Venezuelanos leem o jornal “El Impulso” em banca de jornal - Reprodução ‘El Impulso’
O Globo
CARACAS — A edição impressa do jornal “El Impulso” — o mais antigo da Venezuela, com 112 anos — circulará pela última vez neste sábado devido à falta de papel.
“El Impulso” se soma aos diários “El Carabobeño”, “La Mañana de Falcón” e “Diario Los Andes”, que também suspenderam suas impressões neste ano.Carlos Eduardo Carmano, diretor do diário, informou na sexta-feira que o jornal sairia de circulação e culpou o governo de Nicolás Maduro por negar à empresa a venda de papel.
Proprietários de meios privados e jornalistas venezuelanos vêm denunciando que o governo de Maduro ataca profissionais da imprensa, ao limitar, segundo eles, a alocação de divisas para a importação de papel, mover processos penais e administrativos por difamação e criticar publicamente comunicadores.
Um integrante do clã Kennedy, condenado em 2002 por assassinato e liberado em 2013 por um juiz que considerou que havia sido mal defendido, pode retornar para a prisão, segundo uma decisão da Suprema Corte do estado de Connecticut publicada na sexta-feira (30).
A decisão, que segundo a imprensa americana foi tomada por quatro votos a favor e três contra a rejeição da decisão de um Tribunal inferior, representa uma guinada em um caso que atrai há décadas as atenções nos Estados Unidos.
Michael Skakel, sobrinho de Ethel Kennedy, viúva do ex-senador Robert Kennedy —irmão do trigésimo quinto presidente dos Estados Unidos— foi condenado em 2002 a uma pena mínima de 20 anos de prisão por espancar até a morte em 1975 Martha Moxley, depois de uma festa de Halloween em sua casa em Greenwich (Connecticut, nordeste).
A vítima e Michael Skakel tinham 15 anos na época.
O homem foi indiciado em 2000, quando tinha 39 anos. Diante da falta de evidências físicas ou testemunhas oculares, em 2002 sua condenação se baseou em grande parte nos testemunhos de ex-colegas de sua escola, que afirmaram que Skatel confessou a eles ser o assassino e que havia se gabado de poder escapar da justiça por fazer parte do clã Kennedy.
Sua família gastou milhões de dólares para tentar tirá-lo da prisão através de apelações.
Em novembro de 2013, um juiz considerou que o seu advogado da época, Michael Sherman, havia feito uma defesa ruim e ordenou um novo julgamento.
Um mês depois, Skakel foi liberado depois de pagar uma fiança de 1,2 milhão de dólares.
Mas a Suprema Corte de Connecticut rejeitou na sexta-feira esta decisão, ao considerar que o advogado havia feito bem o seu trabalho e que a sentença deveria ter sido mantida, de acordo com a imprensa americana.
No momento não se sabe se Skakel poderá recorrer dessa decisão ou se deverá retornar rapidamente para a prisão.
Meia-atacante do Liverpool evitou 'tricampeonato' de Neymar, escolhido em 14 e 15
O Sambafoot, site europeu especializado em futebol brasileiro, divulgou neste sábado (31) o vencedor do "Samba de Ouro", prêmio ao melhor jogador do país em atividade no continente.
Em 2016, o escolhido foi Philippe Coutinho. Com 32,13% dos votos, o meia-atacante do Liverpool levou a melhor sobre Neymar, que havia vencido o prêmio em 2014 e 2015. O camisa 11 do Barcelona ficou com 13,35% dos votos.
"Peça-chave do Liverpool e agora titular do Brasil sob o comando de Tite, o jogador de 24 anos teve um belo ano em 2016 e se estabeleceu como um dos futuros líderes da seleção", descreve o site.
Entre os primeiros colocados, Casemiro (Real Madrid) ficou com o terceiro lugar, somando 13,35% dos votos. Marcelo, também do Real, somou 6,81% dos votos e foi quarto. Roberto Firmino, do Liverpool, contabilizou 6,25% dos votos e foi o quinto.
O juiz federal Sérgio Moro participa de palestra sobre corrupção em São Paulo (SP) - 04/10/2016 (Miguel Schincariol/AFP)
Veja
Em 2016, viraram réus o ex-presidente Lula, o ex-deputado Eduardo Cunha e o ex-governador Sérgio Cabral, entre outros. Em 2017, as sentenças devem chegar
A Operação Lava Jato mirou – e acertou – nomes importantes da política nacional em 2016. Em Curitiba, Rio de Janeiro ou Distrito Federal, seja pelo escândalo de corrupção na Petrobras ou investigações derivadas dele, foram parar no banco dos réus pesos-pesados como o ex-presidente Lula, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e o marqueteiro João Santana.
O juiz federal Sergio Moro e os demais magistrados de primeira instância à frente destas ações penais, a exemplo de Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, levam uma média de seis a nove meses entre o recebimento de denúncias do Ministério Público Federal e os julgamentos.
Considerando a velocidade das canetas de quem vai julgá-los, estes nomes outrora poderosos devem figurar em sentenças judiciais em 2017. Relembre na lista abaixo as acusações contra eles:
Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em três ações penais
Réu em cinco ações penais na Justiça Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve conhecer suas primeiras sentenças judiciais em 2017. Lula foi colocado no banco dos réus pela primeira vez em julho de 2016, quando o juiz federal Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal que acusa o petista de ter participado da tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato por meio da compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, abriu a segunda ação penal contra o ex-presidente em setembro. Neste processo, o petista é acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex construído pela OAS no Guarujá (SP) e no armazenamento de seu acervo pessoal, bancado pela empreiteira. O terceiro processo contra o ex-presidente Lula foi aberto em outubro pelo juiz Vallisney Oliveira, também da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, a partir da Operação Janus. Neste caso, pesam contra Lula acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção e tráfico de influência em contratos do BNDES que teriam favorecido a empreiteira Odebrecht. Nos dias 16 e 19 de dezembro, respectivamente, Oliveira em Moro aceitaram mais duas denúncias contra o ex-presidente, que sentou no banco dos réus da Operação Zelotes, acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e em mais um processo da Operação Lava Jato, desta vez pelo suposto recebimento de propinas da Odebrecht.
Eduardo Cunha
O ex presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha ( PMDB ), após ser preso na Operação Lava Jato (Vagner Rosário/VEJA.com)
Preso em Curitiba desde outubro por ordem do juiz federal Sergio Moro, o ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha é acusado em três ações penais e também deve ser julgado em 2017. Cunha é réu desde outubro na Justiça Federal do Paraná pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas por supostamente ter recebido propina na compra de um campo de petróleo no Benin, na África, pela Petrobras. O dinheiro teria sido escondido em contas não declaradas pelo peemedebista no exterior. Outra ação penal contra Cunha corre no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, esta por suposto recebimento de 5 milhões de dólares em propina oriundos de contratos de afretamento de navios-sonda da Samsung Heavy Industries pela Petrobras. Cunha ainda é réu em outro processo, que tramita na Justiça Federal do Distrito Federal, em que é acusado dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, prevaricação e violação de sigilo funcional em aportes de fundos de investimento administrados pela Caixa Econômica Federal, como o Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), em empresas.
Antonio Palocci
O ex-ministro Antonio Palocci, preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, intitulada “Omertà” (Vagner Rosário/VEJA.com)
Identificado como “Italiano” nas planilhas departamento de propinas da Odebrecht, o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci está preso em Curitiba desde o fim de setembro, se tornou réu na Lava Jato no início de novembro e deve conhecer a sentença do juiz federal Sergio Moro em 2017. A força-tarefa do Ministério Público Federal atribui a Palocci os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por ter recebido e intermediado ao PT pagamentos de propina da empreiteira. Um relatório da Polícia Federal mostra que, entre 2008 e o fim de 2013, foram pagos mais de 128 milhões de reais ao partido e seus agentes, incluindo o ex-ministro.
João Santana
O marqueteiro João Santana (Vagner Rosário/VEJA.com/VEJA.com)
Preso em fevereiro de 2016 e colocado no banco dos réus da Lava Jato dois meses depois em duas ações penais, o marqueteiro João Santana ainda não foi sentenciado por Sergio Moro. Santana é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os investigadores da Lava Jato descobriram depósitos da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki, representante do estaleiro Keppel Fels, de Singapura, em uma conta não declarada mantida na Suíça pelo marqueteiro e sua mulher e sócia, Mônica Moura. Os pagamentos, num total de 7,5 milhões de dólares, foram feitos até o final do ano de 2014, ou seja, na época em que o publicitário dirigia a campanha à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff. João Santana deixou a cadeia em agosto e negocia um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
Sérgio Cabral
O ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, preso na operação Calicute (Vagner Rosário/VEJA.com)
Preso na Operação Calicute, desmembramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral é o mais recente peixe grande a ser colocado no extenso banco dos réus da Lava Jato e também deve terminar 2017 com pelo menos uma sentença na primeira instância. O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da operação no Rio de Janeiro, aceitou no início de dezembro a denúncia do Ministério Público Federal contra Cabral pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O peemedebista é acusado pelos procuradores de ter liderado um esquema de corrupção que desviou 224 milhões de reais de contratos públicos do estado do Rio com as empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.
José Dirceu
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, preso na Operação Lava Jato (Rodolfo Buhrer/Reuters/Reuters)
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão no mensalão e a mais 20 anos e 10 meses no petrolão, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu deve receber outra sentença judicial em 2017. Dirceu, que está preso em Curitiba desde agosto de 2015, é réu em outro processo na Lava Jato, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no suposto recebimento de propina em contratos do setor de compras da Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, a Apolo Tubulars e a Confab, fornecedoras com 5 bilhões de reais em contratos com a estatal, pagaram propina de mais de 40 milhões de reais para “prosperarem” na petrolífera. Parte do dinheiro sujo teria sido destinada ao petista. A ação penal em que José Dirceu é réu está na fase de alegações finais, ou seja, a última oportunidade para acusação e defesa exporem seus argumentos ao juiz Moro.
RIO - A embaixatriz Françoise de Souza Oliveira, de 40 anos, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o embaixador grego Kyriakos Amiridis, de 59, foi transferida neste sábado, 31, para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste. Françoise ficará os primeiros dias isolada e depois passará a compartilhar cela com outras presas. A embaixatriz não tem curso superior. A ex-primeira dama Adriana Ancelmo está na mesma unidade que Françoise.
O soldado da Polícia Militar Sérgio Gomes Moreira Filho, de 29 anos, amante da embaixatriz e apontado pela polícia como o executor do crime, foi levado para o Batalhão Especial Prisional (BEP) da Polícia Militar. Já o primo dele, Eduardo Moreira Tedeschi, de 24, permanece detido na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde presta novo depoimento.
Françoise e Moreira Filho confirmaram que mantinham um caso. Ele disse que se envolveu numa luta corporal com o embaixador grego e teria acabado matando o grego por estrangulamento. A polícia não acredita nessa versão, já que havia sangue no sofá da sala. Já Eduardo Tedeschi disse à polícia que recebeu a oferta de R$ 80 mil para participar do crime. Ele receberia o dinheiro um mês depois do assassinato, “se tudo desse certo”. Françoise nega participação no homicídio.
Françoise e Amiridis estavam casados havia 15 anos e tiveram uma filha, hoje com 11 anos.
Breno Pires - O Estado de S. Paulo Segundo acusação, ex-ministro recebeu ao menos R$ 41,5 mi em propina de dinheiro desviado da Petrobrás em contratos com construtoras
BRASÍLIA - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, determinou a notificação do senador e ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) para que apresente uma defesa prévia sobre a denúncia, de autoria do Ministério Público Federal (MPF), de que o parlamentar teria cometido os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bezerra Coelho recebeu, ao menos, R$ 41,5 milhões em propina de dinheiro desviado da Petrobrás em contratos com as construtoras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa para as obras de construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. O dinheiro teria sido destinado à campanha de reeleição de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2010. Bezerra Coelho era na época secretário de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco e dirigente do Porto Suape.
Além do senador - que é pai do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho -, também deverão se manifestar ao STF os outros dois denunciados junto com ele - os empresários Aldo Guedes, ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), e João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, descritos pelo MPF como os operadores que viabilizaram o repasse da propina ao senador pernambucano.
Trata-se de uma das denúncias do MPF originadas de inquéritos da Operação Lava Jato que aguardam avanço no STF. Baseada em depoimentos prestados pelos colaboradores da Lava Jato Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, a denúncia foi oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no início de outubro, mas até agora o relator, ministro Teori Zavascki, ainda não havia determinado a notificação.
Segundo a PGR, Fernando Bezera Coelho e Eduardo Campos "solicitaram vantagens indevidas de empreiteiras envolvidas na construção de obras da Refinaria do Nordeste ou Refinaria Abreu e Lima, como contrapartida pela viabilização do empreendimento por meio de esforços políticos, principalmente a disponibilização de infraestrutura e a criação de incentivos tributários". "A propina solicitada a cada uma das construtoras, no montante de cerca de R$20.000.000,00, destinou-se à campanha de reeleição ao Governo de Pernambuco em 2010", diz a denúncia.
Fernando Bezerra Coelho teria solicitado também R$ 20 milhões a Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobrás. Delator da Lava Jato, Costa afirmou que "como os valores tratados para a contribuição da campanha eram muito altos, foram pagos pelas empresas diretamente e não por um operador".
Segundo investigações da Polícia Federal, dentro do inquérito, "restou demonstrado que Bezerra participou ativa e substancialmente na solicitação de propina às empresas envolvidas e também se beneficiou de uma parte do montante ilícito".
Segundo a PGR, Bezerra Coelho e os dois empresários denunciados ao STF praticaram ao menos 77 crimes de lavagem de dinheiro. Rodrigo Janot quer devolução à União dos R$ 41,5 milhões supostamente desviados e pagamento de uma multa por reparação de danos no mesmo valor.
Ao todo, a PGR identificou 17 doações eleitorais registradas cujos recursos eram oriundos de propina. Outra parte do suborno foi repassada por meio de contratos superfaturados ou fictícios com construtoras menores, que recebiam valores da Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa, numa operação de lavagem de dinheiro, segundo a Procuradoria.
Quando a denúncia foi apresentada pelo MPF, em outubro, a defesa de Fernando Bezerra Coelho afirmou que as acusações eram "descabidas" e baseadas em "ilações e sem qualquer rastro de prova". Senador pelo PSB, Bezerra Coelho também foi ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff, entre 2011 e 2013.
A defesa de Fernando Bezerra Coelho, representada pelo advogado André Callegari, informa, em nota, que o senador não foi notificado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). "Uma vez notificado, em atendimento ao rito processual, a defesa de Fernando Bezerra apresentará as peças processuais previstas na legislação vigente. A defesa do senador também reafirma a total disposição em colaborar e irá, assim que receber a notificação, apresentar todos os esclarecimentos necessários ao STF", diz a nota.
Igor Gadelha - O Estado de S.Paulo Pré-candidato à presidência da Câmara critica articulação de atual presidente para ser reconduzido ao cargo em fevereiro
Pré-candidato à presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2017, o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), divulgou nesta sexta-feira em suas redes sociais vídeo em que critica a articulação do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para ser reconduzido ao cargo na próxima eleição para Mesa Diretora.
No vídeo, Rosso diz que o artigo 57 da Constituição é claro ao proibir reeleição de presidentes do Legislativo dentro do mesmo mandato. Tese que é rebatida por Maia, que argumenta que o veto não se aplica a presidentes de mandato-tampão, como ele, eleito em julho para um mandato de sete meses, após a renúncia do cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para Rosso, o deputado do DEM sustenta tese "esdrúxula" ao argumentar que pode disputar reeleição e, dessa forma, gera uma insegurança jurídica ao País. Critica ainda os pareceres jurídicos encomendados por Maia para defender sua tese. "Com todo o respeito aos parceristas, o parecer você pode interpretar de acordo com o cliente", diz.
O Centrão, grupo de cerca de 200 deputados do qual Rosso faz parte, entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar barrar a candidatura de Maia. Como a ação só deve ser julgada em fevereiro, em razão do recesso do Judiciário, Rosso pediu nesta semana a Maia que adie a eleição para depois da decisão da Corte. Maia, contudo, negou o pedido.
Nessa quarta-feira, 28, o deputado André Figueiredo (PDT-CE) também entrou com mandado de segurança no Supremo, com pedindo de liminar, para barrar a candidatura à reeleição do atual presidente da Câmara. Assim como Rosso e Maia, o pedetista já se colocou como candidato à presidência da Casa em 2 de fevereiro, quando está marcada a disputa.
O ano de 2016 chega ao fim com 12,1 milhões de brasileiros desempregados.
Mas estes aqui embaixo, não. Estão todos devidamente lotados na liderança da minoria no Senado, atualmente chefiada por Lindbergh Farias -- os seus salários não são menores do que R$ 13 mil
- Gilberto Carvalho, ex-ministro de Janete e ex-chefe de gabinete de Lula.
- Roberto Stuckert, ex-fotógrafo de Janete.
- Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Itamaraty na era Lula.
- Daisy Barretta, ex-responsável pela agenda de Janete.
São apenas alguns exemplos de gente que seguirá bem empregada em 2017.
Daniel Bramatti e Guilherme Duarte - O Estado de S.Paulo Migração é considerada estratégia, sobretudo em municípios menores, para aumentar as chances de vencer eleições e obter recursos para governar
O apoio de chefes tribais foi importante para o sucesso eleitoral. Mas foram outros caciques – os do mundo político – que influenciaram a migração de Gomes por seis diferentes partidos nos últimos dez anos.
Não se trata de um caso isolado. A fidelidade a um único partido não é uma característica da imensa maioria dos prefeitos que tomará posse hoje. Análise do Estadão Dados revela que dois em cada três dos eleitos já trocaram de legenda ao menos uma vez em sua carreira política. Os números mostram ainda que, depois do primeiro ato de infidelidade, uma parcela substancial reincide na prática. Mais de um quarto dos prefeitos eleitos já passaram por três partidos ou mais.
O novo prefeito de Comodoro é um dos líderes no ranking nacional do troca-troca. Empatados com ele, com filiações a seis diferentes legendas, estão os novos governantes de Caratinga (MG) e Rio Largo (AL), respectivamente Welington Moreira de Oliveira e Gilberto Gonçalves da Silva.
Para o cientista político Vitor Oliveira, é o pragmatismo que orienta as trocas de partido dos prefeitos, principalmente nos municípios menores. As filiações, neste contexto, fariam parte de acordos para maximizar as chances de vitória nas urnas e, em um segundo momento, de obtenção de verbas para governar.
Jefferson Gomes é um exemplo típico. Segundo seu relato ao Estado, a entrada na política se deu por convite de um deputado estadual interessado em ampliar suas bases na região. Daí resultou a primeira filiação ao PPS, em 2006.
Já no ano seguinte, porém, o PPS ficou sem nenhum deputado na Assembleia Legislativa. Gomes seguiu então para o PR e o PRB, em 2007 e 2008. Em 2011, há registro de três filiações, de novo ao PPS, ao PT e ao PR – as duas últimas, em um intervalo de apenas quatro dias. Gomes alega que sua filiação ao PT se deu à sua revelia, com documentos falsos. “Em 2013 veio um convite de um deputado do PROS”, disse ele, então vereador. “Fiquei muito feliz, com total liberdade para trabalhar.” A felicidade, porém, foi passageira: em março deste ano, Gomes aderiu ao DEM, partido pelo qual foi eleito prefeito.
Pedro Venceslau e Valmar Hupsel Filho - O Estado de S.Paulo Apesar da rejeição à classe política, partidos já se articulam para a construção de candidaturas Presidenciáveis 2018
SÃO PAULO - As delações da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato e a ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, que tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tornam o cenário para a eleição presidencial de 2018 um dos mais imponderáveis desde a redemocratização do Brasil.
Mas, apesar das incertezas e da crescente rejeição da população à classe política, sentimento evidenciado nas eleições municipais, os partidos já começaram o processo de construção de candidaturas que consideram viáveis – e deflagraram as inevitáveis disputas que antecedem o pleito.
Entre os líderes partidários há o temor de que um nome de fora da classe política surja com força e repita o “efeito Donald Trump”. Para especialistas, esse cenário, que foi visto em 2016 em São Paulo, com João Doria (PSDB), e Belo Horizonte, com Alexandre Kalil (PHS), dependerá da economia.
“O cenário atual favorece o surgimento de outsiders, como o apresentador do programa Aprendiz (o empresário Roberto Justus), que se colocou como candidato. Isso é um perigo para o País”, disse o consultor Gaudêncio Torquato, um dos mais próximos conselheiros do presidente Michel Temer.
Especialista em pesquisas de intenção de voto, o sociólogo Antonio Lavareda, que atuou em diversas campanhas do PSDB, avaliou que, entre os postulantes que já se apresentaram, o governador tucano Geraldo Alckmin é o que está mais bem posicionado para 2018.
“Ele foi o menos alvejado pela Lava Jato até agora. Além disso, saiu fortalecido da eleição municipal. Está com uma base muito sólida, enquanto (o senador) Aécio (Neves) sofreu uma derrota importante em Belo Horizonte”, afirmou.
O governador de São Paulo, no entanto, encontra dificuldades dentro do próprio partido, que ficaram ainda maiores com a recondução de Aécio, seu principal concorrente interno, à presidência nacional da legenda.
Alckmin tem a possibilidade de mudar de partido caso não consiga viabilizar sua candidatura pelo PSDB. A opção é o PSB, sigla do vice-governador de São Paulo, Márcio França.
Oposição. No campo da atual oposição, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é apontado como o único capaz de reunir a esquerda, mas a situação dele, réu em cinco ações penais, é incerta. “A candidatura do ex-presidente dependerá de questões judiciais. Nesse contexto de terra arrasada, o (ex-ministro) Ciro Gomes (PDT) entra preservado”, disse o cientista político Aldo Fornazieri. Diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo (ESP), ele atuou em campanhas petistas.
Ciro já corre o País fazendo palestras, principalmente em universidades, onde seu discurso incisivo e crítico é bem recebido entre os estudantes. O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que, após o recesso de fim de ano, as visitas ao circuito universitário serão intensificadas. Além disso, Ciro também deve buscar o setor produtivo, com foco no empresariado do agronegócio. “Já estamos elaborando plano de governo”, disse Lupi.
Amigão do presidente Lula, Jonas Suassuna recebeu uma multa da Receita de 8 milhões de reais por irregularidades em suas empresas no ano de 2011. Os técnicos, de uma força-tarefa da Lava-Jato, agora analisam os outros exercícios. A conta total pode chegar a 60 milhões.
Ataque foi assinado por 'Anarchy Ghost', que se diz apartidário e pede 'pena de morte' aos políticos do Congresso Nacional
Agora está tudo normal outra vez, mas o site de Michel Temer foi invadido por hackers nas últimas horas de 2016. Na manhã deste sábado, a página, toda trabalhada nas cores verde e amarela, tinha o fundo preto e palavras, nas cores verde e vermelho, que bradavam contra os políticos e em especial o Congresso Nacional.
“Batemos de frente, e querendo ou não tem que RESPEITAR!”, dizia a mensagem, assinada por ‘Anarchy Ghost’ (Fantasma Anarquista). “Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come. Eu quero pena de morte pra quem tá no Congresso, vocês que deveriam responder por crime hediondo.”
Em seguida, o hacker, que já atacou páginas do PT, se dizia apartidário. “Antes de me chamar de esquerda ou direita, eu quero é que se dane, a direita, meio, e a esquerda! Dane-se os partidos”, escreveu, com erro de português ao final.
A invasão ainda deixou no site um rap crítico ao governo Temer e à classe política em geral. A música Desordem e Regresso faz referência ao slogan positivista escolhido por Michel Temer para marcar a sua administração — “Ordem e Progresso”, o mesmo que aparece na bandeira do Brasil. Na letra, do DJ Caíque, há passagens como “Convivendo com gente iludida / que acha que o governo Temer vai melhorar sua vida”.
Mantido pelo PMDB, o site de Michel Temer divulga informações sobre o político e sua atuação na Presidência da República, mas não é uma página oficial do governo federal.