terça-feira, 9 de outubro de 2018

"O segundo turno será outra eleição", por Clidenberg Ribeiro

Provavelmente, não haverá transferência de 100% dos votos recebidos, por Amoêdo, Alckmin, Álvaro, Meirelles e Dacciolo, para Bolsonaro.

Agregue-se ainda que haverá muito mais votos brancos e nulos, bem como abstenções, do que o ocorrido no 1º turno. Acontece que no 1º turno, devido a disputa por outros cargos, a busca por eleitores foi mais intensa, do que certamente será no 2º.

E que parte dos eleitores anti-PT, que comparecerem, vão votar em “branco” ou anular o voto. Observe-se que na PB, para o Senado, os “brancos” superaram a votação do 1º colocado. Algo similar, deve ter ocorrido noutros estados, principalmente no NE.

Considere-se também o aumento da fraude. Que fica facilitada com uma disputa só entre 2 candidatos. Transfere-se de A pra B, muito mais facilmente, segundo denúncias de especialistas no ramo de TI. Sem contar o que houve no 1º turno. Quando, segundo o TSE, cerca de 0,5% das urnas, cerca de 2700, tiveram “problemas”. 

Se, na média, são quase 300 eleitores por urna, significaria quase 1 milhão de votos não computados, isto é, que poderiam ter sido fraudados. O que representa quase 2% da votação obtida no 1º turno, por Bolsonaro.

Aqueles cerca de 15 milhões de votos obtidos pelo grupo pró-PT, de “Ciro & Cia”, no 1º Turno, seriam provavelmente transferidos, na quase totalidade, para o PT. Ao contrário daqueles dos demais votados, anti-PT, cerca de 10,5 milhões, que poderiam não ser transferidos para Bolsonaro, pelo menos plenamente, caso representem a respectiva rejeição ao próprio. 

Portanto, essa diferença de quase 18 milhões entre Bolsonaro e Haddad, do 1º Turno, poderia cair para algo ao redor de 3 a 4 milhões de votos. Ou seja, bastaria a fraude ter a dimensão de cerca de 3 a 4%, dos votos válidos no 1º Turno, que foi da ordem de 100 milhões. 

O que representaria, apenas, cerca do triplo daquelas urnas que apresentaram “problemas” no 1º Turno,

Em síntese, o 2º Turno, é uma outra eleição. Que poderia, ou não, ter pouco a ver com aquela do 1º Turno.

Aqueles que, como eu, almejam um Brasil de “Ordem e Progresso”, precisam se manter atentos, em vigília, manifestando-se nas ruas, desde já, até o final das apurações do 2º Turno!

Clidenberg Ribeiro é engenheiro