segunda-feira, 17 de abril de 2017

Prévia do PIB mostra alta de 1,31% da economia em fevereiro

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, discursa durante conferência em Brasília (DF) - 20/12/2016
O IBC-BR é um indicador do Banco Central, que é considerado a 'prévia do PIB' (Ueslei Marcelino/Reuters)

Com Veja e Estadão Conteúdo

Em fevereiro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 1,31% ante o mês anterior, a segunda elevação mensal consecutiva neste ano, de acordo com a instituição. O dado representa um avanço na economia brasileira, que em janeiro subiu 0,62%. Conhecido como “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
No acumulado de 2017 até fevereiro, a retração é de 0,12% pela série sem ajustes sazonais, na qual também é possível identificar um recuo de 3,56% nos 12 meses encerrados em fevereiro.
Na comparação entre os meses de fevereiro de 2017 e 2016, houve queda de 0,73% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 129,31 pontos em fevereiro, ante 128,64 pontos de janeiro e 130,26 pontos de fevereiro do ano passado. O indicador de fevereiro de 2017 ante o mesmo mês de 2016 mostrou desempenho melhor que o apontado pela mediana (-2,55%) das previsões de analistas do mercado financeiro (-3,30% a -0,60% de intervalo).
A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,5%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado no fim de março. No Relatório de Mercado Focus publicado nesta segunda, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) está em 0,40%.
IBC-Br também é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país.  Na semana passada, a instituição reduziu a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, para 11,25% ao ano.
Índice de Atividade Econômica do Banco Central incorpora informações sobre o nível de atividade na indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador serve como parâmetro para o BC avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses e é considerado uma prévia do PIB.
PIB,  que é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a soma de todas as riquezas produzidas e é o índice oficial de atividade do país.
Trimestre
IBC-Br registrou alta de 0,76% no acumulado do trimestre encerrado em fevereiro de 2017, na comparação com o trimestre anterior (setembro a novembro), pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação do trimestre até fevereiro deste ano com o trimestre até fevereiro do ano passado, o índice caiu 0,88% pela série observada.
Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em janeiro, o IBC-Br passou de -0,26% para +0,62%. Em dezembro, o índice foi de -0,32% para -0,09. No caso de novembro, a revisão foi de -0,05% para +0,08%. O dado de outubro foi de -0,22% para -0,18% e o de setembro, de -0,04% para +0,07%. Em relação a agosto, o BC substituiu a taxa de -0,71% pela de -0,66%.