sábado, 12 de agosto de 2017

96 policiais executados no Rio. Vigaristas dos 'direitos humanos' se lixam. Preocupados com Lula, o corrupto

Vinicius Neder - O Estado de S.Paulo



Dois policiais foram mortos entre a noite de sexta-feira, 11, e a madrugada deste sábado, 12, na cidade do Rio de Janeiro, elevando para 96 o número de integrantes da Polícia Militar (PM) mortos neste ano. A cabo Elisângela Bessa Cordeiro, de 41 anos, foi baleada num assalto. Já o soldado Samir da Silva Oliveira, 37 anos, foi atingido durante uma abordagem a um veículo suspeito. Os dois casos foram na zona norte da capital.
O assalto que levou à morte de Elisângela foi na Avenida Brasil, uma das principais vias de acesso ao Rio, que corta as zonas oeste e norte até a região portuária. Segundo a assessoria de imprensa da PM, Elisângela estava de folga e acompanhada do marido no carro quando foram abordados por assaltantes. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Central da Polícia Militar, mas não resistiu ao ferimento na cabeça. 

Protesto contra mortes de PMs
Protesto em Copacabana no início do ano contra mortes de PMs no Rio Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A PM informou, ainda, que dois adolescentes encontrados com ferimentos a bala nas pernas na manhã de sábado podem ter participação no crime. O caso foi identificado pelo policial de plantão no Hospital Estadual Getúlio Vargas, para onde os jovens feridos foram levados. 
Segundo informações do policial de plantão, os dois foram encontrados perto da favela da Pedreira, em Costa Barros, quase na divisa com São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Os adolescentes teriam sido encontrados ao lado de um carro, onde havia um corpo no porta-malas. Eles teriam sofrido retaliações de traficantes da favela, uma vez que, ao lado dos suspeitos, foi encontrado um cartaz que indicava "serem ladrões e matadores de polícia".
"Ambos confessaram ter participado de assalto a um casal em Coelho Neto, em que a mulher teria reagido e sido baleada por eles na cabeça", informou a nota enviada pela assessoria de imprensa da PM.

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Em protestos, estratégias da PM e de manifestantes variam de pedradas a blindados israelenses

Ao jornal Extra, Alexandre Bessa Cordeiro, irmão de Elisângela, disse acreditar que a agente tenha sido executada pelos assaltantes. "O Rio virou um local de caça aos policiais, uma caçada. Acho que ela não reagiu, porque era tranquila. Todos os bairros viraram redutos de criminosos. É um perigo para todos da segurança pública, os PMs salvam vidas, mas morrem nas mãos dos bandidos", afirmou.
Já a ação que levou à morte do soldado Samir Oliveira ocorreu por volta das 19 horas de sexta-feira. O soldado trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São João, no Engenho Novo, zona norte da capital. Segundo a PM, policiais da UPP, incluindo Oliveira, abordaram um veículo suspeito na Rua 24 de Maio e foram atacados a tiros por criminosos. Oliveira foi baleado no rosto. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, próximo ao local, mas não resistiu ao ferimento. 

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Ato em defesa da PM do Rio

A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios investiga os dois casos. Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública demonstrou solidariedade com a "dor das famílias". "As polícias estão em diligências e não vão descansar até a identificação e prisão de todos os responsáveis", diz a nota.
Nas estatísticas da PM, das 96 mortes registradas no ano até agora, a maioria (55) foram de policiais de folga, como foi o caso de Elisângela. Vinte e um PMs morreram em serviço, como no caso de Oliveira. A lista de mortos inclui ainda 20 policiais reformados, já aposentados.

Na tarde de sexta-feira, um agente da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), grupo de elite da Polícia Civil, foi morto numa operação na favela do Jacarezinho, também na zona norte. Bruno Guimarães Buhler, de 36 anos, foi baleado e socorrido no Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu. A estatística de 96 policiais militares mortos não inclui mortes de policiais civis.