segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Atividade econômica do Brasil cresce 0,40% em setembro, aponta IBC-Br

Eduardo Campos - Valor


A economia brasileira completou o terceiro trimestre consecutivo de crescimento pela métrica do Banco Central, algo que não ocorria desde 2013. Com avanço de 0,40% em setembro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) fechou o terceiro trimestre do ano com alta de 0,58%, vindo de variações positivas de 0,39% no segundo e 1,1% no primeiro, na série com ajuste sazonal. Em comparação com igual período de 2016, o crescimento ficou em 1,45%. A queda de 0,38% vista em agosto foi revisada para 0,37%.

No ano, a variação é positiva em 0,43% (alta de 0,61% com ajuste). Nos 12 meses encerrados em setembro, a retração ainda é de 0,65% na série sem ajuste (baixa de 0,42% no dado ajustado).

Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com setembro de 2016 o índice tem alta de 1,3% na série sem ajuste (alta de 2% com ajuste).

Os números estão condizentes com a avaliação do próprio Banco Central (BC) de retomada gradual da atividade econômica.

O resultado do mês ficou igual à média dos prognósticos feitos pelas 11 instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que sugeria alta de 0,4%. As previsões variavam entre estabilidade e alta de 0,6%.

O comportamento do indicador no mês de setembro foi influenciado pela alta de 0,2% da produção industrial, aumento de 0,5% do varejo e recuo de 0,3% do volume de serviços.

Para 2017, o mercado trabalha com um crescimento de 0,73% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Banco Central estima alta de 0,5%.

Na média móvel trimestral, o indicador utilizado para captar tendência, o IBC-Br sem ajuste, sobe pelo terceiro mês, avançando 0,19% em setembro. Na série com ajuste, há alta de 0,15% em setembro, após avanço de 0,19% e agosto.

Embora seja anunciado como "PIB do BC", o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.