segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Argentina reduz volume de compras do Brasil. Crise lá, crise aqui...

Crise fez vizinho cair de terceiro para quarto lugar no ranking dos maiores destinos de exportações

 
O enfraquecimento da economia argentina fez com que o país caísse para a quarta posição entre os maiores compradores de produtos brasileiros, no mês passado. Os argentinos importaram US$ 1,227 bilhão em julho, ficando atrás de Estados Unidos (US$ 3,249 bilhões), China (US$ 3,166 bilhões) e Alemanha (US$ 1,304 bilhão). Até o primeiro semestre deste ano, os vizinhos ocupavam o terceiro lugar e, na década passada, figuraram em primeiro e segundo lugares.

— A Argentina corre o risco de cair para o quinto lugar no segundo semestre. As exportações brasileiras devem diminuir ainda mais para aquele mercado — disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

Ele estima que as exportações brasileiras ao mercado argentino cairão em torno de US$ 5 bilhões este ano. Até o momento, as maiores quedas se dão em siderúrgicos, automóveis, autopeças e óleos combustíveis, segundo informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Em termos globais, dados do Instituto Nacional de Estatística y Censos (Idec) da Argentina mostram que as vendas externas do país encolheram 10% nos seis primeiros meses do ano.

Já as exportações para a Argentina acumularam queda de 22,1% entre janeiro e julho de 2014. As maiores reduções foram registradas em automóveis, autopeças. veículos de carga, motores para veículos, tratores e laminados. Na outra ponta, as compras de produtos argentinos também continuam em queda livre. Em julho, as importações da Argentina caíram 17,4%.

Assim como acontece com as exportações, os argentinos ficaram em quarto lugar como mercado fornecedor para o Brasil, com vendas de US$ 1,227 bilhão no mês passado. Em primeiro lugar, ficaram os EUA, com US$ 3,2 bilhões; a China, com US$ 3,1 bilhões, e a Alemanha, com US$ 1,394 bilhão.