
- O Paulo Guedes (futuro ministro da Economia) quer causar um choque nos empregos do país e eu já estou trabalhando nisso. A desoneração da folha é o ponto de partida da reforma tributária e terá implicações em outras reformas, como trabalhista e previdenciária - disse Cintra ao GLOBO.
A proposta será apresentada ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, com alternativas para a contribuição patronal para o INSS. Entre elas , está criar um tributo sobre pagamento (entradas e saídas), uma espécie de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), imposto sobre o faturamento, dentre outras.
O futuro secretário explicou que é preciso mudar a base de financiamento da Previdência porque o sistema atual tem fragilidades, como alto índice de informalidade do mercado de trabalho e novas modalidades de contratos de trabalhadores. O plano é elaborar as propostas em janeiro para apresentá-las ao Congresso no início dos trabalhos legislativos, em fevereiro. Para o economista, a tramitação dos projetos poderá ocorrer junto a com reforma previdenciária, outro tema prioritário do futuro governo.
Cintra revelou ao GLOBO ainda que o atual subsecretário de Arrecadação da Receita Federal, João Paulo Fachada, será o seu secretário-adjunto. Funcionário de carreira, ele é formado em engenharia mecânica. Tem mestrado em economia do setor público e em administração tributária e fazenda pública.