
— Fui nomeado para ser ministro da Justiça, não cabe a mim dar explicações sobre isso. Acho que o que existia de ministro da Justiça opinando sobre casos concretos é inapropriado. Então, esses fatos têm que ser esclarecidos. O presidente já apresentou alguns esclarecimentos, tem outras pessoas que precisam prestar seus esclarecimentos. E os fatos, se não forem esclarecidos, tem que ser apurados — disse Moro. — O ministro da Justiça não é uma pessoa que deve ficar interferindo em casos concretos. E eu nem sou ainda ministro da Justiça. Até vi que tem pessoas cobrando uma posição, mas são as pessoas que tem que prestar esclarecimentos, o presidente já prestou os deles, ou, se não, os fatos que tem de ser apurados — complementou.
Moro reiterou que sua intenção ao trazer o Coaf da área econômica para a pasta da Justiça é fortalecer o órgão e fazer com que ele trabalhe de forma integrada a outros órgãos de controle e investigação. O ministro disse que pretende reforçar o corpo funcional do Conselho.
— Embora ele esteja em boas mãos, ele sofreu uma certa desidratação, por falta até de recursos humanos, de pessoal. Na nossa perspectiva, ele vindo ao Ministério da Justiça, haverá a possibilidade de reforçar o corpo funcional, com o que se espera que haja maior eficiência. Além disso, há a intenção de deixá-lo trabalhando mais próximo dessas operações de investigações, para que possa prestar auxílio mais próximo — afirmou o futuro ministro.
Eduardo Bresciani, O Globo