terça-feira, 30 de junho de 2015

Messi dá show, Argentina atropela Paraguai e vai à final da Copa América

UOL


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Se a Argentina devia ao público uma atuação de gala, essa conta está paga. Com um show de Lionel Messi, que teve em Pastore e Di Maria seus coadjuvantes de luxo, os vice-campeões do mundo enfiaram 6 a 1 no Paraguai e estão na final da Copa América, a uma vitória do fim de um jejum de 22 anos sem títulos.
A vaga na final premia uma equipe que foi correta ao longo da competição, mas soube brilhar na hora certa. Depois de uma primeira fase quase burocrática e uma disputa sofrida contra a Colômbia, a Argentina brilhou com Messi de garçom e terá o Chile como rival na decisão do próximo sábado.
É mais uma chance de título para uma geração brilhante que nunca venceu. Apesar de contar com o talento de Messi, Di Maria, Mascherano e outros, a Argentina não é campeã de nada no futebol profissional desde a Copa América de 1993. Desde então, parou no Brasil em duas finais de Copa América (2004 e 2007) e em uma Copa das Confederações (2005). No ano passado, perdeu a Copa do Mundo na prorrogação para a Alemanha.
E agora, ao contrário do que aconteceu no Brasil em 2014, a Argentina avança com Messi inspirado. Nesta terça, o camisa 10 armou o jogo, abriu espaços, deu caneta e participou de quatro dos seis gols de seu time, marcados por Rojo, Pastore, Di Maria (duas vezes), Aguero e Higuain – Barrios descontou. Só faltou o gol. Mas quem se importa?
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Semifinal da Copa América: Argentina x Paraguai17 fotos

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Di María comemora gol da Argentina contra o Paraguai pela Copa América EFE/Fernando Bizerra Jr.
Fases do jogo:
Como fez contra o Brasil, o Paraguai começou marcando em cima, organizado e perigoso no contra-ataque. Como fez contra o Brasil, saiu atrás do marcador, desta vez em uma bola cruzada por Messi que Rojo mandou para as redes aos 15 minutos. Como fez contra o Brasil, desorganizou-se nos minutos seguintes.
Só que a Argentina não foi o Brasil. Quando teve a chance, ampliou a vantagem, com Pastore completando boa jogada de Messi aos 26 minutos. Levou um gol paraguaio, é verdade, quando Barrios aproveitou uma desatenção de Aguero e diminuiu.
O início do segundo tempo, no entanto, mostrou que a Argentina não repetiria o Brasil e nem ela mesma, quando sofreu o empate por 2 a 2 na primeira fase. Di Maria, aos 2 e aos 7 minutos, abriu uma vantagem que por pouco não virou uma goleada histórica. Dá para dizer, ao menos, que virou show, com um festival de dribles, calcanhares e jogo bonito de Messi e companhia. 
Aguero, o ponto mais baixo do estrelado setor ofensivo, ainda ampliaria a goleada aos 36 minutos, completando de cabeça um cruzamento de Di Maria. Higuain, em mais uma jogada de Messi, fechou o caixão paraguaio aos 37 minutos.
Melhor: Messi. O camisa 10 participou de três dos quatro gols da Argentina e ainda serviu os companheiros em outras oportunidades. Foi decisivo sem marcar e aproximou a Argentina de um título que não vem há mais de 20 anos.
Pior: Miolo de zaga paraguaio. Se o time todo demonstrou gana, organização e disposição, pesou ao conjunto a falta de velocidade e qualidade de Paulo da Silva e Aguilar, que simplesmente não conseguiram acompanhar os ataques rápidos da Argentina.
Chave do jogo: Qualidade argentina. O Paraguai começou o jogo organizado, soube reagir na adversidade, mas não resistiu a uma noite inspirada dos rivais, muito superiores tecnicamente.
Toque dos técnicos: Ramon Diaz ordenou uma marcação na saída de bola da Argentina e ataques nas costas dos laterais rivais. Quase obteve êxito. Foi assim que levou perigo no início do jogo e foi assim que conseguiu reagir com o gol de Barrios. Não foi, porém, o suficiente para vencer o talento de Messi e companhia.
Detalhes:
Olho no juiz: 
Em uma Copa América recheada de polêmicas de arbitragem, Sandro Meira Ricci foi um dos personagens do jogo. Depois de uma atuação muito criticada no duelo entre Chile e Uruguai, o brasileiro poderia tirar Messi, Mascherano e Aguero da final com um amarelo, já que o trio estava pendurado. Todos escaparam ilesos, porém.
Alento: O palmeirense que estava assistindo ao jogo deve ter se animado. Lucas Barrios, reforço do clube após a Copa América, teve boa atuação saindo do banco. Marcou o gol mostrando repertório para bater com a perna esquerda e ainda levou perigo nas investidas ofensivas do Paraguai.
Em casa: A Argentina, aparentemente, gosta de jogar a Copa América no Chile. Esta é a sétima edição do torneio no país andino, e pela sétima vez o país de Maradona e Messi vai à final.

Senado aprova correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física



Editoria de Arte/Folhapress

Promotor de Justiça: Menores pegos não são “miseráveis”. Eles querem “subir na hierarquia do tráfico”

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja




Menor-Infrator1-300x198O promotor de Justiça da Infância e da Juventude no estado do Rio de Janeiro, Afonso Henrique Lemos, escreveu para este blog sobre os bandidos menores de idade apreendidos pela polícia.
Reproduzo abaixo mais um trecho do seu longo e-mail, que desmascara o discurso esquerdista contra a redução da maioridade penal:
Em geral, nenhum deles é miserável, longe disso. Todos têm acesso a escola e serviços públicos, sendo que o Município de Resende oferece diversas oficinas remuneradas com bolsa-auxílio, além de cursos profissionalizantes. Sempre esclareço ao adolescente o que lhe pode ser oferecido, perguntando ao final quais são seus sonhos e projetos de vida.
Posso afirmar que mais de 90% deles afirmam, com a maior tranquilidade, que sonham em continuar na vida do crime e ‘subir na hierarquia do tráfico’, exatamente com essas palavras. E eu, inocentemente, insisto em tentar descobrir as razões de tal desejo, no que também tenho sempre a mesma resposta:
‘Porque ganho muito dinheiro fácil, pego muitas mulheres e vou para as baladas’.
Vários deles são de classe média, alguns filhos de militares e não raro alguns largaram inclusive trabalhos oferecidos pela família, no qual eram remunerados em até dois mil reais, para ingressarem no tráfico ou praticar roubos.
Não é nenhuma novidade afirmar que todas as atividades de risco do tráfico atualmente são realizadas por adolescentes, tais como transportar, vender e até mesmo guardar em casa a droga que é comercializada. Todavia, a impunidade é tão grande que até mesmo para homicídios os adolescentes são recrutados em Resende.
No ano passado tive pelo menos três casos em que adolescentes, já participantes do tráfico e identificados com facção criminosa, foram designados para executar traficantes de facções rivais, alguns também adolescentes.
Durante as oitivas, os três afirmaram que aceitaram porque como ainda não tinham 18 anos, estava ‘tranquilo’ e que pretendiam aproveitar que ainda não eram maiores para aceitar esse tipo de serviço e assim subirem mais rápido na hierarquia do tráfico. Um deles chegou a afirmar que sabia que ficaria pouco tempo mesmo e que voltaria como ‘gerente da boca’.
Ressalto que ampliar a pena dos adultos que corrompem os adolescentes é uma medida necessária, porém de pouco efeito prático. Isto porque o adolescente dificilmente é apreendido juntamente com o adulto e a prova de que ele foi corrompido por determinada pessoa é muito difícil de se obter no curso da instrução do processo.
Como se não bastasse, os roubos com o emprego de arma de fogo a estabelecimentos comerciais, em que as vítimas são torturadas psicologicamente por adolescentes, que apertam revólveres engatilhados contra suas cabeças e as agridem com coronhadas, vêm se tornando cada vez mais comuns em Resende, em plena luz do dia, sendo que os adolescentes autores de tais atos infracionais justificam tais atos não só pelo dinheiro e celulares que obtêm, mas também pela adrenalina e emoção gerada pela situação de risco a que voluntariamente se submetem.
Um desses roubos ocorreu no início do ano e um dos dois adolescentes apreendidos, durante a oitiva informal, ao ouvir de mim que ele ficaria um bom tempo internado, respondeu que não tinha problema nenhum, já que provavelmente seria transferido para uma unidade do Rio de Janeiro, uma vez que o centro socioeducativo de Volta Redonda estava lotado e na Capital ele já sabia que os adolescentes são liberados em poucos meses, muito mais rápido até do que em Volta Redonda.
E ainda complementou dizendo que assim que retornasse voltaria a roubar do mesmo jeito, tal como já faz há muito tempo.
Na última semana de maio, quando saía do fórum, já à noite, ouvi alguém me chamando: “Dr. Afonso! Dr. Afonso!” Olhei para o outro lado da calçada e avistei exatamente esse adolescente, que caminhou até a minha direção sorrindo.
‘Dr. Afonso, não disse que saía rapidinho? Já estou na pista de novo!’
Virou as costas e partiu, sorrindo de forma claramente debochada. Esse episódio foi o ápice da desmoralização da Justiça e do Poder Público e mostra a necessidade emergencial de mudança da legislação.
Também posso citar aqui meu diálogo com um adolescente apreendido no final do ano passado por tráfico. Por curiosidade, perguntei até que ponto o fato dele ser adolescente e não sofrer sanções mais pesadas influencia na avaliação do risco a que ele se expõe de ser apreendido por tráfico, mesmo tendo o a possibilidade de estudar e trabalhar como aprendiz de forma remunerada.
Em resumo, ele respondeu o seguinte:
‘Claro que eu penso nisso. Primeiro que poucos são os meninos traficantes que acabam sendo apreendidos. Então até ser apreendido eu já ganhei muito dinheiro. Segundo que quando um menino é apreendido muitas vezes ele nem sequer é internado. E quando é internado, a medida não chega quase nunca a seis meses. Aí é só voltar a traficar e continuar a ganhar dinheiro. Não vou trabalhar igual ao meu pai e acordar às quatro horas da manhã todos os dias para ganhar um salário mínimo. Não sou otário. Consigo ganhar em média R$ 250,00 por dia traficando aqui em Resende, sendo que na Capital o valor é ainda maior’.
Ou seja, a falta de sanção influencia diretamente no envolvimento do adolescente com atividades ilícitas geradora de ganhos altos e fáceis. Olha que tento de tudo, buscando evitar internações acordando com o adolescente uma série de compromissos para amenizar a medida socioeducativa a lhe ser imposta no final do processo, tais como: ler e resumir um livro, retornar à escola e frequentar todas as aulas, frequentar dispositivo de saúde mental para tratamento de drogadição.
Infelizmente, praticamente nenhum deles cumpre o acordado e acabam optando por continuar a traficar e a roubar, mesmo sabendo que no final do processo serão internados pelo descumprimento dos compromissos, já que aparentemente para eles a internação, nos moldes atuais, não serve de fator inibidor para que larguem a vida ilícita e aceitem os encaminhamentos propostos.”
(Outro trecho do e-mail – AQUI.)

O cerco se fecha contra o PT: extorsão; crimes de responsabilidade; pedaladas fiscais e outras propinas

Com Blog Felipe Moura Brasil - Veja


A semana começou com o cerco se fechando ainda mais contra o PT.
Eis o que aconteceu nesta terça-feira em resumo (enquanto eu estava na rua):
Aécio Caiado1) Os partidos de oposição decidiram:
a) Entrar com uma representação na Procuradoria-Geral da República contra Dilma Rousseff e seu ex-tesoureiro hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT), acusando-os de praticar crime de extorsão contra o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, que revelou ter doado 7,5 milhões de reais desviados da Petrobras à campanha à reeleição da petista em 2014 por pressão de Edinho.
“A ameaça consistia na exclusão da construtora UTC das empresas que participariam das obras a serem realizadas pela Petrobras e pelo Governo Federal”, diz o texto.
A responsabilidade criminal de Edinho é inquestionável, “tendo obtido diretamente da vítima as vantagens econômicas em favor da Primeira Representada”. Quanto a Dilma, “a vantagem econômica recebida é inquestionável, pois os valores foram creditados em favor de sua campanha eleitoral”.
b) Convidar Edinho Silva para explicar no Congresso as declarações de Ricardo Pessoa – convite este já aprovado pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
c) Pedir que o Tribunal Superior Eleitoral tenha acesso ao depoimento de Pessoa, que ainda vai depor no dia 14 de julho, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, em ação apresentada pelo PSDB no TSE pedindo a cassação do mandato de Dilma.
d) Pedir ao Tribunal de Contas da União que investigue as pedaladas fiscais nas contas federais de 2015, além da apuração das irregularidades nas de 2014.
e) Não pedir o impeachment por enquanto - tema tratado com muita “cautela” e “responsabilidade” por Aécio Neves (PSDB-MG), o que traduzo como “medo de enfrentar Michel Temer nas eleições de 2018″.
Joaquim Barbosa Sapucaí2) Joaquim Barbosa acusou Dilma de ter cometido (mais um) crime de responsabilidade ao atacar a delação premiada, dizendo “Eu não respeito delator”.
Em uma série de tuítes, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal escreveu:
“Há algo profundamente errado na nossa vida pública. Nunca vi um Chefe de Estado tão mal assessorado como a nossa atual Presidente. A assessoria da Presidente deveria ter lhe informado o significado da expressão ‘law enforcement’: cumprimento e aplicação rigorosa das leis. Zelar pelo respeito e cumprimento das leis do país: esta é uma das mais importantes missões constitucionais de um presidente da República!
Nossa Constituição outorga ao presidente a prerrogativa de vetar um projeto ou de impugnar uma lei perante o STF por inconstitucionalidade. Porém a Constituição não autoriza o presidente a ‘investir politicamente’ contra as leis vigentes, minando-lhe as bases. Caberia à assessoria informar a Presidente que atentar contra o bom funcionamento do Poder Judiciário é crime de responsabilidade!
‘Colaboração’ ou ‘delação’ premiada é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil! Lei!!”
brasil-juiz-sergio-moro-baixa-20141205-002-size-5983) O juiz Sergio Moro disse que há indícios de negociação de propina em obras da usina de Angra 3 e da hidrelétrica de Belo Monte, ambas tocadas em conluio por Camargo Corrêa, Andradre Gutierrez e Odebrecht, sendo a primeira em consórcio também com a UTC.
Moro ressaltou que é “perturbadora” a afirmação de Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, de que, em agosto de 2014, mesmo após o início da Lava Jato, as empreiteiras, “entre elas a Andrade Gutierrez e a Odebrecht”, discutiram pagamento de propinas a dirigentes da Eletrobrás.
Ele destacou a avaliação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que o esquema de corrupção na Petrobras é “descomunal” e disse que o mesmo esquema foi reproduzido na empresa SeteBrasil, criada para fabricação de sondas para exploração do petróleo do pré-sal.
“Há assim prova, em cognição sumária, de que o mesmo modus operandi, de cartel, ajuste de licitações e propinas, além de ter gerado um grande prejuízo à Petrobrás (estimado em mais de seis bilhões de reais no balanço da estatal), foi reproduzido em outros âmbitos da Administração Pública, inclusive com pagamentos de propinas no segundo semestre de 2014, quando já notória a investigação sobre as empreiteiras”, escreveu Moro, ao defender a necessidade de manter a prisão preventiva do executivo Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, para evitar que novos crimes sejam cometidos.
Pergunta da semana:
O que vem primeiro? Lula frita? Ou renúncia DilmaVez?

Jandira, comunista cheirando a mofo, reclama que crise de Dilma a obrigou a fechar restaurante. Quem mandou apoiar Dilma?

Com Blog Felipe Moura - Brasil - Veja


Mais tuítes sobre a votação da PEC da redução da maioridade penal:
- Propaganda do PCO na TV diz que Brasil tem, proporcionalmente, a maior população carcerária do mundo. MENTIRA! É a 36ª! (Veja .) Comunista só mente.
- Deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) insiste na mito do 1% de homicídios cometidos por menores – dado negado pela Unicef. (Veja .) Comunista só mente.
- Deputado Silas Freire (PR-PI) diz que Jean Wyllys (PSOL-RJ) não quer punir bandidos menores de 18, mas autorizar crianças a trocar de sexo. (Verdade. Veja aqui.)
- Bandidos menores de idade de hoje tinham no máximo 4 anos quando o PT subiu ao poder. PT não educou, mas pede mais escola em vez de punição.
- Paulo Teixeira (PT-SP) diz que direita não quer “construir uma civilização nova como estamos construindo” (com 64 mil homicídios/ano). Fato.
- Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reclama que depredação praticada em “manifestação política” é considerada terrorismo. Sim: ela legitima o método.
- Se menores avessos a comunistas hipócritas depredarem o restaurante árabe de Jandira, não será terrorismo e eles sairão em menos de 6 meses?
Ah sim:
Segundo a coluna Painel, da Folha: “Em reunião de líderes, Jandira se queixou que a crise a obrigou a fechar um restaurante árabe no Rio”.
Quem mandou apoiar Dilma Rousseff?

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Charge da coluna Painel, da Folha: acabou o quibe, agora é só mandioca

A nova vida de Capilé

Lauro Jardim - Radar - Veja



pablo capilé
Capilé: churrascaria não aceita cubo card

Os tempos das casas coletivas e do cubo card – a moeda do Fora do Eixo – parecem distantes para o notório Pablo Capilé, uma das lideranças anticapitalistas dos protestos de 2013.
O produtor cultural dividia hoje no almoço com a secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Ivana Bentes, uma mesa na Fogo de Chão, uma das churrascarias mais caras de Brasília – lá, o rodízio sai a 116 reais por cabeça.
E não tem jeito: o restaurante não aceita cubo card.

Doador e beneficiários

Lauro Jardim - Radar - Veja



PT quer saber se Pessoa não pagou propina por obras estaduais
Entre titulares e suplentes, Pessoa doou a dez integrantes da CPI

A ida de Ricardo Pessoa à CPI da Petrobras, nos próximos dias, colocará frente a frente doador e beneficiários de 496 345 reais em doações de campanha em 2014.
Dos 27 membros titulares da CPI, cinco receberam dinheiro da UTC. Três são da cúpula da comissão: o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), levou 200 000 reais da construtora; o vice-presidente, Antônio Imbassahy (PSDB-BA), recebeu 76 875 reais; e o segundo vice-presidente, Félix Mendonça Junior (PDT-BA), 2 854 reais, repassados pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT).
O governador baiano repassou a mesma quantia a João Carlos Bacelar (PR-BA), Paulo Magalhães (PSD-BA) e aos suplentes Jorge Solla (PT-BA) e José Carlos Araújo (PSD-BA).
Entre os outros 25 suplentes, José Rocha (PR-BA) foi agraciado com 202 854 reais, João Gualberto (PSDB-BA) levou 1 875 reais e Marcelo Squassoni (PRB-SP) não conseguiu mais que 480 reais, pagos pela Constran, também de Ricardo Pessoa.

Quem garante Dilma?

Lauro Jardim - Radar - Veja



Levy fica, mas e Dilma?
Levy fica, mas e Dilma?

Um arguto, e preocupado, banqueiro comentava  agora há pouco:
- A Dilma tem dado garantias de que o Joaquim Levy fica e que suas políticas têm o apoio dela. O problema hoje, contudo, é outro: depois da delação do Ricardo Pessoa quem dá garantias de que a Dilma fica?

Lula foi a Brasília antecipar o impeachment de Dilma

Com Blog Reinaldo Azevedo -Veja


Não duvidem de uma verdade universal. A democracia não admite exotismos. Sempre que alguém tenta explicar uma particularidade nativa do regime democrático, faz um esforço é para justificar o injustificável. O que se viu com a presença desassombrada de Lula nesses dois dias em Brasília foi a falência de um governo — e, em certa medida, de um partido. E que se revela do único modo como o PT sabe fazer as coisas: pelo caminho da desinstitucionalização.
Na segunda, Lula se encontrou com as respectivas bancadas do PT no Senado e na Câmara. Nesta terça, foi a vez de se reunir com Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Estavam presentes ao encontro os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR), Eunício Oliveira (PMDB-CE) e José Viana (PR-AC). E, compondo o grupo, o ex-senador e ex-presidente da República José Sarney.
Ainda que Dilma soubesse e tenha sido previamente avisada das andanças de Lula, é claro que a ação concorre para rebaixar a presidente, como se ela fosse carta fora do baralho. Ou por outra: Lula tenta decretar por conta própria o impeachment da sua sucessora. Adicionalmente, marca conversa com figurões do PMDB, ao arrepio de Michel Temer, presidente do partido, vice-presidente da República e coordenador político do governo.
Como explicar a ação de Lula? Não tentem. É inexplicável. Ele está é cuidando de si mesmo, não de Dilma. Na reunião, ouviu um rosário de críticas ao governo, à sua paralisia, à sua pouca disposição para o diálogo. A questão, no entanto, é esta: diálogo em torno do quê? Os petistas perderam o pulso do país.
Renan resumiu assim o encontro, segundo a http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/06/1649658-lula-encontra-senadores-do-pmdb-e-destaca-importancia-da-alianca.shtml:
“Ele [Lula] acha que a presidente deveria reunir os Poderes, conversar permanentemente na busca de saídas para o Brasil. Foi uma conversa boa. Ele definitivamente veio em missão de paz, defendeu pontos de vista com relação à reforma política, uma conversa produtiva”.
Entendi. Lula foi dizer “nada” aos peemedebistas, como “nada” disse aos petistas, deixando como saldo uma presidente com ainda menos autoridade, posando uma vez mais de condestável da República, o que, a esta altura, também é falso.
E não deixa de haver algo de simbólico que, no encontro, estivessem dois ex-presidentes da República: Sarney e Lula. Um era a expressão do que o PT chamava o velho Brasil, das elites que precisavam ser vencidas por uma força nova, encarnada pelo PT. O tal novo chegou. Depois de 13 anos, o Babalorixá de Banânica foi apelar ao que resta da seiva de Sarney para ver se consegue se levantar da obsolescência.
Mas não vai.

Lula com medo do “efeito polvo” engole sapo para salvar a pele

O ex-presidente preocupado com “efeito polvo” da delação de Ricardo Pessoa resolveu ficar humilde. Pediu ajuda do PMDB e união da companheirada. Ele peregrinou por Brasília muito bem acompanhado de Paulo Okamoto. Lula seguiu direitinho os conselhos do Planalto. Acompanhe os bastidores com Joice Hasselmann.


Edinho "Pixuleco Por Dentro" Silva

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


No Jornal da Band, Edinho Silva tentou ser irônico, dizendo que está sendo acusado de ter recebido 7,5 milhões de reais em doações legais. Não, Edinho, você está sendo acusado de ter extorquido um empreiteiro com negócios escusos com a Petrobras. Um "dá ou desce com pixuleco por dentro". Entendeu, malandragem?

Joaquim Barbosa critica os ataques de Dilma à delação

Com Blog do Josias -UOL



O ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa espantou-se com os ataques de Dilma Rousseff à ferramenta da delação premiada. “Há algo profundamente erradona nossa vida pública”, anotou o ex-relator do mensalão no Twitter, na madrugada desta terça-feira. “Nunca vi um Chefe de Estado tão mal assessorado como a nossa atual presidente”, ele acrescentou. “Caberia à assessoria informar que atentar contra bom funcionamento do Poder Judiciário é crime de responsabilidade!”.
Horas antes da manifestação de Barbosa, Dilma comentara em Nova York a revelação do empreiteiro-delator Ricardo Pessoa de que repassou à sua campanha presidencial, em 2014, R$ 7,5 milhões em verbas roubadas da Petrobras. A presidente valera-se de uma comparação esdrúxula:
“Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.''
Barbosa recordou: “…‘colaboração’ ou ‘delação’ premiada é um instituto penal-processual previsto em lei no Brasil! Lei!!!” O ex-ministro não disse, mas essa lei foi sancionada pela própria Dilma, há dois anos.
“Zelar pelo respeito e cumprimento das leis do país: esta é uma das mais importantes missões constitucionais de um presidente da República!”, lecionou Barbosa.
“Nossa Constituição outorga ao presidente a prerrogativa de vetar um projeto ou de impugnar uma lei perante o STF por inconstitucionalidade”, acrescentou. “Porém, a Constituição não autoriza o presidente a ‘investir politicamente’ contra as leis vigentes, minando-lhes as bases.”

Cínica à exaustão, Dilma já se orgulhou da delação que hoje critica

Com Blog do Josias - UOL


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A opinião de Dilma Rousseff sobre o instituto da delação premiada varia conforme as suas conveniências políticas. Nesta segunda-feira (29), em Nova York, a presidente disse que não respeita delator. E comparou os delatores da Lava Jato aos dedos-duros que depunham sob tortura na ditadura. Há sete meses e meio, candidata à reeleição, Dilma vangloriou-se de ter sancionado a lei 12.850/2013, que regulamentou a colaboração de criminosos com a Justiça.
Num debate presidencial em que mediu forças com o então antagonista tucano Aécio Neves, em 14 de outubro de 2014, Dilma citou a delação com outro propósito —um propósito autopromocional. Postulante à reeleição, Dilma disse, diante das câmeras da TV Bandeirantes, ter mudado a realidade que potencializava a impunidade no Brasil.
“Quero lembrar que duas leis, aprovadas no meu governo, no ano passado, dão base para esse processo de investigação da Petrobras”, jactou-se Dilma. “A primeira: a lei 12.830, que garante a independência do delegado. […] A outra, que regulamentou justamente a delação premiada, a 12.850.”
Entre o autoelogio da candidata e a crítica da presidente reeleita houve a delação de Ricardo Pessoa, dono da Construtora UTC e coordenador do cartel de empreiteiras que pilhou a Petrobras em pelo menos R$ 6 bilhões. Em depoimentos homologados pelo ministro Teori Zavascki, do STF, Pessoa disse ter repassado R$ 7,5 milhões em verbas desviadas da estatal para o caixa da campanha de Dilma, em 2014.
Pessoa citou o ministro petista Edinho Silva (Comunicação Social da Presidência), que foi tesoureiro da campanha de Dilma. O delator disse que teve três encontros com ele. E empurrou para dentro do inquérito o relato de uma cena de extorsão.
“O Edinho me disse: ‘Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando.”
Noutro trecho, Pessoa afirmou ter ouvido de Edinho: “O senhor tem obras no governo e na Petobras. O senhor quer continuar tendo?”
Foi contra esse pano de fundo que Dilma atirou contra a lei que ela próprio sancionara e da qual parecia se orgulhar.
“Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é”, disse a presidente, em Nova York. “Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.''
Nesta terça-feira, Dilma viu-se constrangida a retornar ao tema, dessa vez em Washington, ao lado do colega Barack Obama. Questionada, a presidente se queixou de que o governo não teve acesso ao inquérito da Lava Jato. Reclamou do “vazamento seletivo”. E voltou a traçar um paralelo entre o Brasil redemocratizado e o país da ditadura.
“Nós que viemos de um processo de democratização, que somos um país que conseguiu romper com tudo o que havia de mais discricionário, arbitrário e sem direitos, que foram as ditaduras —no caso do Brasil uma forte ditadura—, nós temos de ter o maior respeito pelo direito de defesa…”
Em novo ataques ao trabalho da força-tarefa da Lava Jato, Dilma recuou ainda mais no tempo. Chegou à Idade Média: “Quando a gente fala em democracia, falamos é disso: o direito de defesa das pessoas e a obrigação de a prova ser formada com fundamentos, e não simplesmente com ilações ou sem acesso às peças acusatórias. Isso é um tanto quanto Idade Média. Não é isso que se pratica hoje no Brasil'' (assista abaixo).
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De novo, a Dilma que pediu um segundo mandato aos brasileiros no ano passado soava diferente. Em 16 de outubro de 2014, durante um debate presidencial promovido por UOL, SBT e Jovem Pan, Dilma foi informada pela assessoria de que o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, informara que havia repassado propinas de R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
A notícia sobre o depoimento de Paulo Roberto acabara de ser divulgada no UOL. E Dilma não hesitou em aproveitar o “vazamento seletivo” para esfregar a novidade no nariz de Aécio Neves:
“Candidato, há pouco saiu no UOL […] que o ex-diretor da Petrobras afirmou ao Ministério Público Federal que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, recebeu propina para esvaziar uma CPI da Petrobras. Veja o senhor que é muito fácil o senhor ficar fazendo denúncias. Por isso é que eu digo que o que importa, candidato, quando a gente verifica que o PSDB recebeu propina para esvaziar uma CPI, o que importa, candidato? Importa investigar. Lamento que ele esteja morto. Mas importa saber como recebeu, quando recebeu e para quem distribuiu.''
Ao adotar o comportamento que agora define como coisa da “Idade Média”, Dilma deu margem para que Aécio Neves ironizasse: “…Pela primeira vez, pelo menos, há algo positivo aqui: a senhora, pela primeira vez, dá credibilidade às denúncias do senhor Paulo Roberto. É esse que disse que 2% de todas as obras iam para o seu partido…
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"Prisões democráticas, onde cabem ricos e pobres"

Diogo Mainardi e Mário Sabino - O Antagonista


Merval Pereira, colunista de O Globo, ouviu um jurista de verdade sobre as prisões preventivas decretadas por Sergio Moro:
Quanto à insinuação de que os presos hoje pela Operação Lava-Jato sofrem torturas como no tempo da ditadura, só mesmo a politização da roubalheira justifica tamanho despautério.
A propósito, o jurista Fabio Medina Osório, especialista em questões de combate à corrupção e improbidade administrativa, Doutor em Direito Administrativo pela Universidade Complutense de Madri e Presidente do Instituto Internacional de Estudos de Direito do Estado (IIEDE), “olhando o direito comparado e o que ocorre hoje no mundo em termos de combate à corrupção”, discorda dos que consideram abusivas as prisões preventivas decretadas pelo juiz Sergio Moro...
“Não apenas nos EUA, mas na Europa, as prisões cautelares têm sido utilizadas no início de processos ou quando investigações assinalam elementos robustos de provas”, ressalta, lembrando os casos do ex premier de Portugal, José Sócrates, e os dirigentes da FIFA, presos cautelarmente por corrupção - e alguns em avançada idade - seguem encarcerados.
“A ideia não é humilhar ninguém, mas, diante do poder econômico ou político das pessoas atingidas, estancar o curso de ações delitivas de alto impacto nos direitos humanos, tal como ocorre no combate à corrupção.
Medina Osório lembra que “nos termos da Lei Anticorrupção, as empresas deveriam ter aberto robustas investigações para punir culpados e cooperar com autoridades, talvez até mesmo afastando os executivos citados nas operações, se constatadas provas concretas ou indiciárias de suas participações em atos ilícitos”.
Ao não cooperar nem apurar os atos ilícitos noticiados, “as empresas sinalizam que estão ainda instrumentalizadas por personagens apontados pela Operação Lava Jato como os possíveis responsáveis”.
Para Medina Osório, vale indagar: o que é realmente novo aqui no Brasil? “Prisões democráticas, onde cabem ricos e pobres, convenhamos”.

"O PT sofreu um apagão de inteligência política"

Com Blog Reinaldo Azevedo - Veja



Não contem comigo para lamentar. Eu não. Ao contrário. Aplaudo de pé a ocorrência. O PT sofreu um apagão político. O petrolão, em associação com a ruindade do governo Dilma, transformou aquele que pretendia ser a força hegemônica da política para todo o sempre, numa tabula rasa. Eles não sabem mais nada. Diante da realidade, comportam-se como ignorantes absolutos.
Para não variar, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, meteu os pés pelos pés e saiu com todos eles no peito das oposições porque estas entraram com um pedido na Procuradoria-Geral da República para que investigue a presidente Dilma Rousseff e o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) por extorsão.
O pedido foi motivado pelas revelações feitas pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC, que disse ter sido pressionado por Edinho a doar R$ 7,4 milhões à campanha de Dilma, em 2014, no segundo turno. Segundo o empresário, ao pedir o dinheiro, Edinho teria lembrado os contratos da UTC com a Petrobras.
Muito bem! É até compreensível que Cardozo critique o pedido, mas è preciso ver em que termos o faz. E ele sempre o faz da pior maneira. Classificou o pedido de um “factoide juridicamente ridículo”, que busca “atingir a honra da presidente e de um ministro de Estado”. Entendi. Fazer oposição deveria ser proibido no Brasil.
Cardozo ainda não percebeu que esse tempo já passou.
À Folha, disse ele: “É triste a tentativa de utilizar o Ministério Público e a Operação Lava Jato para algo que é um verdadeiro nonsense jurídico”. Sim, é uma opinião. Todo mundo tem. É como as orelhas. Alguns as têm pequenas. Outros, gigantescas.
Faltaria a Cardozo expor seus argumentos, além do fígado. E ele tentou. E aí fica claro onde está o ridículo, onde está o nonsense. Disse ele que tal solicitação [a investigação]: “já foi feita no âmbito de uma investigação, a Operação Lava Jato”, razão por que “não é necessário pedir investigação de algo que já está sendo investigado.”
Com o devido respeito, uma ova! Até onde se sabe, nem Dilma nem Edinho Silva são investigados. Ou são? De resto, ainda que Cardozo goste de furtivos encontros com Rodrigo Janot, a resposta cabe ao procurador-geral, não é mesmo?
Quem exorbita de suas funções, aí sim, é um ministro da Justiça que tenta tornar uma ação ilegítima aquele que é um lídimo direito da oposição. Ou, então, Cardozo que demonstre que, diante de uma denúncia de tal gravidade, é ilegítimo que partidos de oposição recorram à Procuradoria-Geral da República.
Cardozo, sim, deveria temer o ridículo. Guido Mantega se especializou em contabilidade criativa. E ele, em direito criativo.

Clássicos de Francis Ford Coppola serão exibidos em SP


Luiz Carlos Merten  - O Estado de ão Paulo


Mostra inclui 'Agora Você É Um Homem' e 'Caminhos Mal Traçados'

Todo Coppola - bem, quase todo. Com exceção de Captain EO, que ele fez com e para Michael Jackson, a totalidade da obra de Francis Ford Coppola será revisada de hoje até 27 no CCBB e de 23 a 30 no Cinesesc. Voltam as raridades do começo da carreira do diretor, seus clássicos dos anos 1970, as experimentações dos 80 e 90 e os filmes bissextos dos anos 2000, que estão vendo a produção de Coppola se reduzir em função do prazer cada vez maior que ele experimenta produzindo vinhos. A revista de bordo da American do mês passado mostrou um retrato de família - Coppola, a mulher e os filhos, incluindo a filha Sofia, brindando o novo vinho com o selo do ‘chefão’.

Coppola está fazendo vinho artesanal, e gostando.
O cinema, ele diz, está cada vez mais industrial - virou Coca-Cola. Coppola gosta de citar F.W. Murnau, que dizia que o som chegou cedo demais, quando o cinema engatinhava e os diretores ainda estavam aprendendo a fazer filmes. Com o som, os filmes viraram ‘peças’. Existem exceções, claro. A própria obra de Coppola.
Coppola. Clássicos e cults
Coppola. Clássicos e cults
Sempre valerá a pena rever a trilogia do Chefão, e Apocalypse Now, e O Fundo do Coração. Mas, assim como o diretor diz que a indústria detesta investir no novo - porque carrega sempre um componente de risco -, o espectador, jovem principalmente, deve arriscar e ver alguns Coppola ‘diferentes’. Agora Você É Um HomemA ConversaçãoPeggy Sue - Seu Passado a EsperaJardins de Pedra. O release do evento define Francis Ford Coppola como ‘cronista da América’. O Poderoso Chefão, que ele adaptou do best-seller de Mario Puzo, com roteiro do escritor, é sobre a luta pelo poder numa democracia étnica. Cuba no 2 e o Vaticano no 3 ampliam a crítica dos EUA no mundo. E o 3 é o melhor de todos, sorry.
Agora Você É Um Homem é sobre a juventude sonhadora dos anos 1960. Jardins de Pedra é sobre o enterro da ‘América’ sacrificada no Vietnã - em Apocalipse Now. A Conversação é sobre o atoleiro de Watergate. O Selvagem da Motocicleta,sobre a juventude delinquente, e Tetro, sobre a juventude que se reinventa.Virginia, em 3-D, é a reinvenção do terror - de Demência 13, no começo da carreira de Coppola, com produção de Roger Corman. Finalmente, será possível tirar a dúvida - O Caminho do Arco-Íris, com Fred Astaire e Petula Clark, é mesmo tão bom como sustentam os que o cultuam? E Caminhos Mal Traçados é mesmo a pérola do road movie por volta de 1970? Tucker, sobre o criador do automóvel, é, na verdade, sobre o processo de criação no cinema. Ao rever Coppola, o cinéfilo deve se preparar para (re)descobertas.
FRANCIS FORD COPPOLA: O CRONISTA DA AMÉRICA
CCBB. Rua Álvares Penteado 112. R$ 4. De 1º a 29/7. 
Cinesesc. Rua Augusta, 2.075. R$ 12/ R$ 20. De 23 a 29/7.