
Aécio Neves. Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
Em despacho de 19 páginas, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, autorizou a Operação Ross, que mira o senador Aécio Neves (PSDB/MG), e outros cinco políticos, entre eles o deputado Paulinho da Força (SD/SP). Nesta terça, 11, a Polícia Federal faz buscas em endereços de Aécio e de Paulinho. O ponto central da investigação é a delação de executivos do Grupo J&F. A PF suspeita que Aécio pegou propina de R$ 109,3 milhõesem 2014 e distribuiu parte da fortuna a aliados na campanha à Presidência. Outra parte teria ficado com o tucano.
Documento
“Parte desse montante foi repassado ao senador em espécie e outra fração, por meio de depósitos bancários e pagamento de serviços simulados, considerada a emissão de notas fiscais ideologicamente falsas, mediante mecanismo de lavagem de dinheiro.”
COM A PALAVRA, A DEFESA DE AÉCIO NEVES
Nota da defesa do senador Aécio Neves
O Senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar todos os documentos que se fizessem necessários às investigações, bastando para isso o contato com seus advogados.
O inquérito policial baseia-se nas delações de executivos da JBS que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na justiça eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração. A correta e isenta investigação vai apontar a verdade é a legalidade das doações feitas.
Alberto Zacharias Toron
Advogado
Advogado
COM A PALAVRA, PAULINHO DA FORÇA
A delação da JBS foi desmoralizada publicamente e a fraude realizada pelos delatores foi comprovada com a prisão dos dois empresários pelo Superior Tribunal Federal (STF). A acusação absurda de compra de apoio do partido Solidariedade para a candidatura à Presidência de Aécio Neves, em 2014, beira o ridículo.
Desde a sua criação, em 2013, o Solidariedade já apoiava o candidato Aécio Neves por acreditar em seus projetos para o país. De qualquer forma, o deputado federal Paulinho da Força se colocou à disposição da justiça para prestar quaisquer esclarecimentos, desde que lhe seja facultado acesso ao processo previamente.
COM A PALAVRA, JOSÉ AGRIPINO MAIA
O senador José Agripino não foi alvo de busca e apreensão em nenhum dos seus endereços.
Enquanto presidente nacional do Democratas, buscou, seguindo a legislação eleitoral vigente, doações para o partido.
Enquanto presidente nacional do Democratas, buscou, seguindo a legislação eleitoral vigente, doações para o partido.
Doações que, solicitadas a diversas empresas, foram voluntariamente feitas sem que o ato de doação gerasse qualquer tipo de compromisso entre o doador e o partido ou qualquer dos seus integrantes. O senador permanece à disposição da Justiça para os esclarecimentos que se fizerem necessários.
O Estado de São Paulo