Alan Marques - 21.nov.2016/Folhapress | |
Jorge Paulo Lemann Folha de São Paulo
O empresário Jorge Paulo Lemann disse nesta segunda-feira (7) que acha que "o Brasil vai sofrer uma grande transformação no ano que vem e nos próximos anos".
Em evento anual de sua Fundação Estudar, que dá bolsas a estudantes, Lemann não fez referência direta à crise de representatividade por que passa o país. Mas manifestou o desejo de que, no futuro, o Brasil tenha como presidente alguém que tenha sido bolsista da entidade.
Em 26 anos de existência, a Fundação Estudar já concedeu bolsas a mais de 650 estudantes brasileiros em universidades de ponta no país e no exterior.
A instituição também oferece mentoria a estudantes com a pretensão de transmitir o que ele chama de uma "cultura de excelência" da instituição. Além de Lemann, são fundadores da entidade os investidores Marcel Telles e Beto Sicupira, comandantes de gigantes como AB Inbev e Kraft Heinz.
Lemann disse acreditar que os bolsistas e as pessoas ligadas à Fundação Estudar terão uma oportunidade grande de participarem da transformação no país, como empreendedores, como políticos ou trabalhando no setor público.
"Continuo animado com o Brasil e acho que essa transformação vai ocorrer agora, e todo esse trabalho que a Fundação Estudar tem feito vai poder contribuir para termos um país melhor dentro de alguns anos", disse o empresário.
Antes de abrir o evento para palestras de bolsistas e membros da entidade, Lemann brincou que seriam palestras de "alguns candidatos a presidente".
"Na realidade, eu espero que alguns dos bolsistas da Fundação venham a ser presidentes do Brasil no futuro e arraste um bando de outros bolsistas, porque uma das coisas em que damos muita ênfase é no networking entre esses bolsistas, para eles se conhecerem e ajudarem uns aos outros", disse Lemann.
"Se alguém for para um cargo elevado, e levar vários outros com ele, nós vamos ter um Brasil muito melhor", completou o empresário.
Pela Estudar já passaram nomes como Hugo Barra, um dos mais admirados executivos do setor de tecnologia, e Bernardo Hees, presidente da Kraft Heinz.
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