 
e privado.

Por Valdo Cruz, do G1