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Maria Cristina Frias - Folha de São Paulo
Nem a alta do volume vendido pelo varejo têxtil no primeiro trimestre o– que havia ocorrido pela última vez em 2013 –melhorou as expectativas do setor para este ano.
Na comparação com o mesmo período de 2016, as vendas de janeiro a março subiram 4,7% em número de peças e 7,6% em receita, diz Fernando Pimentel, presidente da Abit (associação que representa a indústria).
"Alguns consumidores ganharam confiança, sentiram que poderiam comprar mais porque o risco de desemprego parecia ter diminuído, mas o cenário mudou um pouco com a nova crise política."
A associação aguardará até o fim de junho para avaliar se reduzirá a projeção de aumento do volume neste ano, estimado em 2%, afirma.
A estimativa da consultoria Iemi, responsável pelos estudos da Abvtex (que representa as grandes varejistas), é de uma alta de 3,4% no volume de vendas neste ano.
"Com uma melhora da economia, a tendência é que pessoas de menor renda consumam um pouco mais", diz o diretor Marcelo Prado.
"O varejo de vestuário não caiu tanto quanto os setores mais dependentes de crédito, mas também não terá uma retomada muito acelerada."
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