sábado, 23 de setembro de 2017

Se Neymar acreditar que está com a bola toda, o Brasil corre sério risco de repetir em 2018 o vexame de 2014

Em 2014 passei uma temporada em Barcelona. Neymar havia chegada à cidade no ano anterior.

Chamou minha atenção, durante visita ao museu do Clube, o fato de 'estampas' do ex-santista ocuparem mais espaço do que as de Messi, maior estrela e ídolo número 1 da torcida.

De resto, a torcida tinha as suas preferência e externava ostensivamente a idolatria por Iniesta, Busquets, Piquet, Suárez... Xavi estava  saindo sob protesto dos torcedores.

E Messi é um deus.

Claramente, Neymar não constava da lista dos maiores ídolos da torcida.

Num táxi, a caminho do porto, onde pegaria um transatlântico, percebendo que o condutor era torcedor do Barcelona, como demonstrava o painel do veículo, provoquei:

- Como vai o brasileiro Neymar no seu Clube?

- Me desculpe, mas o Barça caiu com a entrada dele no time.

- Ué! Neymar tem feito tantos gols?

- Jogando ao lado de Messi não há como não fazer gols. Outro jogador menos individualista faria mais gols e não atrapalharia Messi, Iniesta, Suárez...

Diante da veemência do motorista, mudei de assunto.

Já naquele ano de 2014 verifiquei a agressividade do marketing da Nike para 'vender' Neymar.

Lembrei disso tudo ao saber que Neymar está concorrendo agora ao troféu de melhor do ano. Com Messi e Cristiano Ronaldo.

Óbvio que a força da Nike empurrou o brasileiro para o pódio.

Se fosse medido o futebol em campo, Iniesta, Busquets e outros craques estariam bem à frente de Neymar.

Torçamos para que Neymar não acredite que está com essa bola toda. Se ele acreditar, o Brasil corre sério risco de repetir o fiasco da Copa de 2014.

A propósito, alguém acha que o Barcelona liberaria Neymar, se o craque brasileiro estivesse brilhando como certa parte da mídia faz parecer?