quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Saques de contas inativas do FGTS devem evitar nova queda do PIB em 2017

Alexandro Martello  - G1



Ministério do Planejamento estima que os R$ 44 bilhões sacados vão 

gerar impacto positivo de 0,61 ponto percentual no PIB que, 

prevê o governo, deve crescer 0,5% em 2017.



liberação dos saques das contas inativas do Fundo de Garantia
do  Tempo de Serviço (FGTS), que injetou R$ 44 bilhões na
economiadeve evitar que o Produto Interno Bruto (PIB) registre
 em 2017 o terceiro  tombo seguido, estimou o Ministério do 
Planejamento nesta quarta-feira (9).
Segundo o governo, a liberação vem gerando um impacto positivo
sobre o PIB, que pode alcançar 0,61 ponto percentual. 
Recentemente, em julho, o governo manteve em 0,5% a previsão
de alta do PIB neste ano.
Portanto, sem a injeção desses recursos, o PIB brasileiro poderia
registrar retração de 0,11%, levando-se em consideração a
estimativa  do Planejamento.
O mercado financeiro, entretanto, prevê uma alta menor, de 0,38%,
para o PIB em 2017. No ano passado, a economia brasileira 
registrou retração de 3,6%, segunda queda seguida.
Saques das contas inativas do FGTS somam R$ 44 bilhões

Pagamento de dívidas e consumo

De acordo com a pasta, os trabalhadores diminuíram suas
dívidas e conseguiram consumir mais com a liberação dos
recursos.
"Pesquisas, como do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC)
 e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 
verificaram que muitas famílias usaram os recursos sacados 
do FGTS para pagarem suas dívidas, saírem da inadimplência
 e voltarem a consumir", informou.
O governo avaliou ainda que o reflexo no consumo foi verificado por
indicadores do comércio varejista, como o volume de vendas de
supermercados da Associação Brasileira de Supermercados
(ABRAS), o volume de vendas de celulares da Associação Brasileira
 da Indústria de Eletroeletrônicos (ABINEE) e o licenciamento de
 veículos (FENABRAVE).
"O importante é que essa medida beneficiou milhões de
trabalhadores, permitindo-os acessar um recurso que, na verdade,
 é deles e usar livremente conforme sua decisão", avaliou o 
secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do ministério
do Planejamento, Marcos Ferrari.

Segundo ele, os recursos ajudaram a reduzir o grau de 
endividamento das famílias e, ao mesmo tempo, contribuir com a
 melhoria do nível de atividade, principalmente via comércio.