
O ex-secretário de São Paulo já era cotado para o cargo e era o nome preferido dos ruralistas. O nome dele foi indicado por várias entidades ligadas ao setor produtivo, como o agronegócio, construção civil, comércio e indústria. A Sociedade Rural Brasileira e a União da Agroindústria Canavieira (Unica) divulgaram nota de apoio ao advogado. Na segunda-feira, Salles também recebeu apoio de setores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Filiado ao partido Novo, Salles concorreu ao cargo de deputado federal nas eleições de outubro por São Paulo, mas não foi eleito.
O presidente eleito pretende fazer várias mudanças no Ministério do Meio Ambiente . A mais polêmica delas, ainda em estudo, é a unificação do Ibama e do ICMBio. Na avaliação do novo governo, a pasta precisa passar por enxugamento de despesas e cargos. A equipe de transição acredita haver sobreposição de tarefas entre Ibama e ICMBio.
A pasta já foi alvo de muita indefinição no governo de transição. O plano inicial de Bolsonaro era acabar com a pasta, fazendo uma fusão com o Ministério da Agricultura. Mas ele recuou da medida após pressão tanto de ruralistas e por temer que a unificação prejudicasse o comércio exterior.
Bolsonaro é crítico de políticas públicas voltadas ao meio ambiente. Na visão dele, a legislação ambiental atravanca o desenvolvimento econômico e a atividade no campo. O presidente eleito defende flexibilização dos licenciamentos ambientais em favor da produção rural e afirma que existe um excesso de multas. Frequentemente, também condena a atuação de organizações não-governamentais.