terça-feira, 18 de abril de 2017

Quase metade dos assinantes da Netflix vem de fora dos EUA

Frank and Claire UnderwoodNETFLIX
Frank and Claire will run for President and VP next season


Folha de São Paulo


O crescimento do número de assinantes da Netflix no primeiro trimestre ficou abaixo da expectativa da empresa e decepcionou investidores.

O resultado, porém, mostrou que o avanço da empresa vem especialmente de fora dos Estados Unidos e hoje quase metade dos seus usuários está em outros mercados que não o norte-americano, origem da companhia.

No fim de março, a empresa tinha 50,9 milhões de usuários nos EUA e 47,9 milhões no mercado internacional. Um ano antes, a diferença era muito maior: 47 milhões de usuários americanos e 34,5 milhões de fora dos EUA.

O resultado do primeiro trimestre deste ano foi menor do que o esperado pela empresa, que apostava que fecharia março com 100 milhões de assinantes. Agora ela diz que essa marca será atingida neste fim de semana.

O crescimento internacional faz parte da aposta da empresa, que no início do ano passado levou suas séries (como "House of Cards", "Narcos" e "Grace and Frankie") para 130 novos países —ela atua agora em 190 mercados.

"Nós temos um alto nível de satisfação e estamos crescendo rapidamente na América Latina, na Europa e na América do Norte", afirmou a empresa, em comunicado.

Essa expansão do mercado internacional, porém, não foi seguida pelo mesmo avanço na receita da Netflix. Cerca de 60% do seu faturamento (ou US$ 1,5 bilhão) ainda vem do mercado norte-americano.

Isso acontece porque a assinatura nos EUA costuma ser mais cara que em outros países. No Brasil, por exemplo, o plano padrão custa R$ 22,90 ao mês —um americano pagaria R$ 31 pela mesma opção.

A Netflix teve lucro de US$ 178 milhões no primeiro trimestre, ante US$ 28 milhões em igual período de 2016.