
Montserrat Caballé, diva mundial da ópera, faleceu neste sábado (6) em Barcelona, aos 85 anos. Em mais de meio século de carreira, deslumbrou com interpretações de Puccini e Verdi nos palcos mais prestigiados do mundo.
Segundo a imprensa local, ela estava internada desde meados de setembro no hospital de Sant Pau, em Barcelona, devido a problemas na vesícula. A soprano espanhola, que sofreu recentemente um acidente vascular cerebral, estava aposentada dos palcos há alguns anos.
Após a notícia da morte, muitas personalidades prestaram homenagem à artista. O cantor catalão José Carreras, de 71 anos, muito próximo de Caballé, afirmou estar "muito triste" com a morte desta "artista única", que o ajudou no início de sua carreira como tenor.
— De todas as sopranas que assisti ao vivo, nunca ouvi ninguém cantando como Caballé — disse o tenor à rádio Catalunya.
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, lamentou a morte de "uma grande embaixadora de nosso país, uma soprano reconhecida internacionalmente". A Casa Real celebrou "a melhor entre os melhores", uma "grande dama da ópera, lenda da cultura universal".
Em Madri, o Teatro Real anunciou que dedicará a ela a ópera "Faust" deste sábado "como homenagem simbólica a sua grandeza". A cantora catalã dividiu o palco com Luciano Pavarotti, Placido Domingo e José Carreras, e se apresentou nos teatros mais prestigiados do mundo, tais como a Staatsoper de Viena, La Scala de Milão, a Ópera de Paris, Covent Garden de Londres, o Bolshoi de Moscou ou o Teatro Colón de Buenos Aires.
O início foi complicado para a cantora nascida em 12 de abril de 1933 em Barcelona, em uma família muito modesta. Problemas econômicos quase a obrigam a deixar a música. Mas, graças ao patrocínio de um empresário do setor têxtil, conseguiu se formar no Liceo de Barcelona, que sempre considerou sua casa e onde se apresentou mais de 200 vezes.
Estreou na Ópera Basileia (Suíça) em 1956 com "La Bohème", de Giacomo Puccini, e depois de viver dois anos em Bremen (Alemanha), em 1962, estreou com a ópera "Arabella", de Richard Strauss, em seu amado Liceo. Três anos depois, conquistou Nova York quando teve que substituir Marilyn Horne em "Lucrecia Borgia" de Donizetti.
Montserrat Caballé não se limitou à ópera. Em 1988, surpreendeu o mundo ao gravar com Freddie Mercury, o vocalista do Queen, o álbum "Barcelona". O single desse álbum se tornaria o hino dos Jogos Olímpicos de 1992 na capital catalã.
Estreou na Ópera Basileia (Suíça) em 1956 com "La Bohème", de Giacomo Puccini, e depois de viver dois anos em Bremen (Alemanha), em 1962, estreou com a ópera "Arabella", de Richard Strauss, em seu amado Liceo. Três anos depois, conquistou Nova York quando teve que substituir Marilyn Horne em "Lucrecia Borgia" de Donizetti.
Montserrat Caballé não se limitou à ópera. Em 1988, surpreendeu o mundo ao gravar com Freddie Mercury, o vocalista do Queen, o álbum "Barcelona". O single desse álbum se tornaria o hino dos Jogos Olímpicos de 1992 na capital catalã.
Os últimos anos da vida da cantora foram difíceis por problemas de saúde, além de problemas com o Tesouro espanhol. Em 2010, reconheceu que deixou de pagar ao fisco mais de 500mil euros de concertos realizados no exterior. Após um acordo com a justiça espanhola, em dezembro de 2015, foi condenada a seis meses de prisão (sentença que não precisou cumprir) e a uma multa de mais de 250.000 euros.
O serviço fúnebre da capital catalã informou que o velório da cantora será no domingo às 14h00 (9h00 de Brasília) na funerária Les Corts. O funeral está marcado para segunda-feira no mesmo local ao meio-dia.