quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

'Contas Abertas' é citada em reportagem do New York Times



A Contas Abertas foi citada em reportagem do jornal The New York Times sobre as últimas revelações de como a corrupção acontecia na maior empreiteira do Brasil, a construtora Norberto Odebrecht. A publicação lembrou que a empresa mantinha um departamento secreto somente para o pagamento de propinas.
A reportagem de Alexandra Stevenson e Vinod Sreeharsha mostrou o poder que a Odebrecht atingiu em todas as ideologias políticas no Brasil e além do país, ao fazer uma investida agressiva na América Latina e na África.
"Todos estão envolvidos", disse Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Contas Abertas. Castello Branco acrescentou à publicação que mesmo no imenso esquema da "Lava Jato", que tem tocado tantos executivos e políticos, as ações da Odebrecht se destacam.
"O comportamento da Odebrecht não tem precedentes no Brasil”, disse Castello Branco. “Nunca ouvi falar de nada parecido ou que chegasse perto do que a empreiteira de Marcelo Odebrecht conseguiu realizar em termos de corrupção no país”.
“Na maior empresa de construção da América Latina, subornar funcionários do governo em todo o mundo tornou-se tão comum que uma divisão foi criada dedicada a acompanhar e facilitar os propinas”, afirma a publicação do maior jornal estadunidense.
A reportagem explicou que quando as transferências eletrônicas eram inconvenientes, os trabalhadores dessa divisão da Odebrecht do Brasil organizavam entregas de malas recheadas em dinheiro para locais secretos. O esquema durou mais de duas décadas e envolveu subornos para funcionários do governo em uma dúzia de países em três continentes, mas eventualmente foi desfeita.
Na semana passada, a Odebrecht e sua empresa petroquímica afiliada, Braskem, se declararam culpadas a um Tribunal Federal dos Estados Unidos. As acusações versam sobre pagamentos de centenas de milhões de dólares em subornos. Juntas, as empresas pagarão pelo menos US $ 3,5 bilhões em multas em um caso movido por autoridades dos Estados Unidos, Brasil e Suíça.
É a maior penalidade por uma violação da Foreign Corrupt Practices Act de 1977, ultrapassando uma pena de US$ 800 milhões paga pela Siemens em 2008 para autoridades nos Estados Unidos. Funcionários americanos disseram que a investigação continuava e que indivíduos também poderiam ser processados.
Confira a reportagem completa aqui!