sexta-feira, 17 de agosto de 2018

RedeTV retira púlpito que seria utilizado por Lula no debate de presidenciáveis

RedeTV, que organizou o debate desta sexta-feira, 17, entre os candidatos à Presidência da República, decidiu retirar o púlpito que seria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado na Operação Lava Jato, e líder da chapa petista nas eleições 2018.
A emissora consultou os candidatos pouco antes do início do programa sobre a manutenção do espaço, mesmo vazio, da chapa petista. Apenas Guilherme Boulos, do PSOL, era favorável a manter o púlpito.
Debate na RedeTV
Debate entre presidenciáveis na RedeTV Foto: Daniel Teixeira/Estadão
A demanda pela retirada do púlpito de Lula teria surgido nos últimos dias. Há meses, durante a preparação do debate, os concorrentes teriam concordado em manter o espaço do ex-presidente no debate. Antes da retirada do espaço petista do estúdio, Boulos disse que "ter a cadeira vazia demonstra que há um ausência e que está sendo cometida uma injustiça." 
Mais cedo nesta sexta, o ministro Sérgio Banhos, do Tribunal Superior Eleitoral, negou um recurso do PT contra a decisão anterior do próprio ministro de não permitir a participação de Lula no encontro. Ele voltou a defender que a Justiça Eleitoral não pode decidir sobre a liberdade de Lula, preso em Curitiba desde abril.

PT não enviou represente ao debate

Diferentemente do primeiro debate entre candidatos à Presidência na TV, nenhum representante do PT veio à RedeTV! para assistir ao segundo confronto entre presidenciáveis. O coordenador do programa econômico do partido, Márcio Pochmann, participou apenas de uma sabatina prévia realizada pela emissora nas redes sociais para falar sobre o plano de governo da candidatura petista.

O estúdio da RedeTV! é menor que o da TV Band, onde o primeiro debate foi feito, na semana passada, o que restringiu a presença de convidados. Na Band, o secretário de Finanças da legenda petista, Emídio de Souza, assistiu a dois blocos do programa na plateia. 

Marianna Holanda, Daniel Weterman e Mateus Fagundes, O Estado de S.Paulo