domingo, 18 de março de 2018

Não tenho preferência da executiva, tenho preferência dos filiados, afirma Doria

Thais Bilenky, Folha de São Paulo
prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), respondeu por escrito que a reação negativa de eleitores paulistanos à sua eventual renúncia é compreensível.
"Mais à frente, a maioria entenderá que atendi a um chamado do meu partido."
Folha - Sua decisão de disputar as prévias causou reação negativa no eleitorado paulistano pela eventual renúncia ao mandato. Como explicá-la?
João Doria - É natural que os eleitores que me elegeram tenham essa reação. Compreensível. Mais à frente, porém, a maioria entenderá que atendi a um chamado do meu partido para que as conquistas alcançadas no estado de São Paulo ao longo de 24 anos de governo do PSDB sejam preservadas. Epara ajudar a eleger Geraldo Alckmin presidente do Brasil.
Adversários dizem que o senhor é beneficiado nas prévias já que tem a preferência da executiva do PSDB e muitos filiados têm emprego na prefeitura. Há pressão para que votem no senhor?
Não
 tenho a preferência da executiva. Tenho a preferência da maioria dos filiados do PSDB no estado de São Paulo. São cerca de 86 mil filiados do PSDB aptos a votar. Não há, evidentemente, nenhuma possibilidade de haver pressão ou direcionamento. Prévia é eleição. Por isso é democrática. 
A sua participação nas prévias deixou o processo dentro do partido conturbado. E o vice-governador Márcio França (PSB)  já o trata como seu grande adversário na eleição. Como evitar que a disputa em São Paulo prejudique Alckmin nacionalmente?
Nossa participação é uma demanda da maioria do PSDB. Foi inscrita por mais 1.783 delegados do partido, ou seja de 53% dos delegados. No PSDB prevalece a democracia e a vontade dos seus filiados. O PSDB não tem dono. Tem militantes.  
A decisão de disputar o governo levou em conta a campanha de Alckmin à Presidência?
Na
 campanha vamos ajudar Geraldo Alckmin na sua caminhada para chegar à Presidência da República