sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Polícia prende Ronan e procura mais três por propinas na gestão Celso Daniel. A propósito, Lula, Dirceu e Gilberto Carvalho têm tudo a ver com o assassinato de Celso Daniel?


Celso Daniel. Foto: Itamar Miranda/AE


Empresário do ABC paulista foi condenado a 14 anos de prisão por suposta ligação com esquema de corrupção no setor de transportes de Santo André na gestão do prefeito assassinado em 2002; também foram condenados o ex-vereador Klinger Oliveira Souza e outros dois réus, todos estes ainda foragidos, segundo o Ministério Público

A Polícia de São Paulo prendeu nesta sexta-feira, 17, o empresário Ronan Maria Pinto, condenado a 14 anos de prisão por suposto envolvimento em esquema de corrupção instalado no setor de transportes públicos de Santo André, gestão do ex-prefeito Celso Daniel (PT), executado a tiros em janeiro de 2002.

A Polícia deu voz de prisão a Ronan no Hospital Albert Einstein, onde ele deverá ser submetido a uma cirurgia de hérnia. Seu advogado, Fernando José da Costa, informou que já recorreu.

A condenação de Ronan foi imposta na terça-feira, 14, pelos desembargadores da 3.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. O relator foi o desembargador Geraldo Wohlers.

Além de Ronan foram condenados o ex-vereador de Santo André Klinger Oliveira Sousa (17 anos de prisão), o empresário Humberto Tarcísio de Castro (5 anos) Luis Marcondes de Freitas Júnior (8 anos), este funcionário de uma associação de empresas de transportes acusada de recolher propinas de empresários do setor.

Klinger, Castro e Freitas Júnior não foram localizados ainda pela Polícia.
Todos já haviam sido condenados em primeira instância. As defesas e o Ministério Público recorreram ao TJ. Ao confirmar as condenações, a Corte decretou a prisão do grupo.

Esta denúncia foi a primeira da Promotoria contra o esquema instalado no governo Celso Daniel. As investigações foram realizadas pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público. A força-tarefa era composta pelos promotores de Justiça Roberto Wider, Márcia Monassi, Amaro Thomé Filho