domingo, 23 de novembro de 2014

Roubalheira da Petrobras pela quadrilha Lula-Dilma pode abrir disputa por seguros milionários

Henrique Gomes Batista e Ana Paula Ribeiro - O Globo

Apólice da empresa soma US$ 250 milhões, mas não cobre dolo

O escândalo de corrupção na Petrobras também está causando temor no setor de seguros. As empresas envolvidas têm cobertura de responsabilidade para seus executivos - um produto conhecido pela sigla D&O (Directors and Officers Liability Insurance) - e devem acionar esses seguros. Apenas o da Petrobras soma US$ 250 milhões (R$ 650 milhões) para custear a defesa de funcionários e proteger seus patrimônios pessoais.

No entanto, profissionais do setor de seguros são claros: as apólices não cobrem casos ilícitos, como corrupção e manipulação de informações ao mercado. Enquanto não se tem uma decisão da Justiça dizendo se os executivos agiram ou não com dolo, as seguradoras precisam arcar com todas as custas do processo.

Devido ao valor elevado, a maior parte desses US$ 250 milhões está sob a responsabilidade de resseguradoras no exterior. E há outro problema: o seguro venceu em 3 de setembro, e a estatal, em meio às denúncias, negociou um prazo para conseguir fazer uma nova licitação.

"O atual contrato é com a Itaú Seguros, tendo como cosseguradora a Mapfre Seguros", afirmou a Petrobras, explicando que ele é extensivo aos gestores e ex-gestores de suas subsidiárias.